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contratar doutorados para o sistema e subordinar equipas a “temas de aplicação” por oposição a “questões

de investigação”. No entanto, não é clara a forma de celebração de contratos com entidades exteriores ao

sistema científico nacional, através da FCT. Nos indicadores de realização deveriam ser adicionados

indicadores de transferência de conhecimento às métricas de publicação em revistas científicas.

O projeto Transferir conhecimento para resolução de problemas (4.4.3.2) tem como objetivo criariniciativas de transferência de conhecimento para a resolução de problemas relevantes do setor, visando

nutrir o conhecimento e a capacitação das várias entidades do SGIFR, e capitalizar na experiência

acumulada e perspetivas multidisciplinares. Estranhamente este projeto não parece ter ligação com o

anterior, dedicado à investigação aplicada. Também não percebemos que o indicador de realização seja o

número de estágios para alunos do (pasme-se com a infelicidade da expressão) politécnico e superior.

Sendo justificado um projeto sobre transferência de conhecimento, o mesmo arrisca-se a ficar-se pelas boas

intenções, por não ter financiamento associado mas também por medir a transferência de conhecimento

pelo número de estágios, por não estar articulado com outros projetos, em particular os 4.4.3.1 e 4.4.3.4 e

pela dificuldade em definir estabelecer e quantificar “problemas que deixam de o ser”.

Estimular a supercomputação e sistemas operacionais no apoio à decisão (4.4.3.3) é um projetodestinado a potenciar a tomada de decisão sobre estratégias (políticas e investimentos de prevenção) com

base em informação construída através da análise de risco probabilística e trade-offs, por via de iniciativas

que promovam o uso da supercomputação e sistemas de operacionais de análise de risco e apoio à decisão

inovadores e completos. É importante que as decisões sobre políticas e investimentos sejam baseadas em

ferramentas de apoio à decisão, de modo a introduzir racionalidade e objetividade nas estratégias a adotar.

No entanto este desiderato pouco tem a ver com o âmbito do Objetivo Estratégico 4.4, pois não está

relacionado com a qualificação dos Agentes SGIFR. Por outro lado, trata-se de mais um projeto sem

financiamento associado, o que poderá vir a comprometer os resultados esperados. Parece também

misturar o apoio à decisão com fins estratégicos, com utilizações com outros fins, nomeadamente a

Exposição do fogo – Ciência Viva. É ainda pouco clara a ligação entre os intervenientes (FCT, AGIF e

entidades que suportam o projeto).

O último projeto do OE, Criar uma rede nacional e integrada de testbeds no SGIFR para estimular a adoção e testar a implementação de boas práticas (4.4.3.4)é coordenado pela AGIF e está sob aresponsabilidade do ForestWise. Tem um programa até 2030, com a criação de áreas “core” que

representem as diversas realidades do País, mas não dispõe de orçamento. O desenvolvimento do

conhecimento na rede SGIFR por via do estímulo da partilha (e teste) de melhores práticas entre as diversas

regiões do país é sem dúvida um resultado importante. Porém, não se percebe como será implementado o

projeto sem existir um orçamento associado para implementação dos projetos curtos para cada área core.

Para haver um benchmarking de boas práticas é preciso que elas existam; o projeto arrisca-se a ter um

escasso número de testbeds, tendo em conta as dificuldades em implementar boas práticas em tipos

florestais não detidos por entidades com atuação profissional na floresta.

II SÉRIE-E — NÚMERO 33 ____________________________________________________________________________________________________________

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