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Diário da Câmara dos Deputados

humilde ao mais graduado, e eram esses funcionários que estavam junto da comissão trabalhando. Foi a esses funcionários que alguns membros da comissão deram toda a solidariedade l

O Sr. Lúcio de Azevedo:—E Ar. Ex.a também. Também os escolheu.

O Orador: — Não escolhi aqueles.

O Sr. Lúcio de Azevedo: — Foi com o voto de V. Ex.a, também.

O Orador — V. Ex.a labora em engano profundo. V. Ex.a esquece-se de que todos os funcionários já lá estavam quando fui para lá, à excepção do escrivão, que esse é que foi para lá depois de eu lá es-' tar.

O Sr. Lúcio de Azevedo:—Trabalhou com eles.

O Orador: — Isso é outra cousa.

Não fui eu quem interveio na escolha. Trabalhei com eles, é verdade, mas já lá estavam todos os outros.

Esqueceu-se disso V. Ex.a. Os funcionários já lá estavam e um deles somente foi para lá depois de eu lá estar.

O Sr. Lúcio de Azevedo: — Escolheu aquele com que V. Ex.a teve o conflito.

O Orador:—Por amor de Deus! Tenha V. Ex.a uma certa consideração pela verdade! Se eu lhe estou a dizer que já lá estavam todos à excepção dum, e esse era escrivão de direito, como é que V. Ex.a está a dizer que os escolhi eu?

E assim postas as cousas no seu devido pé, postas as cousas com inteira verdade à Camará, esta encontra se verdadeiramente habilitada a fazer o seu juízo.

Todo o país fica habilitado a fazer ò seu juízo como entender. (Apoiados).

Vozes: — Muito bem. . O discurso será publicado na integra quando o orador haja devolvido, revistas, as notas taquigráfi:cas.

O Sr. Queiroz Vaz Guedes: — Cabe-me agora responder ao Sr. Brito Camacho posto que S. Ex.a não reputasse o assun-

to de molde a dever protelar outros de gravidade que têm de ocupar a Câmara.

• Uma voz:—Este assunto também é grave. Bem mais que outros!

O Orador:—Desde que se lhe deu o carácter que se lhe deu, necessito duma explicação que deixe a Câmara absolutamente elucidada para ratificar a confiança a uma das partes da maioria parlamentar do inquérito relativamente ao desempenho do seu mandato, e como com ela se declarasse completamente incompatível o Sr. Pais Rovisco, fica a questão absolutamente bem posta: ou o Sr. Pais Rovisco está na comissão orientando-a com o critério, que entende, ou está o resto da comissão orientando os trabalhos como ato agora.

Mas só há uma acusação concreta em que mais ou menos é trazida à tela da discussão a liberdade individual.

Nb entender de V. Jíix.a vinha dar uma explicação, que não direi nne seja censura, mas um reparo à forma como corrç o incidente de que estamos travando.

Como o meu querido colega Sr. Aníbal Lúcio de Azevedo já disse, encontro! um requerimento de pedido de demissão da secretaria. A ele correspondi, pedindo à secretaria que o sobreestasse no seu propósito até que a comissão resolvesse.

Assim procedi porque, em meu entender, o serviço da secretaria tem sido de tal ordem que merece que a Câmara toda consagre o trabalho daqueles funcionários, porque para pagar de qualquer maneira a sua dedicação, não tem sido dada a mais pequena retribuição a quem tem trabalhado até a meia- noute quando é preciso.

O Sr. Pais Eovisco entendeu declarar preso um major do exército. S. Ex.a queria que ôle lhe declarasse o quê se havia passado na reunião da comissão a que o Sr. Pais Rovisco não assistira porque não quisera. Aquele major teve a hombridade de declarar que não tinha ordem para fazer declarações. S. Ex.a então mandou-o prender por um agente da investigação.

Creio que isto era a exautoração da comissão; mais ainda, era um ataque à dignidade do exército...