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Diário da Câmara dos Deputado*

O Sr. Américo Olavo: —Sr. Presidente: assisti ao que V. Ex.a chamou a liquidação do incidente suscitado entre os Srs. Pais Rovisco e Eduardo de Sousa, e deixe-me V. Ex.a dizer que fiquei com a impressão de que o Sr. Pais iiovisco levantou ou explicou a, seu modo a palavra alvar, para dirigir ao Sr. Eduardo de Sousa expressões que dalgum modo o deixam mal colocado.

Liquicjou V. Ex.a o assunto, dizendo que dentro da Câmara nada mais havia a fazer, e parece-me que disso resulta que esses Deputados noutro lugar têm que o liquidar, seguramente o.om menos prestígio para si e para a instituição parlamentar. (Apoiados).

Entendo, pois, que quando aqui se pronunciam palavras duvidosas, como as do Sr. Pais Rovisco, que deixaram no espírito de muita gente a impressão de que S. Ex.a quis dirigir uma nova provocação ao Sr. Eduardo de Sousa, é necessário que essas palavras sejam retiradas, de maneira a não se transformar o Parlamento em locai de provocação; (Apoiados).

Tom, pois, V. Ex.a o dever de intervir novamente no caso, fazendo com que as palavras proferidas se esclareçam, para que todos daqui possamos sair. não como indivíduos que têm que ir Já para fora resolver uma questão numa pugna de rufias, mas corno parlamentares. (Apoiados).

Tenho dito.

O discurso nq íntegra^ revisto pelo orador, será publicado quando forem devolvidas, revistas, as notas taquigrájtcas.

O Sr. Júlio Martins: — Sr. Presidente: sou eu o primeiro a lamentar o incidente que se deu, e desejo, como todos os membros desta Câmara, que bem alto se conserve sempre o prestígio do Parlamento.

Não sei' bem o que houve, Sr. Presidente, mas ou*d o Sr. Eduardo de Sousa nas considerações que fez sobre o incidente e parece-me que quando eu falava, do qualquer forma, quo muito bem e lial-mente explicou o Sr. Eduardo de Sousa, S. Ex.a se riu, porque teria vontade de o fazer.•

Pa parte do meu camarada e amigo. Sr. Pais Rovisco. parece que ao Sr. Eduar-

do de Sousa foi dito que se não risse com riso alvar. Considerou-se o Sr. Eduardo de Sousa ofendido com esta expressão, e V. Ex.a, como Presidente da Câmara, convidou o Sr. Pais Rovisco a explicar ou retirar as suas palavras, tendo este último Deputado dito, se não me engano, que nos dicionários riso alvar era um riso sem razão, e que era osta a interpretação que dera à frase que tinha dirigido ao Sr. Eduardo de Sousa.

A declaração do Sr. Pais Rovisco foi precisa e terminante. S. Ex.a afirmou que ao termo alvar não dera outra significação que não soja a que lhe dão os dicionários, mas que estava pronto a retirá-la, se mesmo assini a Câmara entendesse que ela tinha qualquer cousa de ofensiva.

A respeito do conceito que S. Ex.a faz do Sr. Eduardo de Sousa, embora eu pense que qualquer indivíduo pode fazer a respoito doutro o conceito que entender ...

Sussurro.

Eu. peço a Y. Ex.a que me deixem concluir o meu raciocínio.

Eu quero ver se consigo arranjar uma plataforma em que todos nos encontramos. (Apoiados).

O Sr.oAntóaio Granjo :—Perdão ! Quem tom de arranjar essa plataforma é o Sr. Pais Rovisco e não V. Ex.a

O Orador: — Eu julgo que entre os Srs. Eduardo de Sousa e Pais Rovisco se têm mantido até hoje as mais cordeais. relações de amizade.. Afirmando o Sr. Pais Rovisco que S. Ex.a continua a merecer--Ihe o mesmo conceito que até aqui, £ o que há nesta afirmação de desprimor para S. Ex.a?

O Sr. Eduardo de Sousa devo, pois, estar satisfeito com as declarações do Sr. Pais Rovisco, dando a Câmara o incidente por concluído.

O discurso será publicado na ínteyra-revisto pelo orador, guando restituir, revistas, as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.

O Sr. António Granjo não reviu o seu aparte.