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e homem valente não basta para ocupar a pasta das finanças. Mas é que S. Ex.a alia a essas qualidades as de inteligência, trabalho e vasta cultura, conhecendo tudo quanto se prende com questões económicas e financeiras, e com a administração pública do pais.

Para mim é garantia segura que será profícua, valiosa e verdadeiramente republicanas obra que ele há-de fazer.

Sobre as palavras proferidas propriamente sobre o plano do Governo, pelo Sr. Presidente do Ministério, alguma cousa direi.

S. Ex.a disse que o Ministério é retintamente partidário.

Fez S. Ex.a bem em fazer essa declaração.

Uni Ministério retintamente partidário é claro que não quero dizer que faça uma obra atrabiliária que interesse apenas um partido: quere dizer, sim, que cumprirá todos os princípios consignados no programa do Partido Eepublicano Portu-guè*. (Apodados}.

Ele ó o nosso orgulho, e não queremos pôr nenhum dôsses princípios do parte. (Apoiados}.

Teve o Partido Eepublicano Português uma obra tam grande e valiosa na defesa da Eepública que nada tem de se envergonhar da forma como tem governado e administrado dentro dos princípios da Justiça que estão consignados num programa partidário.

E isto que S.. Ex.a quis dizer com um Governo a retintamente partidário».

Todos sabemos que nesta situação tem de haver a máxima tolerância para com todos os republicanos. (Apoiados}.

E melhor seria que pouco a pouco cessassem as dissensões e mal entendido», para podermos dizer que existe a verdadeira amizade também. (Apoiados}.

E o grande amor à Eepública, o grande interesse no progresso e grandeza da Pátria.

Falou o Sr. Presidente do Minktério, em várias medidas qno o Governo tenciona apresentar, o dado o espírito de que elas vem revestidas estou certo que devem coresponder às necessidades do país e acudir um pouco à situação aflitiva c deplorável em que nos encontramos o por isso nãopodemos deixar de lho 'ar o nosso apoio, porque tudo que diga respeito ao

Diário da Câmara dos Deputados

• ressurgimento do país e ao seu desenvolvimento económico e colonial, não pode a maioria negar-lhe o seu apoio.

E como sou daqueles que tenho sempre fé e esperança, eu espero que a maioria, neste ponto estará sempre ligada a todas as outras facções políticas que têm representação nesta.casa do Parlamento.

Há uma grande obra de ressurgimento económico e colonial a realizar, mas para a fazer e para que as medidas anunciadas pelo Sr. Presidente do Ministério tenham realização, ó preciso antes de tudo, olhar para a situação financeira e fazer todos os sacrifícios por maiores que eles-sejam.

Te.nho a certeza de que essa obra de ressurgimento se realizará e para ela todos nós contamos com a inteligência e energia do Sr. Ministro das Finanças e ó necessário que S. Ex.a se faça rodear por aquelas, forças morais, sem as quais não é possível dar execução a qualquer -medida por mais proveitosa que seja. • ' O principal elemento moral de que S; Ex.^ necessita ó a compressão das despesas para darmos ao país ã certeza de que vamos fazer economias.

Seria para desejar que essas medidas fossem mais enérgicas, mas eu sinto que a situação não o permita o que infelizmente o Estado — o isso não sucede só entre nós, mas em todas as nações — o Estado não pode na prática, embora na teoria assim deva ser, funcionar como qualquer casa comercial que quando não precisa dos seus empregados dcspede-os; as leis dão a todos os empregados públicos tais direitos que é impossível entrar nesse caminho, mas podemos fazer uma grande obra começando pela compressão das despesas, quer pela não nomeação dos uncionários quer pela redução das despesas e assim terá o Governo a força moral necessária para vir dizer ao país que ele tem de pagar aquilo que deve pagar.

Como disse o Sr. Presidente do Minis-ério, não se compreende que o Estado es-oja a considerar a moeda fraca para os eus pagamentos e esteja a considerar a noeda forte na parte relativa à recepção .as receitas.

Mas não é só isso, porque isso era fá-

il de resolver com uma percentagem sô>

)ro as contribuições tomos de recorrer a

medidas inais violentas, mas não havemos