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Gostaria, ainda, de saber se também está previsto que outros ministérios, para além do Ministério da Juventude e do Desporto, possam comparticipar nesse mesmo projecto.
Além disso, queria que me dissesse - o Sr. Secretário de Estado já o referiu - qual vai ser a comparticipação, em termos de fundos comunitários, à dinamização destes projectos.

O Sr. Presidente (Fernando Serrasqueiro): - Tem a palavra o Sr. Deputado Bruno Vitorino.

O Sr. Bruno Vitorino (PSD): - Sr. Presidente, Sr. Ministro, Sr. Secretário de Estado, vou ser muito rápido, até porque não quero maçar o Sr. Ministro com estas questões da juventude. Isto, realmente, seria uma maçada e eu não quero dar-lhe esse problema.

O Sr. Ministro da Juventude e do Desporto: - Sr. Deputado, permita-me que o interrompa.
Um destes dias estive em Angola e o Sr. Secretário de Estado da Juventude e do Desporto disse que o desporto é uma festa, a juventude é um festival.

O Orador: - Sr. Ministro, ontem a festa da juventude foi mais complicada, associada ao desporto. Mas isso são outras questões… Contudo, não quero maçar, nem, acima de tudo, repetir argumentos, e, devido ao adiantado da hora, julgo que não vale a pena maçar toda a gente com o conjunto de questões que tenho para colocar.
No entanto, pergunto ao Sr. Secretário de Estado da Juventude - e não me dirijo ao Sr. Ministro porque sei que vai ser o Sr. Secretário de Estado que me vai responder, embora sobre esta questão eu pense que não me vai responder - o que pode dizer-me sobre existirem 27 000 licenciados no desemprego, em Portugal, neste momento. Se calhar, a perspectiva da Secretaria de Estado é a de que só existem 27 000 licenciados no desemprego, portanto não há razão para preocupação.
Trata-se de uma série de matérias que dependem do ponto de vista, isto é, da forma como nós encaramos as coisas, mas não vale a pena colocar-lhe essas questões, porque sei que vai dizer-me que não tem nada que ver com elas, porque são da competência de um qualquer seu colega do Governo.
Em relação ao número de jovens infectados pelo vírus do HIV, à toxicodependência, à incidência que a mesma tem nos jovens, dir-me-ia: "depois fazemos uns programazinhos, mas a questão de fundo também não é connosco". A questão de fundo tem que ver, certamente, também com um outro colega seu do Governo, portanto quando tiver oportunidade de falar com algum deles, nesta Casa, colocarei essas questões.
Também não vou falar da falta de cantinas e de residências universitárias, de pavilhões gimnodesportivos numa série de escolas, sejam elas EB ou secundárias, e por aí fora. Não vale a pena falar nestas questões, porque sempre que tive oportunidade de falar com o Sr. Secretário de Estado sobre elas "chuta sempre para canto", utilizando uma expressão mais usada, eventualmente, pelo Sr. Ministro.
Portanto, só vou colocar algumas questões mais concretas, no que diz respeito ao movimento associativo juvenil.
Em relação à promoção da sociedade de informação junto das associações juvenis - é uma questão muito concreta e muito simples -, gostaria de saber se haverá ou não uma sobreposição desta rubrica com outra, que é a prestação de informação aos jovens na sociedade de informação. Gostaria que me dissesse qual é a distinção entre estas duas rubricas, em que é que se traduz cada uma destas rubricas e se não há aqui uma sobreposição de meios e de esforços que visam o mesmo problema.
No que concerne aos apoios ao movimento associativo, às associações juvenis, para já, gostaria de saber se há dados concretos não só em relação ao número absoluto de verbas mas também ao apoio, em termos de verbas, por associação, já que neste momento existem mais associações juvenis, pois houve uma evolução nesse domínio. Pergunto-lhe isto, uma vez que assim poderíamos fazer uma análise comparativa mais real ao longo dos últimos tempos.
Em relação ao quadro "juventude - objectivos detalhados", gostaria de colocar duas ou três questões simples e rápidas. As verbas para promover a mobilidade e a ocupação dos tempos livres dos jovens sobem 50%. Gostaria de saber que programas estão previstos e quais as novidades onde se prevê gastar esta verba.
No que respeita à rubrica "promover a integração dos jovens na sociedade de informação" já tive oportunidade de falar há pouco.
Relativamente à rubrica "promover a integração dos jovens no mercado de trabalho" há um decréscimo de 37%. Não percebo por que deixou esta questão de ser importante para a Secretaria de Estado de forma a ter um corte de 37% no orçamento previsto. Das duas, uma: ou se assume efectivamente que este é um programa importante e que é preciso reforçá-lo ou, então, se isto tem simplesmente que ver, mais uma vez, com alguém do Governo e não com a Secretaria de Estado, haja a coragem para acabar com ele, porque não serve para nada! Se não for este o caso, reforce-se a verba, porque se trata de uma questão importante para os jovens.
No que diz respeito às despesas de estrutura, está prevista uma redução de 3%. Porém, já sabemos no que dão as previsões do Governo socialista e, portanto, também não vale a pena irmos por aí!… Mas até podemos acreditar que esta seja a única previsão a bater certo. Vamos imaginá-lo! Há quem acredite no Pai Natal, pelo que podemos acreditar efectivamente nisto e, assim sendo, Sr. Ministro, gostaríamos de saber quais as rubricas em que vai ser possível fazer esta redução de despesa.
Sabemos que em despesas com pessoal não deve ser, porque é cada vez mais o número de assessores políticos - chamemos-lhes assim -, certamente jovens, que têm oportunidade de aí trabalhar para reduzir o tal número de 27 000 licenciados no desemprego. Se lá puserem 300 ou 400 a trabalhar, em vez de 27 000 são só 26 600!…
Portanto, estes são problemas importantes sobre os quais gostaria de ter algum esclarecimento, concretamente em relação às rubricas concretas em que vai ser possível cumprir a redução de 3%.
Estou certo que este ano vai ser definitivamente resolvido aquele problema dos concursos públicos de que já se vem falando há algum tempo, a questão das nomeações dos delegados regionais do IPJ, que iam deixar de ser nomeados para passarem a ser escolhidos por concurso. Não sei se já estará tudo resolvido ou se é para este ano que se prevê a resolução dos restantes casos. Portanto, gostaria de saber se esta questão está prevista em termos de orçamento e se vai ou não ser necessário algum reforço de verba para fazer face a estas questões.

O Sr. Presidente (Fernando Serrasqueiro): - Tem a palavra o Sr. Deputado Menezes Rodrigues.