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78 | II Série GOPOE - Número: 006 | 3 de Novembro de 2005

será possível pensar na sua viabilidade a médio prazo, talvez até final da Legislatura – aliás, assim o espero e desejo.
Por fim, quero referir, muito rapidamente, dois aspectos relativamente a duas questões que o Sr. Deputado levantou.
O Sr. Deputado fez referência ao facto de que a não participação na Feira de Frankfurt por parte do IPLB foi uma opção selectiva. Exactamente! Foi uma opção selectiva! As políticas na área da cultura, como em todas as outras áreas, passam pelo estabelecimento de prioridades em cada momento. Entendemos que não era prioritária a presença em Frankfurt e que os apoios à presença em a, b, c certames ou o que quer que seja não têm de se eternizar.
Tem de se estipular, em cada momento, aquilo que, porventura, é prioritário e nós entendemos que numa feira destinada, fundamentalmente, a editores, no quadro em que estávamos a mover-nos, não era necessário, neste caso concreto, neste ano, avançar para aquela feira. Portanto, foi exactamente selectivo, e foi com toda a consciência que o fizemos.
Por outro lado, relativamente ao Museu do Douro, não vejo por que é que o Sr. Deputado faz essa leitura catastrofista da situação. Pelo contrário, foram dados passos, esses sim, muito largos no sentido da concretização da fundação Museu do Douro. Neste momento, estamos a dar passos nesse sentido, com uma reaproximação aos fundadores e estão a ser feitos contactos que, porventura ainda neste ano, nos permitirão a criação da fundação por decreto-lei. Não vejo, pois, por que é que o Sr. Deputado tem essa leitura catastrofista da situação.
No que diz respeito à suspensão dos jardins suspensos… Sim senhor, eles deverão ser suspendidos, porque não faz sentido continuar com a exposição. É também uma opção política. Não faz sentido, neste momento, prolongarmos ad aeternum a exposição dos jardins suspensos. Simplesmente, já esgotaram o seu ciclo, inclusive, diminuíram enormemente os visitantes, como é natural.
Portanto, essa exposição teve um ciclo de vida, está no fim, pelo que não deve continuar a ser apoiada.
Devemos avançar, isso sim, para a criação da fundação que nos permitirá cumprir um calendário, designadamente no que diz respeito aos fundos comunitários.

O Sr. Presidente:: — Muito obrigado, Sr.ª Ministra.
Vamos, agora, encetar a segunda ronda de perguntas, para a qual a mesa recebeu quatro inscrições. Peço aos Srs. Deputados que confinem as suas intervenções a não mais do que 2 minutos, para que depois a Sr.ª Ministra possa dar uma resposta em bloco a estas questões.
Eu próprio não tenho a certeza de poder estar na reunião até ao fim, visto que há uma outra audição que tem de ter lugar impreterivelmente a partir das 19 horas, pelo que a presidência será assegurada pelo Sr. Deputado Sérgio Vieira.

O Sr. João Teixeira Lopes (BE): — Peço a palavra para uma interpelação à mesa, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente:: — Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. João Teixeira Lopes (BE): — Sr. Presidente, penso que estão prejudicadas as condições para a discussão, por uma razão muito simples. Não foi certamente por culpa da Sr.ª Ministra, mas o tempo que a Sr.ª Ministra concedeu às duas últimas respostas foi infinitamente inferior ao tempo que concedeu às restantes respostas. Isto é, houve Deputados que fizeram as suas perguntas, tiveram as respostas dadas com tempo, e agora, na parte final, decidiu-se uma aceleração que revela uma má gestão do tempo.
Peço desculpa, Sr. Presidente, mas tenho de lavrar o meu protesto, para que fique registado.

O Sr. Presidente:: — Naturalmente o Sr. Deputado fê-lo, e com razão substantiva, não evitando evidentemente recorrer também a alguma retórica quando sublinhou que havia uma diferença «infinita». V. Ex.ª também sabe que o infinito é uma medida que é um pouco desproporcionada relativamente àquilo que aconteceu até agora. Além disso, há também o facto de a Sr.ª Ministra ter dado já respostas a questões que foram colocadas várias vezes.
Em todo o caso, a crítica que o Sr. Deputado faz também tem um lado construtivo e positivo, pelo que nesta segunda ronda de perguntas é desejável que consigamos suprir um pouco esse tipo de defeito, que, efectivamente, temos de reconhecer que há sempre, porque não é possível ser-se completamente perfeito a todo o tempo.
Posto isto, vamos, então, começar a segunda ronda de perguntas em que, por sequência, intervirão os Srs. Deputados Agostinho Branquinho, Rosalina Martins, Agostinho Lopes e Teresa Caeiro.
Tem, pois, a palavra o Sr. Deputado Agostinho Branquinho.

O Sr. Agostinho Branquinho (PSD): — Sr. Presidente, vou tentar ser rápido e já anulei uma série de questões, para corresponder ao seu pedido.