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Diário da Câmara dos Deputadas

Os outros funcionários que lá estavam' pediram, também a sua demissão por solidariedade com o funcionário a que me referi.

Há três ou quatro dias reuniu a comissão.

O quo resolveu?

E assombroso!

j Que o País inteiro o saiba !

j A comissão resolveu dar toda a sua confiança a esses funcionários !

Quere dizer, é dada toda a confiança a funcionários que se colocaram em conflito com um membro da comissão.

j Isto é assombroso l

Permita-se-me que neste momento eu tribute daqui a minha maior consideração àqueles membros da comissão que encontrei sempre a meu lado, no propósito de punirem todos os crimes.

Entre eles, saliento esse republicano que se chama António Granjo.

Mas há mais e mais grave.

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nistério das Subsistências, a fim de organizar um processo em que um funcionário daquela secretaria de Estado aparece como tendo praticado o roubo de um carregamento de milho, ordenei aos empregados que me passassem nma declaração do que o presidente da comissão lhes tinha dito.

Todos obedeceram, menos o Sr. Major Franco, que me agrediu com palavras, dizendo-me que eu ali não tinha autoridade alguma.

O Sr. Orlando Marcai :-ficar assim!

j Isto não pode

O Orador:—Nestas condições, venho depor na mão de V. Ex.a o meii mandato na comissão parlamentar que-esta Câmara nomeou.

Não posso continuar nela.

Os crimes quo se apurem ou fiquem impunes.

O Sr. Lúcio de Azevedo: —Não ficam. Estão lá homens de bem que os hão de apurar.

O Orador (saindo do seu lugar e dirigindo-se para o Sr. Lúcio de Azevedo: — ^ O que diz V. Ex.R?

O Sr. Lúcio de Azevedo:—Que hão de ser apurados todos os crimes.

O Orador (voltando ao seu lugar e prosseguindo):— Sr. Presidente: repito, que sejam ou não punidos os crimes, eu é que não posso continuar na comissão de inquérito para a qual fui nomeado como representante do Grupo Parlamentar Popular, . visto quo fui desobedecido" por funcionários meus subordinados.

Deponho, pois, o mandato que a Câmara me havia confiado.

Tenho dito.

O discurso será publicado na integra quando o orador restituir) revistas, as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.

Os apartes introduzidas no discurso não foram revistos pelos oradores que os produziram.

O Sr. Queiroz Vaz Guedes:— Como presidente da comissão de inquérito, compete-me dar explicações sobre as OCOrren-Cias» u que O ar. J. iutj jxOvisCO ucciuu, ãõ fazer reterência, ocorrências que me penalizaram e vou dizer o motivo. - Começo por declarar que o Sr. Deputado entendeu nojo dever pedir a palavra em nome da comissão.

O Sr. Pais Rovisco:—.Como vogal da comissão.

O Orador:—A esta primeira parte não faço mais considerações por escusadas.

Uma vez que a comissão não reuniu, não considero razoável que se venha dizer numa das Câmaras cousas que interessam a ambas a's Câmaras, sem haver uma resolução colectiva.

Os casos deram-se pela forma que vou expor.

Sou o primeiro a prestar a merecida justiça ao Sr. Pais Kovísco.

Realmente pouco depois de remodelada a comissão, S. EJC.U entrou com acrisolado ânimo e boa disposição na investigação dalguns casos 'que foram sujeitos ao seu critério, e deu muita da sua actividade, em dias sucessivos de trabalho, para organizar os processos e nem outra cousa era de esperar de S. Ex.a, como membro da magistratura judicial.