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e desenvolvimento social. Situação manifestamente diferente é que se regista no domínio da

Saúde, uma vez que aqui os Assistentes Sociais são um grupo profissional minoritário,

subalternizado e que tende a ser funcionalizado pelo poder médico, a sua jurisdição

profissional alvo de forte competição por parte dos profissionais de enfermagem (ainda que

com grandes potencialidades de gerar complementaridades beneficiadoras das necessidades

dos cidadãos). Situação específica é a que ocorre na área da Justiça, por sinal uma das mais

relevantes em termos de emprego de Assistentes Sociais. Neste caso, por força das reformas

ocorridas depois de Abril de 1974 no Serviço Social prisional, verifica-se como que um

ocultamento da disputa das jurisdições profissionais. Este processo ocorreu por via da

diluição de todas as disciplinas profissionais em carreiras únicas e integradas, concretamente

de Técnicos de Educação, no âmbito dos serviços prisionais, e de Técnicos de Reinserção

Social, sendo que neste último caso estão cometidas exactamente as mesmas funções a

assistentes sociais, psicólogos, juristas, entre outros. Na área da Educação, e apesar de desde

1991 estar prevista a integração de Assistentes Sociais nos Serviços de Psicologia e

Orientação da rede de escolas do ensino básico e secundário, até à data, à margem dos

graves problemas de insucesso e abandono escolar em Portugal, estes serviços são

dominantemente constituídos por psicólogos, sendo claramente marginal a inserção de

assistentes sociais e outros trabalhadores sociais. Para além destes domínios, mais

representativos da inserção profissional dos Assistentes Sociais no sector público, em

Portugal, é ainda de referir a área do Emprego e Formação Profissional (cf. adiante ponto

9.2).

Por fim, em termos de áreas de intervenção, não podemos deixar de referir a crescente

inserção profissional dos Assistentes Sociais em Portugal no sector privado empresarial, em

cujo âmbito exercem sobretudo funções no âmbito dos serviços sociais das empresas, em

serviços de apoio social aos trabalhadores e ainda em departamentos de saúde ocupacional e

recursos humanos. Apesar de significativa, a sua presença em empresas não foi ainda muito

estudada.

Fica evidente, pela breve trajectória que se fez pelas áreas de acção dos Assistentes Sociais

em Portugal, que estes profissionais desempenham as suas funções em áreas muito

relevantes da sociedade, ocupando-se de problemáticas centrais para o bem-estar nacional e

são recursos humanos imprescindíveis para a realização da maior parte das políticas sociais.

A premência das necessidades sociais, a existência de grandes desigualdades no acesso aos

recursos para as satisfazer, a severidade da pobreza e da exclusão social para certos grupos