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12 Diário da Câmara dos Deputados

por intermédio desta Câmara, o que realmente há sôbre o assunto a que me refino. Aguardo a resposta de S. Exa., esperando que ela seja de molde a tranquilizar por completo o espírito público, bem justamente preocupado por tal motivo.

O Sr. Melo Barreto (Ministro dos Estrangeiros): - Agradeço ao Sr. Joaquim Brandão o ensejo que me proporciona, com a sua pregunta, para opor o mais categórico desmentido ao boato, que se tem feito correr, de que há quaisquer dificuldades com a Inglaterra, no tocante à restituição dos navios ex-alemães. O governo sabe, com efeito, que se procura dar foros de veracidade a essa atoarda tendenciosa. Sei, mesmo, que já se tentou espalhar que a Inglaterra tornaria a devolução dos navios, dependente do critério que, em Portugal, se adoptasse quanto à futura exploração da frota mercante. Não estranhe, pois, a Câmara que eu aproveite a oportunidade fornecida pela pregunta do Sr. Joaquim Brandão para ligar os dois boatos absurdos, desmentindo-os, da maneira mais terminante, com as, seguintes declarações:

1.ª É absolutamente falso que tenham surgido quaisquer dificuldades com a Inglaterra, relativamente aos navios que lhe cedemos, em 1916, para acudir às deficiências de tonelagem da Gran-Bretanha e das outras nações aliadas;

2.ª Desses navios, a Inglaterra restituiu já dois: Fernão Veloso, de 5.100 toneladas, e o Figueira, de 2.160. Restam, em seu poder, dezoito navios, cinco dos quais de passageiros, o Peniche, o Trás-os-Montes, o Pangim, o Machico e o Porto, e treze de carga, o Amarante, o Cunene, o Nazaré, o Sines, o Faro, o Sacavêm, o Inhambane, o Esposende, o S. Tiago, o Santo Antão, o Gaia, o S. Vicente e o flores, que serão restituídos à medida que forem terminando as suas viagens, de que possam ser dispensados de serviços ainda dependentes da guerra. Dois dêles sê-lo hão muito brevemente, segundo comunicação oficial que recebi.

3.ª Portugal, no pleno uso da sua soberania, utilizará, como lhe aprouver, os seus navios, sem que os propósitos do Govêrno a tal respeito, sôbre os quais o Parlamento terá de pronunciar-se em breve, influam, de qualquer modo, nas resoluções do Govêrno Inglês, quanto à restituição dêsses barcos.

O orador não reviu.

O Sr. Joaquim Brandão: - É para agradecer a resposta do Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros, com a qual muito folguei na minha qualidade de português.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: - Vai passar-se à ordem do dia. Os Srs. Deputados que tiverem papéis a enviar para a Mesa, podem fazê-lo.

ORDEM DO DIA

O Sr. Presidente: - Vai proceder-se à eleição de comissões, dadas para ordem do dia.

Interrompo a sessão por um quarto de hora, para os Srs. Deputados formularem as suas listas.

Eram 16 e 45 minutos.

Reabertura da sessão às 17 horas.

O Sr. Presidente: - Vai proceder-se à chamada.

Responderam os Srs.:

Adolfo Mário Salgueiro Cunha.
Afonso de Macedo.
Afonso de Melo Pinto Veloso.
Alberto Ferreira Vidal.
Alberto Jordão Marques da Costa.
Alexandre Barbedo Pinto de Almeida.
Alfredo Ernesto de Sá Cardoso.
Álvaro Xavier de Castro.
Américo Olavo Correia de Azevedo.
Amílcar da Silva Ramada Curto.
Angelo de Sá Couto da Cunha Sampaio Maia.
Aníbal Lúcio de Azevedo.
António Albino de Carvalho Mourão.
António Albino Marques de Azevedo.
António Augusto Tavares Ferreira.
António Cândido Maria Jordão Paiva Manso.
António da Costa Ferreira.
António da Costa Godinho do Amaral.
António Dias.
António Francisco Pereira.
António Germano Guedes Ribeiro de Carvalho.