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i Sabe-se que elas existem, apenas porque pagam! Nada mais!

Vozes:—Não apoiado.

O Sr. Manuel Fragoso:— V. Ex.a não tem razão.

O Orador: — Não me encompdam os não apoiados.

O que eu desejava era salientar este facto: as ilhas só são conhecidas do Ter reiro'do Paço e de S. Bento, porque pagam, só se lembram delas para pagarem. (Não apoiados).

«fMas não apoiado porquê?

Não me dirão V. Ex.as o que às ilhas, à Madeira, sobretudo, tom feito de bom?

Não respondem agora!

Pois então para que dizem não apoiado, se sou eu quem tem razão ?

Pendem da aprovação desta Câmara alguns projectos que à Madeira beneficiam, deles alguns por mini apresentados.

Nada!

Pois se eles interessam à Madeira!

O Sr. Velhinho'Correia:—As ilhas têm sido mais protegidas do que a minha província, que paga mdito mais que as ilhas e ainda tem menos do que elas.

O Orador: — ,/Mais do que as ilhas?

V. Ex.a não tem razão; mas ainda que a tivesse, mesmo que assim fosse, uma cousa não justificava a outra. Mas não tem, repito. E quere V. JDx.a ver?

No mês de Agosto baixou à comissão respectiva uma moção por mim apresentada, que a Câmara aprovou, para que imediatamente fosse por ela apreciada, pronunciando-se, o decreto ditatorial que resolveu mal a chamada questão sacarina da Madeira.

j Pois ato hoje—já lá vão decorridos quási seis meses—nenhum parecer existe ainda!

Como este há muitos outros; reclamações, há muitas, mas não são atendidas. As ilhas — concluo logicamente — só servem para pagar. (Não apoiados}.

Diário da Câmara doe Deputado»

As ilhas mereciam—Srs. Deptuados— um tratamento mais fraterno. São portuguesas também, muito portuguesas, apesar de tudo, e não seria nada de mais que V. Ex.as, Srs. representantes da Nação, para elas olhassem com um pouco mais de atenção, para que a elas fosse feita a justiça a que têm direito, pois só querem o que por direito lhes pertence.

Nada mais. O meu coração de madeirense revolta-se contra a atitude que neste momento é tomada e que representa uma flagrantíssima injustiça; e confrange-se ao constatar que pode ser tarde, quando vier a reconhecer-se que a escravidão do homem foi abolida e que nenhuma população pode ser constantemente esquecida, relegada ao abandono, desatendida quando justamente reclama.

Tonho dito por hoje.

O Sr. Ministro da Marinha (Celestino de Almeida): — Ouvindo há pouco fazer referências não presença do Sr. Ministro da Guerra, se S. Ex.- estivesse,, em Lisboa eu faria com que fossem, ou iria eu próprio, chamá-lo ao telefone para que pudesse S. Ex.a vir assistir à discussão deste projecto em conformidade com o desejo manifestado por alguns Srs. Deputados.

Não está, porém, S. Ex.a em Lisboa, pelo que, na minha qualidade de Ministro da Marinha, e como único membro do Governo presente, entendo dever dizer o seguinte:

Tratando-se duma concessão da Cruz de Guerra em condições normais, deveria esta ser feita, segundo os preceitos regulamentares que lhe são próprios; desde que se trata, porém, dum projecto de lei apresentado perante o Parlamento, a este cabe resolver o assunto como melhor entender.

Quanto aos factos que se visam e cuja consagração se pretende fazer, são eles, realmente, do conhecimento de todos nós, e, certamente, que os Srs. Deputados proponentes os devem ter bem mais presentes do que eu próprio, e quiçá do que a própria maioria dos Srs. Deputados presentes.