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Para clarificar ainda mais a pergunta que faço, assumo que não está prevista nesta verba - isto é evidente e, por isso, peço que ninguém se ria - qualquer renda para qualquer investimento em auto-estradas ou SCUT que se faça depois de 2006. Isso tenho por garantido, porque é certo e seguro! Digo isto porque não está previsto que haja antecipação de rendas e, certamente, as rendas apenas começarão a ser pagas depois de as estradas estarem a ser utilizadas. Por isso referi aqueles três valores iniciais, ou seja, disse que os investimentos em 1999, os investimentos em 2000 e os investimentos previstos para 2001 dão, em números redondos, um conjunto de investimentos de cerca de 400 milhões de contos.
Então, o que quero saber é a que investimento se reportam as rendas, que, previsivelmente, serão pagas até 2006 e que somam 177 milhões de contos.
Apesar de ter gasto demasiado tempo para aquilo que seria previsível, julgo que consegui clarificar exactamente aquilo que pretendo perguntar.
A última questão, Sr.ª Ministra, é a seguinte: está garantido que todos os projectos que estão, neste momento, incluídos no PIDDAC com comparticipação de fundos comunitários venham a ter esses fundos?

A Sr.ª Presidente: - Para responder, tem a palavra a Sr.ª Ministra do Planeamento.

A Sr.ª Ministra do Planeamento: - Sr. Deputado, relativamente à primeira questão que me colocou, e uma vez que o que lhe interessa, obviamente, não é a inflação mas a repercussão que ela tem na dimensão salarial…

O Sr. Octávio Teixeira (PCP): - Não, o que me interessa é a inflação!

A Oradora: - Bem sei, mas, como as duas coisas estão ligadas, gostaria que a minha resposta fosse completada pelo Sr. Secretário de Estado do Orçamento.
Relativamente a isso, o que lhe posso dizer é que aquilo que neste momento nós apresentamos ao Conselho Económico e Social e ao Parlamento é, por um lado, uma estimativa de inflação de 2,7% para o ano corrente com um intervalo entre os 2,7% e os 2,9%.
O compromisso que existe da parte do Primeiro-Ministro é o de corrigir a previsão que foi feita no ano transacto, de modo a repor o desvio entre a previsão e o que, efectivamente, aconteceu. Como tal, veremos qual é a inflação prevista, compará-la-emos com a que se verificar e a correcção que for feita sê-lo-á em função do valor real.

O Sr. Octávio Teixeira (PCP): - Sr.ª Ministra, a questão que ponho é a da inflação!

A Sr.ª Presidente: - Sr.ª Ministra, penso que, realmente, o Sr. Deputado não está a pôr a questão dos vencimentos, mas apenas a questão da inflação!

A Oradora: - Sr.ª Presidente, penso que não estou a fugir à questão! Aliás, o Sr. Deputado começou por colocar a questão, sabendo qual é a repercussão da inflação sobre os salários, pelo que não fui eu quem trouxe este tema para a discussão.
Aquilo que lhe posso dizer é que, neste momento, a inflação prevista para este ano ainda está nos 2,7% e, se houver alterações, elas serão assumidas naturalmente. De todo o modo, o valor que temos neste momento é este!

O Sr. Octávio Teixeira (PCP): - Qual? A Sr.ª Ministra não anotou os valores dados pelo INE em Outubro?

A Oradora: - Sr. Deputado, há mais dois meses para correr, pelo que temos de esperar e ver como é que eles correm.
De qualquer modo, penso que a questão salarial está coberta pelo compromisso político que existiu.
A segunda questão que levanta, relativa às concessões, não se prende só, como é natural, com os investimentos da Brisa. Contudo, poderei dizer-lhe que os investimentos da Brisa previstos para 2001 ascendem a 118 milhões de contos; as concessões do Oeste, que cobrem as ligações da A8 Caldas da Rainha/Leiria e Caldas da Rainha/Santarém, ascendem a 25,6 milhões de contos; o total da concessão Norte, onde se incluem as ligações de Póvoa do Varzim ao IP3, Barcelos/Braga e Celeiros/Guimarães/Vizela, ascendem a 31 milhões de contos; a Beira Interior, tendo as ligações de Castelo Branco e da Guarda/Teixoso/Alcaria, conta com 43 milhões de contos; e a Costa de Prata, com as ligações Mira/Aveiro e Barro/Angeja e Angeja/Coimbrões, conta com 6,7 milhões de contos; e as SCUT do Algarve, por sua vez, têm perto de 20 milhões de contos.
É isto tudo que faz o montante de 253 milhões de contos ou de 254 milhões de contos de investimento previsto para este ano.
Aquilo que em termos de planeamento mais me preocupa é, de facto, o impacto que este tipo de infra-estruturas tem na vida dos portugueses e, sobretudo, na correcção dos desequilíbrios espaciais no desenvolvimento, o que penso ser um factor extraordinariamente positivo para o processo de reequilíbrio do desenvolvimento em Portugal.
Não posso deixar de sublinhar que, em termos macroeconómicos, seria impossível acomodar estes montantes de outra forma que não fosse a da cativação de investimento privado para estes processos. Sublinho também que os ingleses, que são outro dos países que utiliza este tipo de estrutura de investimento público, acabam de ter um relatório particularmente interessante elaborado pelo tribunal de contas desse país, dizendo precisamente que este processo acaba por trazer fortes economias de custo em termos de obras e, simultaneamente, que se tem traduzido numa melhoria, e tem-no feito muito mais cedo, para as populações.
Quanto aos registos, estes são feitos em função dos compromissos já assumidos para os anos seguintes relativamente aos investimentos em curso. Aqui há, de facto, o registo feito pelo Ministério do Equipamento Social e não por nós, e, portanto, para obter mais pormenores sobre esta matéria sugiro que coloque essas questões ao Sr. Ministro do Equipamento Social, quando debater com ele, na especialidade, o Orçamento.
Da nossa parte, aquilo que recebemos para registo em PIDDAC são precisamente as anuidades que têm de ser pagas por aquilo que está em obra ou em utilização. É isso que consideramos estar coberto nesta rubrica específica de registo.
Relativamente aos investimentos associados aos fundos comunitários, posso dizer-lhe que, num sentido estrito, esses investimentos não estão todos garantidos, na