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Diário da Câmara doa

cluir as suas considerações ou ficar com a, palavra reservada?

O Orador: — Ficarei novamente com a palavra reservada.

O discurso na integra, revisto pelo ora' dor, será publicado quando forem devol' vidas as notas-taquigráfícas.

Ãotes de se encerrar a sessão

O Sr. Presidente:—Vou conceder a palavra aos Srs. Deputados que se inscreveram para antes de se encerrar a sessão.

O Sr. Sá Pereira:—Sr. Presidente: pedi a palavra para chamar a atenção do Sr. Presidente do Ministério para uma notícia que vem hoje no Século.

O administrador do concelho de Alen-quer, a pretexto de que a Câmara é monárquica, não consentiu que entrasse ali

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o correspondente do mesmo jornal a comparecer na administração do concelho para rectificar uma notícia que tinha mandado para o Século. Como o correspondente declarasse que não fazia rectificação alguma, mandou-o meter no calabouço. Como isto representa um abuso de autoridade, chamo para o facto a atenção do Sr. Ministro do Interior, para proceder dentro das normas da justiça. O orador não reviu.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro do Interior (Domingos Pereira):— Eu tive conhecimento da notícia inserta -no jornal O Século, a que S. Ex.a acaba de referir-se.

Devo informar S. Ex.a e a Câmara que, logo que'tive conhecimento do facto, me apressei a ordenar à autoridade administrativa para que fosse imediatamente solto o correspondente desse jornal, se é certo ele encontrar-se preso pelos motivos apontados.

Quanto à proibição da entrada de açúcar feita pelo administrador do concelho de Alenquer, procurei colher informações a esse respeito.

Logo que as receba, a terem-se passado os factos como S. Ex.a os narrou, daroi as mais rigorosas instruções, a fim de que

essa autoridade não continui a proceder como até aqui.

O orador não reviu.

O Sr. Costa Júnior: — Consta-me que actualmente o açúcar que está saindo das refinarias se vende por preço superior ao tia tabela, havendo ainda no público a impressão de que o açúcar que existe assam-barcado na esperança de que o Sr. Ministro da Agricultura permita a alta de preço.

Eu desejava também saber o que- pensa S. Ex.a sobre a conveniência ou inconveniência de se permitir a importação de açúcar estrangeiro, desde que se reconheça não haver o suficiente.

O orador não reviu.

O Sr. Ministro da Agricultura (Joaquim Eibeiro) : — Devo informar o Sr. Costa Júnior que tenho tratado da questão com todo o cuidado e interesse. Por mais açú-

car que só distribua, não, há forma de sa-i_' j> ____ __ _ ___ -j j_ j „ _ . _ *. j.

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que as refinarias declarem que o têm distribuído em quantidade suficiente.

V. Ex.as sabern que as bichas são formadas por criaturas que a elas vãO exclusivamente para fazer negócio,, comprando o açúcar ao preço da tabela para o vender por preços exorbitantes àqueles que não podem comparecer nessas bichas.

Quem quere açúcar, tem de comprá-lo por preços fabulosos.

Lembrei-me da importação de açúcar estrangeiro, mas o Sr. Ministro das Finanças certamente não autoriza que se adquiram cambiais para isso.

Ainda ontem tive de intervir numa greve de refinadores de açúcar, que exigiam 70 por cento de aumento nos seus vencimentos.

Sr. Presidente: o que era necessário, visto que o Sr. Ministro das Finanças não autoriza a importação de açúcar estrangeiro, era que se permitisse um pequenino aumento no preço do açúcar, de forma a que este género aparecesse no mercado.

Jnten^upcões dos Srs. Costa Júnior e Aníbal Lúcio de Azevedo.