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É evidente também - esta questão já foi referida - que as despesas correntes aumentam. Confesso que já tenho repugnância em criticar este aspecto, porque a gestão, não só do Governo socialista mas de todos os governos, tem sido sempre tão defeituosa que... Todos herdam uma pesada herança de governo para governo, pelo que há uma culpa colectiva, não me competindo levantar a férula e dizer "toma lá palmatoadas, porque fizeste isto mal". Todos os governos têm generosamente feito mal a gestão dos recursos públicos em Portugal! É tradicional! Desde as escolas às universidades - e eu conheço o assunto -, há um laxismo normal.
A verdade é que o total, no PIDDAC de 1999, é de 987 milhões de contos, e, no PIDDAC de 2000, é de 1,119 biliões de contos, sendo para a área da agricultura e pescas cerca de 148 milhões de contos, ou seja, menos 5,9%, o que significa que não vai haver possibilidade de investir tanto, porém, como é natural, para que a sociedade civil se desenvolva é necessário que se possa investir.
Há muitos aspectos que já foram considerados, e bem, por alguns partidos. Mesmo o Sr. Deputado Lino de Carvalho, embora tenhamos diferenças ontológicas na visão fundiária, apontou alguns aspectos com os quais concordo e que, portanto, já ficam apontados, sendo escusado eu estar a fazer de relógio de repetição.
O PIDDAC Tradicional do Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas para o ano 2000 é de 46 milhões de contos, dos quais 44,3 milhões de contos são relativos a projectos em curso - isto é que é importante - e 1,7 milhões de contos a novos projectos, portanto, o espaço para novidade ou para crescer é relativamente pequeno. O esforço real do Estado português, o financiamento nacional, ou seja, as verbas que conseguimos "pescar", embora a pesca esteja em plena decadência, é de 27 milhões de contos.
No que se refere aos projectos para o ano 2000, para além das infinitas siglas, como DRAAG, DRABI, DRABL, DRAEDM, DRARO… Aliás, penso que devíamos evitar utilizar tantas siglas, porque é ridículo: começamos a exprimir-mos só em monossílabos e, qualquer dia, só roncamos!… Isto é absolutamente insuportável do ponto de vista humano!…
Mas, em relação, por exemplo, ao Programa Investigação Agrária, penso que os 490 000 contos previstos, embora eu esteja muitas vezes em desacordo com o Sr. Secretário de Estado Vítor Barros - apesar de o admirar e de saber que é uma pessoa honesta, havendo boa avaliação -, é relativamente pouco.
No que diz respeito à floresta, há insucessos fantásticos nas novas zonas florestais, em que a retancha corresponde a 90% do que se plantou, porque, muitas vezes, não se estudou a aclimatação das espécies florestais que se implantaram em determinadas regiões e isso só com a experimentação e com a investigação é que poderá ser melhorado.
Quanto às Medidas Veterinárias, a situação é mais chocante, porque já foram aplicados 30 milhões de contos nesta rubrica e, agora, aparecem inscritos 4,650 milhões de contos. Tanto dinheiro e tão maus resultados no controlo, como o Sr. Deputado Lino de Carvalho referiu!… Tenho a certeza que tal situação não é devida aos agrupamentos de defesa sanitária mas, sim, à impunidade que todos os cidadãos portugueses, inclusive o senhor e eu, gozam na sociedade portuguesa. Se houvesse menos impunidade, todas as pessoas que verificam os aspectos sanitários teriam mais cuidado naquilo que fazem.
Julgo, pois, que há falta de seriedade do funcionário público e do funcionário não público, porque, muitas vezes, há aspectos relacionados com o "amiguismo" tradicional da nossa Península, que a Espanha, a Itália e outros países também conhecem - enfim, também somos um pouco sicilianos! -, que permitem que haja maus resultados apesar da existência de investimentos de milhões de contos.
Ainda em relação ao PIDDAC, um aspecto que me choca, porque ainda não entendi a sua razão de ser, a menos que queiram criar o "lusitano máximo", o "lusitano universal global" - agora há "Portugal Global" e vamos ter o "lusitano global" -, é o investimento de cerca de 2 milhões de contos, faseado por vários anos, na Coudelaria de Alter.
Será que há lá um homem tão encantador que dirija aquilo?! Será que há um cavalo tão especial que possa vir a ser Primeiro-Ministro deste país, como Calígula?

O Sr. Lino de Carvalho (PCP): - O José Manuel de Melo!

O Orador: - Não é o José Manuel de Melo, porque ele não precisa dessa porcaria! Justiça lhe seja feita: tem investido o seu "dinheirinho" nos cavalos! Há outros aspectos que, se o meu amigo verificar…
De qualquer maneira, quais são os resultados deste investimento na Coudelaria de Alter?…

O Sr. Lino de Carvalho (PCP): - É o Ferraz da Costa! Tinha-me esquecido!

O Orador: - Também não! Vocês "fulanizam" tudo! Esse ódio velho não cansa, meu Deus!…Já até teve um romance… Tenham um bocadinho de contenção, não ataquem as pessoas!

O Sr. Lino de Carvalho (PCP): - É chamar o nome aos bois!

O Orador: - Não! Aqui trata-se de cavalos e de bestas, de maneira que não vale a pena…

O Sr. Presidente (José Penedos): - Srs. Deputados, peço que se contenham e que deixem falar quem está no uso da palavra.

O Orador: - Deixam falar, com certeza, Sr. Presidente! Não há problema algum!
De qualquer maneira, gostaria de fazer uma pergunta, sem que haja estas referências ao capitalismo, cujos dentes estão a deitar sangue da exploração do homem pelo homem… Com franqueza, isso já é ridículo!…
Bom, mas o que eu gostava de perguntar é o seguinte: não creio que estes financiamentos estejam previstos por motivos de iniciativa privada, por isso gostava de saber a sua razão de ser.
No que diz respeito ao PDF, o nosso colega João Maçãs disse já o suficiente. No entanto, havia um programa de desenvolvimento sustentável da floresta portuguesa, que tinha valor não só porque continha metas e áreas a atingir mas, porque, tinha algo de sustentável, tanto do