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Esta avaliação foi baseada na análise exaustiva de fotografia aérea e de satélite e num

catálogo de situações de risco contruído para o efeito. Combinando os diversos critérios,

aquele autor identificou um conjunto de 20 situações, ou modelos, relacionados principalmente

com a tipologia de vegetação envolvente e com o arranjo espacial das construções, aos quais

se encontra associado um valor de risco de IUF, numa escala de 1 a 4, consoante a presença

da referida tipologia no território.

Aplicando este critério a cada um dos distritos de Portugal Continental, Ribeiro (2016) obteve o

mapa de risco que se mostra na Figura 7, onde se podem identificar os Distritos em que este

problema assume uma maior relevância. Uma análise mais detalhada, ao nível dos Concelhos,

revela que, dentro de cada Distrito, o risco pode variar significativamente, como se pode ver,

por exemplo, no Distrito de Coimbra.

Figura 7. Distribuição do risco de incêndio na interface urbano-florestal em Portugal Continental em cada Distrito (esquerda) e em cada Concelho (direita), no trabalho de Ribeiro (2016).

Este tipo de estudos e de análises poderiam e deveriam servir de orientação para a definição

de medidas e de políticas de proteção de comunidades, pois claramente permitem estabelecer

prioridades acerca das regiões mais necessitadas de intervenção. A importância de

metodologias adequadas para a priorização das intervenções de proteção dos aglomerados

populacionais é também evidente no recente trabalho de Oliveira et al. (2020). que avaliou o

risco de incêndio e desenvolveu metodologias para comparar diferentes cenários de

prioridades em aglomerados populacionais afetados pelos grandes incêndios de 2017.

A temática da proteção das comunidades na IUF tem continuado a ser objeto de investigação

em Portugal. Alguns dos projetos em curso nesta área, em que participam a ADAI e outras

II SÉRIE-E — NÚMERO 12________________________________________________________________________________________________________

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