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9 | II Série GOPOE - Número: 006 | 15 de Novembro de 2007

O Sr. Ministro da Economia e da Inovação: — » que já tinha mudado essa linha política. Não quero meter-me no que não é assunto meu, mas creio que isso foi um pequeno deslize, porque não tem sido linha política falar dos anúncios com esse desdém.
Vou falar concretamente nos grandes projectos contratualizados que foram assinados em 2007. Esclareço que estou a falar em projectos contratualizados e não em projectos que não envolvem qualquer tipo de incentivo.
A propósito de incentivos, devo dizer que, naturalmente, estão publicados no Diário da República, portanto, posso referi-los aqui — têm de ser totalmente transparentes, pois muitos estão sujeitos à avaliação de Bruxelas mas, quem quiser, pode consultar o Diário da República onde estão publicados.
Feito este parêntesis, digo-vos que, em 2007, houve seis projectos de maior dimensão, o que explica que o valor de investimento contratualizado até ao final de Outubro, 2,1 milhões de euros, seja igual ao total do ano 2006 que, por seu lado, foi muito superior ao ano 2005 e, então, se comparado com 2003 e 2004, nem se fala! Os projectos são os seguintes: o da Repsol, em Sines — 700 milhões de euros; o da Artenius, também em Sines — 400 milhões de euros; o da Pescanova, em Mira — 124 milhões de euros; o da Agni, em Cantanhede — 65 milhões de euros; o da CUF, inserido no complexo da Dow Chemical, em Estarreja — 125 milhões de euros; e o da Celtejo — 70 milhões de euros. Estes são os seis maiores projectos que foram assinados em 2007.
Como é sabido, estamos a falar de projectos que são identificados, são negociados; depois, é necessário fazer os estudos, lançar a primeira pedra e segue-se a construção. Tudo isto demora muito tempo. Portanto, nenhum de nós, passado o dia em que um investidor contratualiza um investimento com a AICEP, pode pretender inaugurar no dia seguinte coisas com a importância de uma papeleira Portucel ou de uma refinaria da Galp. Isso não passa pela cabeça de ninguém!! Já se começam a ver alguns projectos, embora ainda não na fase do lançamento da primeira pedra mas na da inauguração do projecto propriamente dito.
Amanhã é um dia muito importante porque, em Viana do Castelo, vai ser inaugurada a unidade da Enercon, empresa da área da energia eólica, que é uma das maiores fábricas da Europa. Trata-se de uma fábrica de uma indústria verdadeiramente inovadora e de futuro, as energias renováveis.
Soubemos estar na linha da frente, exactamente quando se está a passar tudo de importante no sector da energia, com o aumento do peso das renováveis, e aquela fábrica vai ser inaugurada já amanhã, em Viana do Castelo. Portanto, não se trata do lançamento da primeira pedra mas da inauguração da fábrica.
Outro projecto que foi muito falado — e com aquele tom jocoso que não fica nada bem e, mais tarde, as pessoas arrependem-se», mas não vamos falar mais disso — é o da fábrica da IKEA, sobre o qual se dizia que era um investimento de papel, de folclore e por aí fora, coisas muito feias» Essa fábrica vai ser inaugurada em Março, o que significa umas centenas de postos de trabalho na zona de Paços de Ferreira.
Portanto, relativamente «aos anúncios», eu pedia, por amor de Deus, que se fizesse o mesmo que em relação às PME.
As PME estão a trabalhar maravilhosamente, os trabalhadores, os empresários estão a ser mais competitivos, estão a exportar mais. Paremos de dizer mal das PME! Paremos também de dizer mal do investimento, porque até nem fica bem.
Compreendo um partido que diga: «eu não gosto desse investimento, prefiro aquele», mas um partido que resume a sua linha política a dizer: «eu duvido do que se está a dizer« ç»

A Sr.ª Rosário Cardoso Águas (PSD): — Eu só estou a pedir resultados!

O Sr. Ministro da Economia e da Inovação: — Mas os resultados estão todos à vista! Portanto, podem consultar»

A Sr.ª Rosário Cardoso Águas (PSD): — Não estão, não!

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, não há diálogo. O Sr. Ministro está no uso da palavra e agradeço que não o interrompam.