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Portanto, contra factos não há argumentos, Sr. Ministro. Estão o Ministério da Saúde e os profissionais de saúde de parabéns por este projecto.
Passarei agora ao motivo por que pedi o uso da palavra.
Deu entrada na 8.ª Comissão um dossier, do qual faziam parte três ou quatro ofícios, sendo dois ou três, salvo erro, de juntas de freguesia do concelho de Ovar e um da Associação de Amigos de Ovar, em que pediam a atenção dos Deputados da Assembleia da República para o facto de constar no meio público, contrariamente ao desejável, que o hospital de Ovar passaria a ser um hospital de retaguarda. Ora, sou Deputada eleita pelo círculo de Aveiro e tanto eu como os companheiros eleitos pelo mesmo círculo e interessados em todo este processo não temos essa informação. Porque temos acompanhado este processo, gostaria que me esclarecesse se tal informação é verdadeira para eu, junto do eleitorado que me elegeu, poder o elucidar e acabar, de vez, com estas intrigas que são geradas no distrito.

O Sr. Presidente (Patinha Antão): - Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro da Saúde.

O Sr. Ministro da Saúde: - Sr. Presidente, também tentarei ser breve nas respostas que vou dar.
Sr. Deputado Fernando Cabral, em relação à questão do hospital da Guarda, como é habitual, os senhores tentam polemizar pequenas questões, pondo de lado o que, a meu ver, é fundamental. E, de facto, o que é fundamental é que haja um hospital na Guarda e que esse hospital sirva as populações, porque hoje é reconhecido que temos de mudar as condições de prestação de cuidados de saúde existentes na Guarda.
O que anunciei não foi baseado numa óptica partidária, ao contrário do que o Sr. Deputado quis dizer. A ideia foi a de escolher, numa escolha de seis terrenos (e o Sr. Deputado sabe isso tão bem como eu), um local que me foi indicado tecnicamente pelos serviços. Isto é, os técnicos analisaram as condições dos terrenos, a Sr.ª Presidente da Câmara listou seis deles e nós, em termos técnicos - não fui eu -, concluímos por aquela localização.
O Sr. Deputado veio fazer um pouco de combate político, que compreendo e que lhe fica bem porque, como é óbvio, tem de defender os interesses do círculo que o elegeu, mas não é verdade o que disse. O que estamos a fazer é a anunciar a localização que, em termos técnicos, melhor corresponde ao fim em vista.
No que diz respeito ao parque de saúde, para que o Sr. Deputado não vá sem resposta porque é importante que seja esclarecido, a informação de que disponho, em termos técnicos, é a de que não tem dimensão suficiente para se construir um novo hospital. Para além disso, o Sr. Deputado sabe tão bem como eu que anunciámos um novo centro de saúde da Guarda para aquele local. Portanto, fisicamente não temos possibilidade de fazer o hospital e o centro de saúde naquele local.
Sr. Deputado, porque gosto de tratar destas questões com equilíbrio e com serenidade, obviamente elegeremos o local que for mais adequado em termos de custo e de acessibilidade. Mas tudo aponta, pela informação que me é dada, que a localização será aquela, e esse é que é o aspecto relevante, fundamental, e não a trica que, normalmente, se gera a este propósito - e não estou a dizer que seja o Sr. Deputado que a faz.
Portanto, vamos dar atenção ao que é crítico e fundamental, que é a construção de um hospital na Guarda. E vamos fazê-lo, ao contrário do que aconteceu até agora, em que se falava muitas vezes deste aspecto mas nunca se avançava. Agora, sim, vamos avançar! Aliás, já lhe disse que, até ao final da presente legislatura, vamos lançar, com certeza, o hospital da Guarda e, em termos de localização no tempo, tal dependerá, como é óbvio, também da colaboração da Câmara Municipal, no sentido de disponibilizar os terrenos, como aconteceu em Loures e como está a acontecer em Cascais e noutros pontos do País. Este é que é, repito, o aspecto fundamental.
Quanto às parcerias, diz o Sr. Deputado - a expressão é sua - que estamos "a enganar o povo". Não estamos a enganar coisa nenhuma, Sr. Deputado! A inscrição de uma verba de 40 000 euros no PIDDAC significa já, potencialmente, uma possibilidade de podermos pagar o projecto. É o que estamos a fazer.

O Sr. Fernando Cabral (PS): - E os outros?!

O Orador: - Em relação ao hospital de Seia, eu próprio tive ocasião de falar com o Sr. Presidente da Câmara Municipal (aliás, tenho uma visita agendada para ir a Seia muito em breve) e disse que me deslocaria lá para falar com os responsáveis, porque a nossa maior preocupação é a de prestarmos cuidados de saúde às pessoas daquela região, como é óbvio. As pessoas querem um novo hospital. Provavelmente, será o que vamos fazer, mas pode não ser, se for possível uma remodelação profunda que preste os cuidados de saúde de que as pessoas necessitam.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): - Vê-se bem que nunca lá foi, senão não dizia isso!

O Orador: - Ou seja, o que é crítico é a prestação de cuidados de saúde à população. O modo como o faremos é aquele que se revelar mais adequado. Esta é uma linguagem de bom senso, Sr. Deputado, e não outra coisa.
Em relação a Pinhel e a Gouveia, claro que me desloquei, e com muito gosto, a esses locais, tal como me tenho deslocado a outros cuja liderança na câmara municipal é de outras forças políticas. Eu não distingo. Aliás, devo dizer que o primeiro hospital que vamos construir, se quer falar em termos partidários, nem sequer pertence a uma câmara municipal liderada por um partido do Governo, como é óbvio! Portanto, não fazemos qualquer distinção. Gosto de esclarecer isto para que não fique qualquer dúvida.
Ora, o que anunciei nos paços do concelho quer de Pinhel quer de Gouveia é para cumprir, isto é, vamos lançar os centros de saúde e, se não estou enganado, julgo que o prazo de conclusão dos mesmos está previsto para o princípio de 2006, com início em 2004.
Sr. Deputado Eduardo Cabrita, começo por lhe dizer que gosto de tratar as coisas com serenidade. Disse o Sr. Deputado que, do meu lado, há perda de serenidade. Não há perda de serenidade. No entanto, não deixo de acentuar aqueles aspectos que, a meu ver, são importantes, porque na política também é preciso ter carácter,