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de 6* de Fevereiro de 1920

não disse à polícia que prendesse o major. O que disse foi que mantivesse a prisão © telefonou para. o Quartel General mandando vir uni oficial.

O Grupo Popular anda fazendo uma campanha do saneamento d!o exército, pois queremos o oxército limpo cada vez mais (ia-queíes que o prejudiquem.

O Grupo Popular Parlamentar tem pelo exército toda a consideração, respeito, carinho e amor que Ibe merecem todos aqueles que lio aram essa instituição brilhante; rnas o caso do funcionário mandado deter pelo Sr. Pain Rovisco do modo algum significa desconsideração pelo exército.

É preciso que a comissão de inquérito dê todas as explicações ao Sr. Puis Rovisco. (Apoiados}.

O orador não reviu.

O Sr. António Granjo: — Faço parte da Comissão Parlamentar do Inquérito ao Minis tório dos Abastecimentos. Reputo o assunto liquidado dentro da comissão e liquidado já no Parlamento.

Não estive presente na sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito, em que teve de se resolver o caso suscitado pelo Sr. Pais Rovisco.

Devo \disser que sempre verifiquei na comissão que o Sr. Pais Kovisco estava animado do propósito do consagrar todas as suas faculdades de trabalho e inteligência à sua. missão, procurando descobrir a verdade nas irregularidades ou crimes do extinto Ministério das Subsistência».

Fui, porém, informado pelo meu ilustro colega que fazia parte da comissão de inquérito desses casos e desde logo me considerei solidário.

S. Ex.a narrou-me como o caso se tinha passado o afigurou-se-me que da parte do Sr. Pais Uovisco houvera demasiada susceptibilidade, mas que não tinha havido nenhum desrespeito para com S. Ex.;- da parte dos empregados da secretaria. Con-sidoroi-ino solidário com os membros da Comissão Parlamentar do Inquérito.

Existem duas moções na Mesa. Uma apresentada pelo Sr. Júlio "Martins, eui que só pretende desagravar o Sr. Pais Kovisco de quaisquer pretensos agravos. Outra do Sr. Álvaro de Castro, pela qual se ratificam os poderes a essa comissão, j

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Ora a Câmara não tem de ratificar poderes alguns à Comissão Parlamentar de Inquérito, visto que esses poderes, mencionados por uma lei votada nas duas Câmaras, estão em plena execução e assim tenho de interpretar essa moção.

A moção do Sr. Álvaro de Castro apresenta o propósito de iludir a questão. A única cousa que a Câmara podia fazer em relação à Comissão Parlamentar de Inquérito é ratificar ou não a confiança nela. Para ruim, qne às palavras ligo a significação própria, a moção do Sr. Álvaro de Castro, tal corno está redigida, representa manifestamente uma moção de desconfiança, e, se essa moção for aprovada, mandarei para a Mesa a renúncia do mandato que a Câmara me conferiu.

O orador não reviu,

O Sr. Álvaro de Castro: — Efectivamente não ino ocorreu qui; «^ poderes conferidos à comissão tinham sido dados por unia lei. Poço, portanto, a V, Ex.a que mo autorizo a substituir ua minha ínoção a .palavra apoderes» por «confiança» .

Foi feita a substituição.

O 'Sr. Presidente: — Vão votar-se as moções.

O Sr. Manuel Fragoso: Roqueiro a prioridado pu»ra a moção do Sr. Álvaro de Castro.

Ffz-se a votação e foi aprovado o requerimento.

O Sr. Cunha Liai: —Roqueiro *i contraprova o invoco o § 2." do artigo 116.°

Procedfíii-ae à contraprova fí foi confirmada a votação anterior por 61 votos contra f).

O Sr. Presidente r— Vai ler-se a moção do Sr. Álvaro do Castro. Foi lida na Mesa e aprovada,

O Sr. Presidente:—Vai ler-so a moção do Sr. Júlio Martins. Foi lida 7ia Mesa -e rejeitada.