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íraclar da remessa á commissâo; heid-e votar Iam-bem, que ella urgentemente dê o seu parecer.

O Sr. Presidente:' — Da urgência e que se teom occupado menos os Srs. Deputados, no momento actual não se tracla. servão de saber, se a Camará deve occupar-se deste requerimento, e nada mais; peço por tanto aos Srs. Deputados), que se cinjam á ordem.

O Sr. Gavião; — Sr. Presidente, eu hei de cingir-me á ordem, porque não costumo.fallar fora da ordem, e cingindo-me a el!a devo sentar-me, porque a urgência não foi combatida; mas por isso rnesmo que eu reconheço, que me devo sentar, a Camará relevem qo-e eu diga só quatro palavras em icsposta ao que se disse, porque tendo eu apresentado a representação, não e possível deixar passar, .. (Q-Sr.-Presidente:—Isso é fora da ordem). Mas perdoe -V. Ex.a, isto diz respeito ao credito de terceiras pessoas, pessoas que confiaram em mi m, e depois da palavra me ler sido concedida, não devo deixar dedesaggrava-las; eu peço .a V. Ex.a sódous miimtos de desculpa para responder a urna asserção do illustre Deputado; são quatro palavras.... (O Sr. Presidente :•— O abuso é tão grande sendo só por dons minutos, como sendo por mais tempo) pois, Sr. Presidente, eu digo sómenle, que as pessoas que se acharn assignadas na representação, tenho informação de que são pessoas muito respeitáveis, mas sobre tudo o Sr. Lucas da Trindade Leilão, e' pessoa por cuja verdade eu me respomabi-liso, e não podem deixar de responsabilisar-se todos os Srs. Deputados, que o conhecem; se o Sr. Ministro do Reino se achasse presente, eu havia emprazar o seu tcstimunho sobre a honra e probidade do Sr. Lucas da Trindade Leitão. Peço desculpa á Camará, e concluo dizendo, que não me opponho a que se tracl.e da substituição apresentada pelo Sr. Ávila, e que a representação vá com urgência a uma Commissâo.

O Sr. Presidente:—laso e para logo.

O Sr. Lacerda: — Peço a V. E-x.a que consulte a Camará sobre se a matéria da urgência está suf-ficientemente discutida.

Julgou-se discutida;, e foi approvada a urgência.

O Sr. J. M. Grande : — (Para um requerimento) Eu -vou requerer á Camará, que essa proposta seja mandada a uma Commissâo, e vou fundamentar este requerimento. . ..

O Sr. Presidente : — Ha de-me perdoar, mas esse não e' caso, em que se peça a palavra para um requerimento, rnas sim sobre a ordem, e nesse caso vou dar a palavra áquelles Senhores que a pediram antes sobre a ordem, (apoiados)

O Sr. /. M. Grande:— Mas Sr. Presidente...

O Sr. Presidente: <_-.- p='p' consentir....='consentir....' não='não' posso='posso'>

O Sr. /. M. Grande: "—V. E.x.a não consente?.... Faz muito bem, porque consente muita cousa....

O Sr. Moura Coutinho:— (Sobre a ordem). Sr. Presidente, e para mandar para a Mesa uma proposta relativamente á representação, e á proposta que enviou para a Mesa o Sr. Deputado Gavião, A minha proposta reduz-se unicamente, a que a Camará remetia a representação e a proposta á Coi-n-missão, que julgar appropriada para examinar o objecto, e dar sobre' elle o se-u parecer cocn a maior urgência, possível. Parece-me que sendo este nego-SESSÃO N.° 2.

cio como toda a Camará reconhece, muito grave e* importante, e involvendo a honra de empregados públicos, não convém de maneira alguma, que uma só palavra se solte na Camará , que po?sa prevenir o juizo futuro acerca do comportamento desses empregados, assim como também do Governo; a justiça pede, por todos os princípios, que este negocio seja maduramente examinado : por isso foço a seguinte

PROPOSTA. — Proponho que a representação apie-sentada pelo Sr. Deputado Gavião, e a sua proposta sejam enviadas á Commissâo de infracções para com urgência dar a esta Camará o seu parecer.— Moura Coutinho.

O Sr. J. M. Grande: — Sr. Presidante, eu entendia que realmente devia ir a uma commissâo a proposta apresentada pelo Sr. Gavião ; tinha pedido a palavra sobre a ordem para mandar uma igual moção para a Mesa ; por isso estou prevenido ; devo, pore'm, accrescentar alguma cousa para justifiar essa moção.

Sr. Presidente, este negocio e muito serio; se os Deputados não tomarem calor nelle, certamente se mostram tíbios no desempenho de seus deveres: eis a razão porque eu fallei um pouco acaloradamente. Diga-se embora que eu falío com indiscrição ; poderei aqui admittir lições d'alguem, mas não ha de ser do illustre Deputado, que proferiu esta asserção: rejeito, por consequência, a lição que me quiz dar. Não fui indiscreto, porque disse que me parecia estarem provadas algumas daquellas allegações; não quiz prevenir juizo algum, quiz pore'm, que a Camará nesta occasião tomasse a altitude que convém a uma Camará de representantes do Paiz. Que disse eu pois, Sr. Presidente? Que se os abusos e as violências tinham existido, era necessário que fossem severamente punidos. E torno a dize-lo ; e posso fallar neste assumpto tanto mais enérgica e acaloradamente quanto é cerí.o que não tenho parte nenhuma como alguém talvez \lenha nessas violências. Tanto enthusiasmo por tão pouca cousa! Pois será pouco o querermos desaffrontar a urna, querermos que os eleitores sejam livres, que o systema representativo não seja sofismado ?

Diz-se : «ias não se tractava senão da urgência, e por consequência tudo isso era inútil; mas como se havia de provar a urgência senão mostrando que o assumpto era altamente importante, e que por isso devia ser instantemente considerado?

Sr. Presidente, eu pugno peio livre exercício do direito eleiíora! ; a Camará não pode deixar de me apoiar neste desejo sem se deshonrar; por consequência no que defendo, não faço senão pugnar peia honra da Camará. I£ ousa-se dizer que sou indiscreto quando quero isto! NÍÍO sou indiscreto; antes o foi quera rne censurou — sou utn Deputado leal, que sabe e conhece os seus deveres, que tem um de» sejo ardente de cumpri-los. Mas, Sr. Presidente, parece que se quer sligmalisar aqui todo o senti» mento nobre, todo o sentimento generoso; mas debalde, não o hão de comprimir dentro do meu coração : tenho coragem para arrostar tudo quando conheço que estou n'uma posição decente e justa.