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designadamente o Futebol Clube Paços de Ferreira na construção de uma piscina.
As diversas autarquias, naturalmente, tem de candidatar-se em sede própria, porque o decisor político não escolhe nem condiciona as candidaturas. Se as mesmas tiverem mérito, se se inserirem no enquadramento do programa do III Quadro Comunitário de Apoio, têm de ser apreciadas, primeiro, em sede do coordenador nacional do III Quadro Comunitário de Apoio, na CCR Norte, depois têm de ser aprovadas no núcleo de gestão e só por fim homologadas pelo Ministro. Portanto, de modo algum há qualquer condicionante que não seja fundada em critérios de rigor técnico.
Assim sendo, Sr. Deputado, o Sr. Presidente da Câmara Municipal de Valongo - sei isto porque ainda outro dia falei com ele -, depois de obter a certificação do Instituto Nacional do Desporto, portanto, a certificação desportiva do projecto, tem de apresentá-lo em sede da delegação regional do Instituto Nacional do Desporto para que este faça a sua tramitação e o projecto seja avaliado nos vários estádios de apreciação técnica.
Quanto aos centros de estágio, quero dizer que o EURO 2004 está absolutamente esgotado nos projectos em curso: trata-se de 10 estádios, sete dos quais novos. Isto é conhecido à saciedade e não há mais nada!

O Sr. Manuel Moreira (PSD): - Sr. Ministro, peço desculpa por interrompê-lo, mas não falei no centro de estágio do Futebol Clube do Porto, situado em Olival de Crestuma. Falei, sim, em dois complexos desportivos que a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia disponibilizou ao Sport Lisboa e Benfica e ao Sporting Clube de Portugal para fazerem os seus treinos quando jogarem no Norte. Penso que se trata de complexos desportivos que também poderão ser aproveitados pelas equipas que vierem jogar a Portugal.

O Orador: - Mas o centro de estágio do Futebol Clube do Porto não vai ser apoiado em sede…

O Sr. Manuel Moreira (PSD): - Mas não falei nesse, falei em dois diferentes!

O Orador: - Esses complexos desportivos não serão apoiados, porque não se integram no quadro do EURO 2004. O EURO 2004 tem "as costas largas", eu sei, mas é aquilo que está previsto e não mais do que aquilo!
Naturalmente, os centros de estágio poderão ser utilizados pelas 16 selecções que nos visitarem e que queiram vir em tempo útil, para se adaptarem ao clima e a tudo mais, mas terão de pagar o aluguer aos proprietários dos centros de estágio. Esse é um negócio que terá de ser feito entre os proprietários dos centros de estágio e a sociedade EURO 2004, S.A., que é agora uma sociedade privada, apenas com 5% de capital público. A construção dos estádios é fiscalizada e financiada pela sociedade Portugal 2004, S.A., que tem 95% de capital público.
Portanto, os centros de estágio são área que não me diz respeito. Aprecio, naturalmente, o dinamismo laborioso dos presidentes de câmaras, mas não podemos condicionar os recursos que temos apenas e só ao dinamismo de alguns presidentes de câmaras, porque temos de privilegiar todas as modalidades neste país e não há só o futebol. O futebol é muito importante, mas há muitas modalidades que temos de privilegiar, entre elas as olímpicas, que são essenciais, e eu, nessa matéria não me movo um milímetro. Podem os senhores responsáveis desportivos mais preopinantes e mediáticos fazer toda a pressão que entenderem nos órgãos de comunicação social que eu, nessa matéria, não me movo.
Portanto, Sr. Deputado, para concretizar, tanto Valongo como Vila Nova de Gaia têm de se candidatar, tecnicamente, com os seus projectos. Quero dizer-lhe que Vila Nova de Gaia até tem um projecto aprovado, já financiado e já ultimado, o campo de Arcozelo, um campo magnífico com um relvado sintético de última geração, que é até uma referência para todo o País.
Sr. Deputado Luís Miguel Teixeira, relativamente ao aparte que fez com o Sr. Deputado Hugo Velosa, deixe-me que lhe diga que, para além do Euro 2004 e do Atenas 2004, dois projectos que são essenciais, nós vamos ter, em 2002, o Campeonato do Mundo, outro grande empenhamento, e o Campeonato da Europa, ganho recentemente, para além do Campeonato da Europa de Sub-16, em 2003, mais o Campeonato Mundial de Esgrima no próximo ano, mais a Gimnastrada, em 2003, que será o maior evento desportivo jamais realizado em Portugal e também o Campeonato do Mundo de Andebol, entre outros.
Portanto, há aqui farta matéria para nos estimularmos em relação ao que acontecerá em Portugal, pelo menos até 2004, em termos desportivos.
Sr. Deputado Menezes Rodrigues, as obras estão bem e quero ressaltar algo que certamente V. Ex.ª acolherá com muito prazer: eu acompanho as obras dos estádios com muita acuidade e, designadamente as do estádio de Alvalade, através do site da internet, www.scp.pt. Aliás, recomendo-lhe que o veja, porque a cada momento acompanhamos o desenvolvimento magnífico que ali está a verificar-se.
Sr. Deputado Bruno Vitorino, não posso deixar de referir-lhe que a minha atenção para com a juventude é permanente. Todavia, cultivo sempre a qualidade da intervenção do Sr. Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, que tem feito um trabalho excelente. Há aqui um trabalho conjugado e é importante que ele permita a participação de todos. Aliás, quero dizer-lhe que o Sr. Secretário de Estado tem, nessa matéria, uma intervenção que eu penso ser, quer do ponto de vista político quer do ponto de vista da intervenção pública, muito boa. Portanto, substabeleço nele - e muito bem - nessas matérias.
No entanto, Sr. Deputado, quero dizer-lhe que, para quem fala com tal veemência nas questões da juventude, lhe noto, frustado até, uma atitude fatalista, sem sonho, sem um arrobo romântico. Vem dizer até que já nem acredita no Pai Natal!… Sr. Deputado, nós temos de acreditar em sonhos. Acredite no Pai Natal, porque isso é algo que estimulará essa ligação a uma juventude que é irreverente mas que tem sonhos.

O Sr. Bruno Vitorino (PSD): - Posso interrompê-lo, Sr. Ministro?

O Orador: - Tenha a bondade, Sr. Deputado.

O Sr. Bruno Vitorino (PSD): - Sr. Ministro, o Sr. Secretário de Estado da Juventude e do Desporto é tão bom, tão bom, que quase dispensava a existência de Ministro.

O Orador: - Exactamente! Está V. Ex.ª a tentar instilar aqui um golpe de Estado?!

Risos.

A Sr.ª Presidente: - Tem a palavra, Sr. Secretário de Estado da Juventude e do Desporto.