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das questões que foram colocadas, completem as respostas, pedindo-lhes, desde já, para também serem muito breves.
Em primeiro lugar, Sr. Deputado e meu estimado amigo Eng.º Machado Rodrigues, as questões que colocou são importantes, obviamente. No entanto, antes de começar a responder propriamente, gostaria de dizer uma coisa relativamente a todas as intervenções que, aqui, foram feitas, e, para isso, tomo por base a intervenção do Sr. Deputado.
Quando se discutem no Parlamento, nomeadamente no âmbito do meu Ministério, as questões que os Srs. Deputados colocam - e eu, além de falar com os Srs. Deputados, como é minha obrigação, tenho contactos, reuniões e audiências permanentes com os Srs. Presidentes de Câmara -, por vezes, tenho a sensação de que estamos a falar de países diferentes. Sinceramente, penso que todos nós - se calhar, se eu não estivesse no Governo, também não tinha a sensação que tenho - estamos a falar de países com riquezas diferentes daquelas que tem Portugal, de meios diferentes daqueles que tem Portugal e da capacidade que este país tem, com os meios que tem, quer próprios, quer de ajudas comunitárias, de fazer face, digamos, aos problemas concretos que têm de ser resolvidos em todo o País.
Como é evidente, estamos todos de acordo, penso eu, com tudo aquilo que os Srs. Deputados, de uma forma global, colocam, de que é preciso fazer esta estrada, aquela ligação… Todos estamos de acordo com isto! Só que há aqui um problema muito complexo: o nosso país, Portugal, não tem meios para fazer todas as obras que são necessárias com os timing que cada um de nós entende ser fundamental para fazer aquilo que cada um de nós acha que é prioritário. Não tem, Srs. Deputados! Não tem! E isto para não dizer que se está a entrar na demagogia de dizer que tudo é possível ser feito, com os timing todos que cada um dos Srs. Deputados entende - eu não entro nisto, não me coloco nessa posição.
Srs. Deputados, gostaria de dizer, à cabeça, que não é possível - e digo-o em nome do Governo - executar tudo aquilo que foi aqui dito e muitas outras coisas que não foram ditas nos timing em que cada um de nós acharia que deveria ser executado. Não é possível! O nosso país não permite que isso aconteça. Não estou a dizer isto apenas ao Sr. Deputado, estou a falar globalmente.
Portanto, temos de ir fazendo aquilo que é possível fazer, com as prioridades que é possível ter em cada momento, ligando-as sempre, como é óbvio, às necessidades das pessoas, para quem todos temos a obrigação de trabalhar.
Relativamente a algumas questões que o Sr. Deputado colocou, eu diria que não há SCUT, mas, hoje, o distrito de Bragança têm ligações que permitem acessibilidades muito mais rápidas do que no passado, felizmente. Agora, estas decisões de investimento têm de estar sempre ligadas aos estudos que são feitos sobre o tráfego existente na zona, por forma a adaptar as construções que aí se fazem ao tráfego existente. É isto que tem de ser feito.
O Sr. Deputado, que é um distinto gestor e empresário, sempre adoptou estes critérios nas suas empresas - estou certo -, e sempre vi que corressem bem em termos de concretização dos objectivos. Portanto, é assim que tem de fazer-se e é assim que também faremos.
É evidente que, neste momento, no que toca ao IP2, estão a ser lançados os estudos para o troço de ligação. Portanto, ela irá lá chegar.

O Sr. Machado Rodrigues (PSD): - Há-de lá chegar um dia!

O Orador: - Há-de chegar um dia! Como também demorou muitos anos a lá chegar o IP4! Não é verdade!?

O Sr. Machado Rodrigues (PSD): - Demasiados!

O Orador: - Demasiados! Estamos todos de acordo! Como chega tudo demasiado tarde a todo o lado! Estamos todos de acordo, não há ninguém que esteja contra aquilo que cada um de nós está a dizer! Era preciso que tudo já estivesse feito há muitos anos! É verdade! Estamos todos de acordo! Mas temos de ter consciência de que é necessário ir fazendo aquilo que o País tem condições para poder executar.
O Sr. Deputado também se referiu à questão da ligação à auto-estrada das Rias Bajas. Em relação a isto, gostaria de dizer-lhe que há aqui um problema algo complicado, que tem a ver com o atravessamento do Parque Natural de Montesinho, mas que, neste momento, está em estudo. E o que assinámos em Espanha foi a criação de uma comissão mista, que já está constituída, que será coordenada ao mais alto nível entre os dois Ministérios dos dois países, para a abordagem, de forma sistemática, de todas estas questões. E esta é uma das questões que irá ser abordada nessa mesma comissão.
Quanto à ponte de Quintanilha, como sabe, o concurso está aberto este ano…

O Sr. Machado Rodrigues (PSD): - Não falei nisso!

O Orador: - Mas falo eu! Já agora… O Sr. Deputado só fala das coisas que não estão feitas, eu vou falar-lhe de algumas que estão a caminho de serem feitas, porque estamos aqui nessa qualidade.
A ponte de Quintanilha é muito importante; é aberto o concurso este ano, mas, depois é preciso ver o afluxo de tráfego que vai provocar para verificarmos que condições terão de ser alteradas, na sequência disso.
Colocou ainda outras questões, que, como eu disse, os meus colegas de Governo irão responder.
Sr. Deputado Agostinho Lopes, no que diz respeito às estradas a ser municipalizadas, neste momento não se pode saber que estradas serão essas, porque isso resulta de acordos negociados durante o ano com as autarquias locais, e temos imensas solicitações, para as quais a verba prevista no PIDDAC para 2000 não daria nem para um décimo, como é evidente. Por isso, agora, tem de se negociar e de se chegar a acordo com as câmaras municipais sobre os troços a municipalizar, e, como é evidente, essa é a verba que temos disponível para esse objectivo.

O Sr. Agostinho Lopes (PCP): - Então, não tem de estar cá!

O Orador: - Pois, mas isso, Srs. Deputados, tenham paciência! Os senhores colocam as questões, mas quem gere esta situação da forma como entende que deve gerir é o Governo, em conjunto com as câmaras municipais, que é com quem deve fazer os acordos.