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8 II SÉRIE-OE — NÚMERO 6

O Sr. Ministro da Economia e da Inovação: — » entre a primeira afirmação da Sr.ª Deputada de que «o Governo diz que a situação das finanças públicas já está consolidada» e, depois, a pergunta «mas quando é que há condições para baixar a carga fiscal?».
Ora, se a situação das finanças públicas estivesse consolidada, naturalmente que já haveria condições para baixar a carga fiscal! Exactamente porque, ao fim do terceiro ano de ajustamento e já na boa direcção,»

A Sr.ª Rosário Cardoso Águas (PSD): — Só que não está!

O Sr. Ministro da Economia e da Inovação: — » ainda não está consolidada ç que ainda não ç possível chegarmos lá! A esse propósito, noto também que o PSD mudou de opinião relativamente às suas propostas fiscais: propunha uma coisa, passou a propor outra, tornou a propor a mesma, agora, já vai em outra»

A Sr.ª Rosário Cardoso Águas (PSD): — Passe à frente, Sr. Ministro!

O Sr. Ministro da Economia e da Inovação: — Portanto, vai na quarta alteração, em menos de quatro anos, o que, pelo menos, dá indicações de uma boa regularidade» Passo à questão da previsão do crescimento das exportações.
Estamos a viver um momento muito delicado. A crise no subprime (crédito hipotecário de alto risco nos EUA) está a ser maior do que se pensava à partida. Por outro lado, há a questão do aumento do preço dos combustíveis fósseis. Tudo isso cria incerteza e riscos ao nível da economia mundial.
No que diz respeito à nossa economia, o que se tem verificado é que, desde que o Governo tomou posse, ainda nunca ficámos abaixo das previsões de crescimento. Creio que isto dá alguma credibilidade» Quer dizer, muitas vezes há a tentação de fazer previsões mais optimistas mas têm sido feitas previsões que nos parecem realistas e, no que diz respeito ao crescimento do PIB, uma coisa é certa: os factos foram sempre melhores do que as previsões. Portanto, à partida, não há razão para pensarmos que tal não suceda no próximo ano.
Repito, pois, que este valor de 1,93% relativamente aos primeiros três trimestres deve deixar-nos animados.
Não estou a dizer que seja o valor ideal, mas, Sr.ª Deputada, parece-me um pouco excessivo tratar com desdém valores que, no governo PSD/CDS, nem nunca foram atingidos.

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Nunca foram atingidos?

O Sr. Ministro da Economia e da Inovação: — Utiliza esse tom e essas palavras relativamente a este valor da economia portuguesa nos primeiros três trimestres, obtido com tanto esforço por parte das nossas empresas»

A Sr.ª Rosário Cardoso Águas (PSD): — O Governo é que não fez!

O Sr. Ministro da Economia e da Inovação: — » e dos nossos trabalhadores que, de facto, estão a fazer um trabalho maravilhoso, porque está ser desenvolvido num contexto em que não podem ajudados pelo Estado, pois este está sujeito a esta «cura de emagrecimento».
Portanto, as empresas e os trabalhadores estão a fazer um trabalho maravilhoso que não merece ser tratado com esse desdém, não merece ser sempre apoucado, não merece que se diga que tudo é pouco, que não chega. Não, não! 1,93% é o resultado do trabalho das nossas empresas e dos nossos trabalhadores, num contexto internacional complicado, como disse, e, ainda por cima, sem poderem ter a ajuda de um impulso favorável do Estado que está fazer a sua própria «cura de emagrecimento».
Relativamente aos anúncios, tinha compreendido que a linha política do PSD já tinha mudado e que, agora, já não estava na moda, mas, afinal, não foi só na parte fiscal que abandonou a anterior posição.
Aliás, foi com satisfação que me dei conta, quanto a essa coisa do desdçm pelos investimentos,»

A Sr.ª Rosário Cardoso Águas (PSD): — Onde estão os resultados, Sr. Ministro?