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totalmente extemporâneo e inadmissível sugerir que a reunião seja feita na parte final da manhã.

O Sr. Presidente: - O que é que o Sr. Deputado Marques Guedes entendia por parte final da manhã?

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Sr. Presidente, eventualmente das 11 horas e 30 minutos às 13 horas ou à 13 horas e 15 minutos.

A Sr.ª Odete Santos (PCP): - Então, mas nós temos a Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias!

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado José Magalhães.

O Sr. José Magalhães (PS): - Ó Sr. Deputado Marques Guedes, é impossível dar vazão a iniciativas importantes da oposição, designadamente e também a velhíssima e vetusta proposta de lei do Tribunal de Contas sobre a qual temos vindo a desenvolver discussões - ainda na semana passada ouvimos o Presidente do Tribunal de Contas, etc., etc. -, sem, pelo menos, alguns minutos - no caso da lei do Tribunal de Contas bastantes minutos - de consideração concreta de normas que são de complexidade bastante óbvia. E esse trabalho foi agendado para amanhã, o que me parece razoável. E há outras iniciativas agendadas para discussão, amanhã, na primeira Comissão. Isso estava perfeitamente estabelecido entre nós.

A Sr.ª Odete Santos (PCP): - É por isso que eu sou a favor da clonagem!

Risos.

O Sr. José Magalhães (PS): - Exacta. Felizmente não está cá o jornalista Daniel Reis e, portanto, nessa matéria...

A Sr.ª Odete Santos (PCP): - Não, eu punha ao contrário!

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Sr.ª Deputada, ainda outro dia o Sr. Deputado Guilherme Silva disse que era suspeita e eu começo a concordar com ele!

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, vamo-nos circunscrever ao tema.
Sr. Deputado Marques Guedes, como reparou, a sua proposta tem algumas dificuldades de acolhimento geral.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Sr. Presidente, peço desculpa mas, com toda a franqueza e com toda a lealdade, o argumento que o Sr. Deputado José Magalhães acabou de esgrimir é exactamente o mesmo que eu esgrimi. Ou seja: reconheço, e não o ponho minimamente em causa, nem o fiz na minha intervenção inicial, que estão agendados, na especialidade, para a reunião de amanhã na 1.ª Comissão, projectos que são muito caros à maioria governamental. Não estou a dizer o contrário.
Agora, o que referi aqui - e o argumento é rigorosamente o mesmo - é que, quer seja da parte do Partido Socialista, quer seja da parte do Partido Social-Democrata, quer seja da parte do Partido Comunista, que também tem um projecto no Plenário de amanhã como, ainda hoje no final da reunião, o Sr. Deputado Luís Sá, que não está agora presente mas também não cometo qualquer inconfidência, com quem falei e me disse que ambos, amanhã, somos autores de projectos que vão estar em Plenário.
Portanto, o argumento do Sr. Deputado José Magalhães é válido para a bancada do Partido Socialista, o argumento que aqui esgrimi é válido para a minha bancada, como qualquer outra bancada pode esgrimir um argumento idêntico.
Todos sabíamos, quando se aventou a marcação de reuniões para as quartas-feiras - e por isso é que elas ficaram volantes entre a manhã e a tarde - que, de acordo com os agendamentos da 1.ª Comissão e do Plenário, podia haver empecilhos políticos para esta ou para aquela bancada.
Portanto, não se venha aqui erigir as prioridades do Partido Socialista como prioridades que se impõem à Comissão, sem sequer se ouvir as prioridades, também políticas e com igual valor, que são levantadas pelos outros partidos.
Portanto, o argumento do Sr. Deputado José Magalhães é rigorosamente idêntico ao argumento que aqui despendi. Peço ao Sr. Presidente que, pelo menos, reconheça isso.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Marques Guedes, creio que acreditará que o presidente procura dirigir os trabalhos sempre com uma preocupação de equidade. E, nesse sentido, a única dificuldade que aqui temos é que a observação do Sr. Deputado Marques Guedes se reportava a alterar alguma coisa que estabelecemos como regime-regra. A alegação do Sr. Deputado José Magalhães ia no sentido de manter o regime-regra.
Não vejo como possamos sair disto, uma vez que há uma conflitualidade de interesses entre dois grupos parlamentares que têm idêntica relevância, aliás como qualquer outro, nos trabalhos da CERC.
O que pergunto ao Sr. Deputado Luís Marques Guedes é se houvesse amanhã um atraso relativo no início da sessão não às 17 horas e 30 minutos mas às 18 horas, também com um prolongamento de mais 30 minutos no final dos nossos trabalhos, isso cooperaria para resolver a sua dificuldade no Plenário.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Sr. Presidente, em resposta à sua sugestão que, enfim, tenta conciliar as coisas, eu não faço ideia alguma, como nem Sr. Presidente nem nenhum de nós faz, a que horas é que a questão, que estou a suscitar relativamente ao agendamento do Plenário de amanhã, vai a terminar. Não posso dizer, sinceramente, se é às 17 horas e 30 minutos ou se é às 18 horas... São os diplomas que têm que ver com os quadros dos municípios e por aí fora. Aliás, há um projecto do PCP, um projecto do PSD, o dos secretários-gerais, o dos directores de serviço municipais, etc..
De qualquer maneira, se o Sr. Presidente coloca, como colocou na sua introdução, a questão de dizer que há um problema de regra, disciplinadamente, sugeria ao Sr. Presidente