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Diário da Câmara dos Deputados

que trabalhava coni tanto desinteresso e com tanta dedicação ? ! " Então, Sr. Presidente, a comissão reúne quási expressamente para ir apresentai-as suas humildes desculpas aos funcionários dependentes e dum ilustro membro dessa comissão, representante do Parlamento, não se faz caso absolutamente algum?!

^jEntão em que sistema estamos nós?!

£ j Qual o regime em que vivemos?!

Dizem-me aqui os oieus colegas, e é um facto, que esse ilustro niajor, esse ilustre membro do funcionalismo que estava debaixo das ordens da comissão, declarou que não se considerava preso por estar substituindo uni ilustre membro da comissão e membro do Parlamento, Sr. Velhinho Correia.

Sr. Presidente: então já qualquer funcionário se julga no direito de representar qualquer dos membros que o Parlamento elegeu'?!

Não vai o país admirar-so com as declarações feitas poio Sr. Vuz Guedes, quando diz que se abriu um conflito entre o Sr. Pais Rovisco e o resto da comissão?!

De certo, o país preguntará:

^Mas onde reside essa incompatibilidade?

É que os ilustres membros da comissão puseram de parte o Sr. Pais Rovisco para darem todas as satisfações aos funcionários dependentes que se ergueram contra a legítima autoridade daquele membro dessa comissão.

í Então o país há-de dizer, com todos os aspectos de verdade, que não convinha o Sr. Pais Rovisco na comissão de inquérito !

Sr..Presidente: eu não quero tirar estas ilações, mas ó a lógica que as tira, são as considerações feitas no Parlamento que vão dar à consciência popular a explicação absoluta, a conclusão lógica de que o Sr. Pais Rovisco era um membro da .comissão de inquérito não desejado dentro dela!

l E espantoso que havendo na comissão unia divergência entre a maioria e o Sr. Pais Rovisco, j só-hoje provocada por um debate desta natureza viesse com tais explicações !

Sr. Presidente: o Parlamento assim não se prestigia.

Comissões eleitas pelo Parlamento, delegadas da soberania da Nação, que por assim dizer dobrava a "sua cabeça perante funcionários que se erguem contra os seus direitos não podem levantar o prestígio deste Parlamento e.não podem dar à consciência pública a tranquilidade completa e absoluta sobre os trabalhos desse inquérito.

Repito: por todos os membros desse inquérito que fazem parte desta Câmara tenho uma altíssima consideração; não teníio dúvida de que o seu trabalho ó útil, é profícuo, imin as cousas são o que são, a lógica conclusão n tirar dos factos é esta: a comissão não quis no seu seio o Su. Pais Rovisco.

Fica a questão nestes termos.

Continue a Comissão de inquérito a trabalhar, já tem o precedente de qualquer funcionário se revoltar contra o Sr. V az Guedes, contra qualquer dos membros dessa comissão, e então, Sr. Prcyidcnte, fará o Sr. Vuz Guedes muito beiii se nessa altura entregar os poderes à Câmara e a Câmara dologar nesse major e demais funcionários o inquérito.

A C/ímaru fie ara rauitu baixa, os funcionários ficarão muito altos e o país inteiro há-de olhar para Gste Parlamento, que pelos actos que pratica, contribuo para uni desprestígio enorme.

Sr. Presidente: o .Grupo Parlaiiiontar Popular mantêm a sua atitude primitiva, dando a sua inteira, completa, absoluta e categórica solidariedade ao Sr. Pais Rovisco.

Para terminar, direi que o inquérito assim não vai bem, porque não dá os altos resultados que é indispensável absolutamente indispensável que esse inquérito dr.

Tcuho dito.

O orador não reviu.

Lida a moção, foi admitida.

O Sr. Álvaro de Castro: — Sr. Preai dente: o debati5 já vai longo e não desejarei cansar mais a atenção da Câmara, mas necessito pronunciar algumas palavras o mandar para a Mesa uma moção concebida nos seguintes termos:

Moção