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nalismo realmente hoje o mais perigoso cancro que rói o Tesouro Público.

Basta ver o que se fez desde o meio do ano passado para cá, com urna perfeita inconsciência da situação de Tesouro, num perfeito esquecimento de todas as regras de moral pública, pondo-se em prática um sistema de corrupção que deixa a perder de vista o que se foz na corrupta monarquia! (Apoiados).

O Sr. Ministro das Finanças em vez de vir pedir-nos uma revisão das nomeações duma data qualquer, que não discuto, até agora, em vez1 disso, para não colocar fora dos serviços públicos indivíduos que só servem para alimentar clientela e avi-gorar partidos, o Sr. Ministro das Finanças em vez de nos pedir uma autorização nestes termos, que seria altamente moral, verdadeiramente patriótice, S. Ex.a vem dizer-nos que esses vampiros e parasitas que andam mendigando empregos, ficam daqui por diante por conta do Estado auferindo os mesmos benefícios.

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Sr. Ministro das Finanças. . Sr. Presidente: eu pregnnto em que situação fica a comissão do orçamento para estudar, rever e corrigir esse importantíssimo diploma, desde que o Sr. Ministro das Finanças, convertida.esta propos-' ta em lei, fica autorizado sem limitação a refazer os quadros, a remodelar os serviços sem que tenha obrigação legal de ouvir essa comissão.

Pode dar-se o caso da comissão entender que tal quadro deve ser reduzido a um terço e S. Ex.a entender que devia ser reduzido a metade. Pode a comissão entender que tal quadro não deve ser reduzido, mas ampliado e S. Ex.a entender que ele tem de ser reduzido às proporções que se lhe afigurar ao seu critério do Ministro das Finanças.

O Sr. Ministro das Finanças (António da Fonseca) : — Ao critério do Governo e não ao meu, simplesmente.

' O Orador: — Neste momento, o Governo deve ser o Sr. Ministro das Finanças, porque estamos numa hora crítica o a nossa defesa não pode ser feita nem pela "guarda republicana, nem pela polícia, nem pelo grupo dos 13; a defesa do país. da sua independência, autonomia e hono-

Diário da Câmara dos Deputados

rabilidade há de fazer-se pelo Ministério das Finanças, mostrando que somos um país solvível, ou então é inevitável a bancarrota, com todos os vexames que nos traz uma situação dessa natureza; que o chefe do Governo deveria ser o Sr. Ministro das Finanças para poder impor a todos os seus colegas aquela política de economia, aquela política de restrições, nos habituais esbanjamentos dos nossos governantes, sem os quais os financeiros seriam uma utopia.

De modo que quando constantemente me refiro ao Sr. Ministro das Finanças, íaço-o por uma espécie de automatismo de espírito, calculando que na organização deste Ministério se tivesse realizado aquilo que eu supunha ser um alto pensamento político, e podia-o ser,' sem receio de falsa modéstia, por-que não era eu que estava indicado para exercer esse lugar.

O Presidente do Ministério, superintendendo em todas as pastas, podia impor

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política que julgasse mais conveniente. Mas se isso estava bem para um homem de finanças reconhecido e acatado, não estava bem para o homem facundo e fecundo, que assombrou o Universo com uma pirâmide de não sei quantos suplementos no Diário do Governo, maior que qualquer das famosas pirâmides do Egi-to!