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Diário da Câmara dos Deputados

- manifestação de apreço que o Parlamento entenda merecer a heroicidade das dnas referidas cidades, porque, do contrário, ela estaria de facto já diminuída, visto que já decorreu muito tempo depois dos factos passados, apesar do Sr. Jaime de Sousa ter tido durante ele assento nesta Câmara, sem se lembrar da distinção que neste momento, tam apressadamente, pretende obter.

O Sr. Malheiro Reimão: — Ouvi com atenção as considerações do Sr. Ministro da Marinha.

S, Ex.a, rememorando os acontecimentos, recordou que a população das ilhas não tinha sido tomada de pânico, manifestando completa serenidade em faço dos ataquo dos submarinos.

Não tive o intuito, ao falar contra o projecto de lei, de dizer que era injusta a recompensa que se pretendia dar às cidades visadas no projecto, nem referir--me em termos desagradáveis à sua população. Simplesmente chamei a atençãu da Câmara para a falta de pormenores e do completo conhecimento dos factos ocorridos nas ilhas durante os bombardeamentos, condições indispensáveis para que o Parlamento possa tomar a iniciativa de prestar homenagem a essas cidades.

Se a homenagem é justa, as cidades não perdem nada em aguardar que a comissão se pronuncie num relatório pormenorizado e. documentado convenientemente.

O Sr. Jaime de „ Sousa: — Parece que V. Ex.a não tem estado em Portugal. Os submarinos atacaram por dez vezes a cidade do Funchal.

O Orador: — Não me lembro bem. Desde que se levanta a suspeita sobre a forma heróica como procedeu a população, ó necessário que o projecto de lei seja remetido à comissão, que documentará esses factos heróicos, para que«depois de documentados, todo o país veja a razão das recompensas.

Portanto, aprovo a proposta apresentada pelo Sr. Mem Verdial para que o projecto de lei baixe à comissão.

O Sr. Jaime de Sousa: — Em nome dos povos das ilhas adjacentes protesto com toda a energia contra essa proposta.

Não quero sequer supor que o Parlamento, conhecendo os factos, manifeste a menor tergiversação sobre a concessão das duas mercês.

Sr. Presidente: mantenho inteiramente o meu projecto de lei, esperando que o Parlamento fará intòira justiça às duas cidades.

O Sr. Presidente: — Não havendo mais ninguém inscrito, vai ler-se, para se votar, a proposta do Sr. Mem Verdial.

Leu-se a seguinte

Proposta

Proponho que o projecto em discussão baixe às comissões respectivas.— O Deputado, Mem Verdial.

Posta à votação esta proposta é aprovada.

O Sr. Jaime de Sousa: — Roqueiro a contraprova e invoco o § 2.° do artigo 116.° do Kegimento.

O Sr c Pedro Pita : — Requeiro a comta-gem.

Procede-se á contraprova.

O Sr. Presidept.fi : — Estão sentados 35 Srs. Deputados e levantados 28. Vai proceder-se à chamada.

O Sr. Cunha Liai: — Peço a palavra.

O Sr. Presidente : — Tem a palavra o Sr. Cunha Liai.

O Sr. Cunha Liai: —Peço a V. Ex.a a fineza de manter a ordem na sala, a fim de que os oradores possam, usar da palavra.

O Sr. Presidente: — Verificou-só que não há número. Vai proceder-se à chamada.

Fez-se a chamada.

O Sr. Presidente :'— Estão presentes 66 Srs. Deputados. O quorum ò de 6;}. Vai repetir-se a votação.

O Sr. Jaime de Sousa: tacão nominal.

Requeiro yo-

0 Sr. Presidente:—Os Srs. Deputados que aprovam que haja votação nominal, queiram levantar-se.