O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

8

rio dos Negócios Estrangeiros, que é muito diversa daquela de que faço parte como secretário.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente : —Vai passar-se à ordem do dia.

Protestos de alguns Srs. Deputados.

Jfozes: — Não pode ser l

O Sr. Júlio Martins:—

O Sr. Orlando Marcai: — A comissão tem de se pronunciar. (Apoiados).

O Sr. Júlio Martins: — Peço a palavra para explicações.

O Sr. Presidente:—Tem V. Ex.a a palavra.

O Sr. Júlio Martins (para explicações}'.-— Sr. Presidente: esta Câmara nomeou quatro comissões de inquérito aos diferentes serviços dos Ministérios. Duma gabemos que trabalhou e doutra sabemos que rebentou no seu :>eio um conflito entre os diferentes empregados do Ministério e um dos seus ilustres membros, pois que esses empregados não quiseram acatar as suas ordens. Esse membro da comissão veio à Câmara dar conta, como lhe cumpria, dos factos que se passaram e pedir a sua demissão.

Pois ninguém lhe dá explicações! A Câmara não se pronuncia!

Faz-se depois uma grande campanha contra o Grupo Popular, a que eu pertenço, dizendo-se que um dos seus membros, que pertence à comissão de inquérito parlamentar ao Ministério dos Estrangeiros, pretendia ir passear ao estrangeiro à custa do Estado, com o pretexto de inquirir factos lá passados. Esse Deputado vem hoje ao Parlamento e provoca explicações da parte da comissão de inquérito.

Pois essa comissão não dá explicações! A Câmara não faz caso da questão! Não se desfaz a atoarda!

Declaro a V. Ex.a que, se não se esclarece o caso, podem levantar-se todas

Diário da Õ amar a doe beputaâoi

as campanhas contra os membros do Parlamento, que ]iós estaremos mudos e quedos. Mas, embora poucos, somos os suficientes para exigir à Câmara que nos dê explicações. (Apoiados). O orador não reviu.

O Sr. Álvaro de Castro:—Pedi a palavra ao ouvir falar o Sr. Júlio Martins. Estávamos antes da ordem do dia e tinha--me passado despercebido que se houvesse levantado o incidente que se travou a propósito do Sr. Manuel José da Silva e da comissão de inquérito ao Ministério dos Estrangeiros.

Imaginava que tal incidente fosse levantado na altura em que uma inscrição especial se abrisse sobre ele, porque doutra maneira não podia pedir a palavra. Tencionava, na altura competente, referir-me ao assunto. Demais, o Sr. Manuel José da Silva, por quem tenho, aliás, toda a consideração, já comigo tinha trocado explicações a propósito do incidente levantado hontem na Câmara, em resultado duma notícia publicada num jornal, e eu tomara a resolução de dizer aqui que era absoluLuiiieníõ falsa essa notícia, tanto mais que a comissão de inquérito ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, por circunstâncias que não vêm ao caso, arada não teve nenhuma reunião. Assim, pois, essa calúnia estava aniquilada pela base.

Sr. Presidente: não deixaria de fazer esta declaração e lamento que o Sr. Júlio Martins não me julgasse capaz de assumir uma atitude que, aliás, me estava indicada pela minha dignidade e pelo prestígio da Câmara.

Tive ocasião de dizer ao Sr. Manuel José da Silva que acho inconveniente que os membros de qualquer comissão dela se afastem por motivo duma notícia de jornais. (Apoiados).