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Sessão de 9 de Dezembro de 1919 25

patibilidade dêste Govêrno e dêste Parlamento.

Eu quis por muito tempo a presença de V. Exa. nesse lugar, Sr. Presidente do Ministério, pelas suas altas qualidades de republicano e boa vontade em servir a República, mas V. Exa. já deve ter compreendido que a sua boa1 vontade não pode suprir todas as deficiências.

Quem lho diz é um homem que rejeitou o Poder e não tem a ambição de o possuir, e que nunca se sentará nessas cadeiras.

O orador não reviu.

O Sr. Sá Cardoso (Presidente do Ministério e Ministro do Interior): - Não podia deixar de falar depois do Sr. Brito Camacho, e repetir o que há pouco disse quando respondi ao Sr. Jorge Nunes.

Sôbre o artigo 1.° S. Exa. não falou, pois apenas se limitou a uma discussão que bem cabida teria sido quando se discutiu na especialidade. Mas duas cousas eu tenho a afirmar.

O Sr. Camacho, ou o seu partido, não fazem mais inquéritos, e se excepcionalmente fizerem, algum, nomeará pessoas das terras onde êle se efectue.

Registo isto, porque pode ser que eu tenha de o lembrar.

Quanto à minha permanência no Poder, está na sua mão derrotar o Govêrno e tenha S. Exa. a certeza que nessa ocasião lhe darei os meus agradecimentos.

O Sr. Presidente: - Está encerrada a discussão sôbre o artigo 1.°

É lida na Mesa a proposta do Sr. Manuel José da Silva (Oliveira de Azeméis), que foi rejeitada.

Em seguida são aprovados os artigos 1.° e 2.° da proposta.

O Sr. Abílio Marçal: - Requeiro a dispensa da leitura da última redacção.

Foi aprovado.

O Sr. Presidente: - O Sr. Ministro da Justiça enviou para a Mesa uma proposta de lei, para a qual pede urgência.

Foi Lida na Mesa.

Foi aprovada a urgência.

Vai adiante por extracto.

O Sr. Jaime de Sousa (em nome da comissão do Orçamento): - Sr. Presidente: comunico a V. Exa. que a comissão do Orçamento já se constituiu, escolhendo para presidente o Sr. António Maria da Silva e a mim, participante, para secretário.

Antes de se encerrar a sessão

O Sr. José de Almeida: - Chamo a atenção do Govêrno para a necessidade de fixar as tabelas do preço do azeite no momento da produção.

Num dos centros mais importantes da produção do azeite no Alentejo verifiquei que, estando êste artigo nos lagares a 5$ a década, passados dois dias e só pelo facto de ter chegado um comprador importante de Lisboa, o azeite atingiu 7$ e tal a década.

Se o Govêrno não tomar providências neste momento, êsse género, que é indispensável à alimentação, há-de encarecer enormemente e depois nada já se poderá fazer de útil e aplicável. (Apoiados).

O Sr. Abílio Marçal: - Pode V. Exa. acrescentar que o azeite já se vende a 10$.

O Orador: - Êste facto que se dá com o azeite, dá-se tambêm com a carne de porco.

Nestas circunstâncias, parecia-me que o dever do Govêrno seria elaborar tabelas, mas em tempo competente, para a origem, porque só assim se poderão evitar atropelos e ganâncias.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Sá Cardoso (Presidente do Ministério e Ministro do Interior): - Sr. Presidente: transmitirei ao Sr. Ministro da Agricultura as considerações do Sr. José de Almeida, mas devo dizer a S. Exa. que, em. princípio, discordo da sua maneira de ver, e vou explicar porquê.

Não havia batata, nem arroz, nem feijão. O Govêrno decretou a liberdade de comércio dêsses três artigos e imediatamente êles apareceram no mercado.

Um àparte do Sr. Costa Júnior.

O Sr. José de Almeida: - V. Exa. já conclui que há abundância de batata?

O Sr. Costa Júnior: - O que concluo é que há abundância de produtores, o que