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12 II SÉRIE-OE — NÚMERO 6

esses números claros? Ou seja, pergunto qual é o comportamento que tem tido nos últimos tempos o sector da construção. Quais seriam o resultado e o crescimento do PIB se este sector da construção se estivesse a comportar como os outros, nomeadamente os mais dinâmicos? Ainda quanto à questão da energia, mais uma vez houve trabalho! O Sr. Ministro foi sempre dizendo que o «nosso nuclear» era o vento e a água que tínhamos. A aposta na energia eólica é, hoje, mais do que evidente e, portanto, já ninguém fala disso porque é incomparável com o que era o registo do passado recente e fruto dos estímulos dados pelo Governo, mas também da capacidade empresarial dos investidores mais dinâmicos do nosso país.
Mas refiro também as barragens, as novas barragens, o novo plano de construção de barragens, em linha com o que o Sr. Ministro vai dizendo e vai fazendo. Sr. Ministro, pergunto-lhe como é que estamos em relação à questão das barragens para ilustrar, uma vez mais, que os investimentos não são só públicos. É porque eu até entendia melhor algumas das questões do PSD, tirando a parte do dito azedume, se elas viessem do Partido Comunista, como a questão do investimento põblico», investimento põblico», investimento põblico, o Estado», o Estado», o Estado!! É evidente que, como o Ministério da Economia é um dos que têm maior relevância, o investimento é importante», mas muito mais importante ç o investimento privado e as condições que têm sido criadas às empresas, no passado recente mas também neste momento, e apresentação que o Sr. Ministro fez o favor de nos trazer demonstram que o efeito multiplicador da acção do Governo é o que está a acontecer e é o que se pretende do Ministério da Economia.
Portanto, não é só a questão do investimento público que está em causa, mas é o facilitar a vida aos que querem investir, dando-lhes segurança nos investimentos e não andando sempre a mudar de opinião e a «ziguezaguear», porque isso é o pior que pode haver para investimentos volumosos e que demoram o seu tempo, mas que aí estão.
Portanto, Sr. Ministro, tirando as críticas relativamente aos tempos em que alguém podia fazer e não fez, porque as ideias só vieram mais tarde, e o confronto com a dura realidade do que este Governo tem feito, as questões que lhe suscito têm a ver com os sectores da energia e da construção, quanto ao comportamento deste último e ao que poderia acontecer, e com a preocupação essencial que penso existir no Orçamento para 2008 dos apoios direccionados à economia real.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro da Economia e da Inovação.

O Sr. Ministro da Economia e da Inovação: — Sr. Presidente, Sr. Deputado, quanto à questão relativa às exportações, creio que a primeira vez que vim ao Parlamento foi aquando da discussão do Orçamento para 2006. Havia uma projecção de exportações de 4% e lembro-me de que a grande linha de argumentação do PSD era a de duvidar dos 4%, porque há esta linha política que é a do duvidar, a do bota-abaixo, a do «tudo para baixo«, tudo negativo, nada ç bom» É evidente que os números mostraram-se muito melhores do que a própria previsão do Governo»! Há aqui um aspecto que me parece muito importante. Referi seis investimentos contratualizados em 2005 e 2006, a que se segue um número semelhante em 2007, em relação a projectos que ainda não estão a funcionar. Ora, todos estes projectos, do chamado sector dos bens transaccionáveis, são a melhor garantia de que quando forem para o terreno, uma vez que são virados para o exterior, vão suportar mais esta mudança de padrão de especialização.
Havia duas alternativas, a primeira das quais era esperarmos por uma mudança de padrão de especialização em função destes investimentos — e quem fizesse este raciocínio tinha fundamento para tal — e o que é positivo é já estarmos a ver essa mudança, apesar de estes investimentos ainda não estarem no terreno. Mas convém ser claro nesta matéria: este movimento não é de curto prazo, ele iniciou-se em 2002, quando se notava mais que havia determinado modelo que estava esgotado e então, por mérito das empresas, dos empresários e dos trabalhadores, tudo se virou para a economia global... E quando se disse: «As empresas não são competitivas», elas aceitaram esse desafio e disseram: «Não podemos vender em Portugal, então vamos vender nos mercados internacionais»! E estão a conseguir fazê-lo, ano após ano!