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Nós temos, porém, de trabalhar e de caminhar e não sorá pelo simples afastamento—que nós lamentamos, repito — do Sr. Pais Rovisco, que nós maioria, nós Câmara dos Deputados deixaremos de o fazer, tomando uma atitude monos correcta para com todos os outros membros que fazem parte das referidas comissões.

Xutn regime democrático e parlamentar como o nosso, são as -maiorias que decidem e seria, por isso, ilógico quo a comissão de inquérito ao Ministério dos Abastecimentos houvesse de resolver pela minoria de uni voto contra a opinião dos restantes membros.

Lamento, como já disso, que o Sr. Pais Rovisco mantenha o sou propósito de se afastar dos trabalhos da comissão em que se encontrava, mas espero que a comissão, se desempenho da sua elevada missão com a honestidade que toda a Câmara " reconhece nos seus membros, e por forma tal que no fim dos seus trabalhos o próprio Grupo Parlamentar Popular tenha de votar uma moção de louvor a essa comissão e a todos aqueles que com ela colaboraram.

O orador não reviu.

Lê-se a. moção do Sr. Álvaro de Castro uê é admitida.

Diário da Câmara dos

O Sr. Costa Júnior:—A minoria socialista não vota a moção do !Siv Júlio Martins, e aguarda os resultados do inquérito.

O Si. Júlio Martins: — Pedi a palavra para responder a algumas considerações feitas pelo ilustre Deputado Sr. Álvaro de Castro.

Parece-nie que S. Ex.a não, tem o direito de tirar ilações das afirmações que deste lado cia Câmara foram feitas sobre o assunto v

O Sr. Álvaro de Castro levantou-se e falou em neme do prestígio do exército que S. Ex.a julgou achincalhado por. nós...

Ora todos temos pelo exército português a altíssima consideração que somos obrigados a ter por quern tem sempre defendido a Pátria e a República. (Apoiados).

Nas minhas considerações não houve o mais pequeno desprimor para com a instituição militar, que respeito e desejo

\ ver prestigiada em toda a parte. (Apoia-! dos}.

! Estava V. Ex.n no poder, e o Governo de qtre V.- Ex.a fnzia parte era apoiado por maioria- parlamentar-) qtiaítdo nas ruas do Lisboa se dou ti m caso extraordinário: a prisão, em plena Rua do Ottta^ do general Jaime dó Castro.

Dentro ~- deste Parlamento uma única voz se levantou ' para prôtesfar contra osso acfo, o que donsta dos anais do Par-lamonto. Foi eu quem se revoltou neste Parlamento contra essa prisão.

Estava o Partido Dompcrático no po-dor c V. Ex.a era membro do Governo. Ninguém protestou. Quero reivindicar para mim isso protesto. . .

O Sr. Álvaro de Castro : — O protesto de V. Ex.r- teve oco : foi tratado o assunto em Conselho de Ministros.

O Orador: --Não sou obrigado a saber o que se passou em Conselho de Ministros. Aqui fui ou quem levantou a voz contra tai acio.

O Sr. Brito Camacho, coronel -médico do exército, foi preso uma vez às ordens não sei de que Governo, por dois agentes.

Quando tais factos «e derem terão sempre o meu protesto, contem com o meu concurso para esse fim.

O exército, porém, nada tem de ver com a discussão. Absolutamente nada. (Apoiados):

O que temos é o seguinte:

Trabalhava com a comissão de inquérito um indivíduo que por acaso tinha galões e quo em plena comissão desrespeitou um dos seus membros, pelo qual devemos ter ò mesmo respeito que por outro qualquer membro representante do Parlamento. Declarou aquele indivíduo quo não estava ali como subordinado da comissão, mas para substituir o ilustre representante do Parlamento português, Sr. Velhinho Correia.

Não podia falar assim e daí a atitude tomada pelo Sr. Pais Rovisco. Mas o major não foi, nem podia ser, preso- por dois polícias como V. Ex'.a disse.