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era então Ministro do Planeamento e, na altura, o seu Ministério defendeu uma posição diferente, isto é, que a Via do Infante devia ser mais para Norte, mais para o interior do Algarve. Mas a estratégia adoptada pelo governo foi a de que a Via do Infante deveria ser próxima da EN125 para ser uma alternativa à EN125.
Ora, como o Governo reconhece que a EN125 se transformou numa avenida - e uma avenida não é uma alternativa -, penso que a questão das portagens na Via do Infante já está ultrapassada e esgotada! Estou pronto para reintroduzir o espírito do "remexido" no bom sentido, isto é, não no sentido da ilegalidade, no quadro criminal, mas no sentido do espírito do Algarve. Não farei como alguns dirigentes do PSD, que proferiram declarações públicas do género "nós atiramos o Ministro ao mar!", apenas invoco o espírito "remexido" para, finalmente, questionar o Sr. Ministro se já tem consciência de que, de facto, em relação ao Algarve, e conhecendo o seu historial (porque o Sr. Ministro conhece o dossier da Via do Infante, a sua fase inicial), a EN125 não é uma alternativa à Via do Infante, uma avenida não é uma alternativa à via do Infante.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Ricardo Gonçalves.

O Sr. Ricardo Gonçalves (PS): - Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados: O "remexido" de que falou o Sr. Deputado José Apolinário era, como sabem, um miguelista que actuou na serra algarvia e que representou o espírito tradicional daquela gente do campo. Ora, também no Norte estamos a tentar constituir um "remexido", que é o Sr. Ministro Luís Marques Mendes! Esperemos que ele represente também esse espírito no século XXI para o Norte, porque penso que é uma forma de termos alguém no poder que faça algo por aquela região.
Digo isto porque o Dr. Marques Mendes esteve num magusto, no dia 29, em Terras de Bouro, no Gerês, e prometeu uma via que está prometida desde o Estado Novo: a ligação de Terras de Bouro à auto-estrada em Ponte de Lima, passando pelo concelho de Vila Verde. Afirmou, inclusive, que a construção dessa via iria iniciar-se já no próximo ano.
Todavia, como não encontro essa obra prevista em PIDDAC, fiquei ansioso por "apanhar" aqui o Sr. Ministro para o questionar. Efectivamente, o Dr. Marques Mendes é um homem do "núcleo duro" do Governo e, segundo parece, quem manda neste Governo é o "núcleo duro". Acontece que o Dr. Marques Mendes está a arranjar a sua plataforma de apoio no Norte Litoral, porque o Sr. Ministro tem de perceber que quem vai ser o Eurico de Melo do século XXI no PSD vai ser o Luís Marques Mendes! Portanto, não quero que ele fique mal visto, porque precisamos do homem para fazer esse papel no século XXI.

O Sr. Fernando Pedro Moutinho (PSD): - Ainda bem que o reconhecem!

O Orador: - Também dentro do PS temos muitos que fazem esse papel, até temos mais do que um! Os senhores é que, neste momento, não têm ninguém. Como tal, espero que o Dr. Marques Mendes, que foi eleito Deputado por Aveiro, é natural de Braga, foi cabeça de lista por Viana do Castelo e tem um chefe de gabinete do Porto, consiga cobrir toda aquela zona.
Como está demonstrado, só quem tem gente no "núcleo duro" do Governo é que beneficia de obras significativas, espero que o Dr. Marques Mendes comece a fazer alguma coisa por Braga, uma vez que o distrito de Braga perdeu, no último PIDDAC, 28% de investimento. Agora, como o Dr. Marques Mendes está a aparecer mais em Braga, talvez a situação se comece a compor!
Digo isto sem desprimor para com os Srs. Ministro das Obras Públicas, Transportes e habitação e Secretário de Estado das Obras Públicas. Sei como funcionam estas coisas, o "núcleo duro" é que comanda e, por vezes, os Ministros e os Secretários de Estado vêem-se um bocado atrapalhados com estas promessas feitas em magustos!
Acontece que a estrada em causa é muito importante e engloba uma ponte sobre o rio Homem, entre Terras de Bouro e Vila Verde, na Vila de Terras de Bouro. Também está prevista, há muito tempo, uma outra ponte, situada uns quilómetros mais abaixo, entre a freguesia do Souto e a freguesia de Valbom - desta vez, o Dr. Marques Mendes não a prometeu, mas esperemos que o faça num próximo magusto, porque nós estamos sempre atentos a tudo o que interessa à região.
Como defensor dessa estrada e dessas pontes, enviei um requerimento ao Sr. Ministro há meses, mas ainda não obtive resposta. Efectivamente, espero que incluam essa obra em PIDDAC, em sede de especialidade - não deixem ficar mal o Dr. Marques Mendes… Estou preocupado com isso e essa é, efectivamente, a minha esperança.
O Sr. Secretário de Estado das Obras Públicas, que é um homem de Braga, sabe bem que, a partir do momento em que a promessa foi feita no magusto, alguém tem de tirar as castanhas do lume, não se vão lá deixar ficar as castanhas sem que essa obra apareça no PIDDAC.
Para terminar, queria colocar-lhe uma outra questão relativa à foz do rio Cávado.
Como sabe, o rio Cávado desagua em Esposende há muitos séculos e a barra também está assoreada há muitos séculos. No tempo do governo do PS, com o Dr. José Junqueiro, fez-se um desassoreamento da barra e todos os dias lhe pedia para avançar com a obra. O Sr. Ministro diz que está a ser feito um estudo de impacte ambiental (os estudos de impacte ambiental nas obras públicas têm as mesmas funções do sistema nervoso nas doenças do homem: servem para todas as desculpas) e eu gostava de saber em que ponto está o estudo, porque essa obra também desapareceu do PIDDAC e é fundamental. A barra é, efectivamente, muito perigosa e aquele é um porto muito importante para a região, aliás é o único do distrito de Braga.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Ramos Preto, o último orador inscrito.

O Sr. Ramos Preto (PS): - Sr. Presidente, vou ser muito breve. Apenas me inscrevi para intervir porque no decurso da intervenção de apresentação do Sr. Ministro fiquei com algumas dúvidas no que toca a um aspecto particular, o do encerramento da CRIL.
Com efeito, aquando do início da sua apresentação nesta reunião, o Sr. Ministro das Obras Públicas referiu-se à circunstância de estarem a correr bem, em termos de colaboração, as conversas entre o Sr. Presidente da Câmara e o Sr. Secretário de Estado Jorge Costa, designadamente em matéria de realojamento e de definição do próprio traçado. Contudo, fiquei algo preocupado quando o Sr. Ministro, em