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representativa de todas as situações de interface. Por exemplo, os métodos de mapeamento

automático ou semiautomático baseados em análise de imagens de satélite apresentam

limitações relacionadas com a escala de análise, pois a área mínima que mapeiam não se

coaduna, entre outros aspetos, com a identificação de estruturas isoladas. O trabalho de Vieira

et al. (2009) sobre a interface urbano-rural no Ave discute estas matérias e apresenta uma

metodologia que utiliza a informação do Instituto Nacional de Estatística.

Independentemente da metodologia adotada, é reconhecido que a interface urbano-florestal

está a aumentar em Portugal e representa um problema crescente para a proteção dos

aglomerados populacionais em relação aos incêndios. Em estudo recente, Tonini et al. (2018)

avaliaram as alterações na interface urbano-rural em Portugal nas últimas décadas, concluindo

que a interface cresceu de 1990 a 2012 em mais de dois terços (Figura 6). No mesmo estudo

os autores concluíram que a área ardida nas zonas de interface duplicou no mesmo período, o

que demonstra a importância destas áreas para a gestão do território e do fogo.

Figura 6. Mapas mostrando o aumento das zonas de interface urbano-rural em Portugal avaliadas com base na

informação do CORINE Land Cover de 1990, 2000, 2006 e 2012 (em Tonini et al. 2018).

O risco de incêndio na IUF depende de vários fatores e pode variar muito de um país para

outro e, mesmo dentro de cada país, de uma região para outra. Este problema foi estudado

com pormenor por Ribeiro (2016) para o caso de Portugal Continental, empregando

metodologias testadas noutros países do Sul da Europa. Neste estudo que caracterizou pela

primeira vez a nível de distrito e concelho o risco de incêndio na IUF, o autor empregou

informação de diverso tipo como:

 Distribuição, densidade e crescimento das áreas urbanas e povoações rurais;

 Distribuição, frequência e tipologia dos incêndios florestais que ocorrem neste tipo de

áreas;

 Distribuição e tipologia (densidade, agrupamento, tipo) das áreas florestais e

geomorfologia.

5 DE JANEIRO DE 2021________________________________________________________________________________________________________

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