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O Orador: - Sr.ª Presidente, apenas quero dizer mais uma coisa.
Sr. Ministro, eu gostaria de obter informações sobre um conjunto de estradas, como, por exemplo, se vai fazer a estrada de Castelo de Paiva, a estrada de Arouca de ligação ao litoral, mas não quero estar aqui a perguntar uma por uma. Não me sinto bem nesse papel! Não entendo por que é que, em Fevereiro, tenho de estar a perguntar que obras irão ser feitas no ano 2000, quando estamos a discutir justamente o orçamento do seu Ministério. Não quero estar a perguntar estrada a estrada, quero informações sobre as estradas todas, quero a listagem das estradas.
Por outro lado, há aqui um outro ponto, que referi no princípio, em relação ao qual quero tirar a conclusão, e, Sr. Ministro, vamos ser concretos.
No PIDDAC que entregou à Assembleia da República, voltando à história da remodelação da Linha do Norte, que foi referida pelos Srs. Deputados Manuel Queiró e Francisco Louçã, está dito que, nos próximos anos, em 2000 e anos seguintes, vão ser gastos nesta remodelação 185 milhões de contos. O Sr. Ministro já nos disse: "Muito bem! Houve um erro, não vão ser 185 milhões de contos, vão ser 90 milhões de contos".

O Sr. Ministro do Equipamento Social: - Vão ser 95 milhões de contos!

O Orador: - Muito bem, 95 milhões de contos! Há, portanto, aqui um erro de 90 milhões de contos. Há um desvio na informação; detectámos um erro no montante de 90 milhões de contos, que o Sr. Ministro confirmou. Pergunto: não vai alterar os mapas?! Mantém este mapa à votação?! É isto o que os Deputados vão votar, quando o Sr. Ministro diz que, na informação que nos dá, há aqui um erro de 90 milhões de contos?! Não altera o mapa?! É esta a minha questão.
Não estamos a falar de 9000 contos, nem de 9 milhões de contos; estamos a falar de 90 milhões de contos, e o mapa não se altera?! Não tira a conclusão, a consequência disto? Porque senão, Sr. Ministro, ninguém acredita naquilo que se vota e não se vota. O que é que vale o voto dos Deputados!? O Sr. Ministro diz: "É sim, senhor, um erro!". Muito bem, mas, depois, não altera os mapas! Então, vamos votar o quê? A informação escrita ou a informação verbal dada por si? Era fundamental sabermos isto, porque são 90 milhões de contos que estão em causa!
Sr. Ministro, são apenas três as questões que tenho para colocar-lhe: a primeira - repito - é sobre as estradas; a segunda é relativa à Linha do Norte; e a terceira vou colocá-la de imediato, porque não posso desistir dela. Já levantei esta questão, no princípio, mas, como o Sr. Ministro não me respondeu, vou colocá-la novamente. Se quiser, não responde, mas tenho de ficar ciente de que o Sr. Ministro não respondeu porque não quis e não por deficiência de exposição da minha parte.
O que quero saber tem a ver com a questão das portagens virtuais. Nos mapas que nos deu, o Sr. Ministro diz que, com portagens virtuais, vai gastar: em 2000, 860 000 contos; em 2001, 1,5 milhões de contos; em 2002, 2,7 milhões de contos; e, depois, em anos seguintes, 172 milhões de contos. Quantos anos são estes "anos seguintes", Sr. Ministro? A conta está aqui feita e dá 171 951 187 contos. Para fazer uma conta com este detalhe teve de usar uma máquina de calcular; logo, sabe-se quantos anos são, não é um número atirado para o ar.
Portanto, Sr. Ministro, quantos anos são estes "anos seguintes"? Quantos são? Ou, perguntado de outra forma, Sr. Ministro, ao longo de quantos anos vamos gastar estes 171 milhões de contos?
Pergunto ainda de outra forma: Sr. Ministro, quando toda esta rede de auto-estradas estiver feita, quer as que estão agora a ser lançadas por este Governo, quer as que estão em processo de lançamento, que, ao que parece, irá estar pronta em 2005 - a auto-estrada mais atrasada irá estar pronta em 2005 -, ou seja, em 2006, quanto estima o Governo gastar em cada ano em portagens virtuais? Sr. Ministro, é fundamental que saibamos, porque de certeza que o Governo já sabe e os portugueses têm de saber, qual é a relação que isto tem com o investimento que em cada ano se faz em estradas. Hoje, o Sr. Ministro está a gastar na construção de estradas cerca de 100 milhões de contos/ano. Precisamos de ter uma ideia de quanto vão custar em cada ano as portagens virtuais,…

O Sr. Manuel Moreira (PSD): - Muito bem!

O Orador: - … para termos uma ideia do esforço financeiro que vamos precisar de fazer nesta matéria daqui a cinco ou seis anos. Precisamentos de saber se estamos a caminhar num plano sustentado ou se estamos num plano inclinado.
Estou certo de que o Governo já fez as contas, pelo que apenas queremos estar nesta matéria tão informados quanto o Governo.
Sr. Ministro, são apenas estas as três questões que quero colocar e, desde já, agradeço muito as suas respostas.

A Sr.ª Presidente: - Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Manuel Queiró, e peço-lhe que seja breve.

O Sr. Manuel Queiró (CDS-PP): - Sr.ª Presidente, serei breve e, desta vez, vou mesmo abordar questões de especialidade.
Se não fosse uma referência do Sr. Deputado Manuel Frexes, neste debate não se teria falado da Figueira da Foz, que está a ficar isolada. E muito me custaria ver o Governo colaborar nesse isolamento por omissão, isolamento que tem de romper, tanto por mar, como por terra.
Portanto, as perguntas sobre a Figueira da Foz são duas.
Quais e para quando os melhoramentos do porto da Figueira da Foz?
Para quando a conclusão do IP3, entre a Figueira da Foz e Coimbra, que ligará a Figueira da Foz ao IP1, nomeadamente os troços Montemor/Ançã/Trouxemil? Peço desculpa pelo detalhe, mas procuro entrar no debate da especialidade.
Com estas duas perguntas sobre a Figueira da Foz, espero que a Sr.ª Presidente considere que estou a falar de especialidade e não de opções de fundo.

A Sr.ª Presidente: - Para responder, na medida do possível, têm a palavra o Sr. Ministro do Equipamento Social.

O Sr. Ministro do Equipamento Social: - Sr.ª Presidente, vou tentar responder o mais breve possível e, depois, pedir aos meus colegas de Governo que, em relação a algumas