O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

Stttàò 3» 17 À *èf*HÍro dê 1930

De facto o Sr. António da Fonseca, sempre que se propõe destruir qualquer argtimétito, emprega um grande número de palavras que no fundo nada dizem e qie apenas servem para épater lê bourgeois.

O Sr. António da Fonseca, uma vez por nlim convidado a expor perante a Câmara ó seíi modo de ver como Ministro das Finanças,- relativamente à proposta eM discussão,' tinha implicitamente b dever de pôr em equação não só asila gran-. de neutralidade, como ainda toda a soma de «oiihecimentos que tem, como homem de Governo sobretudo devia ter posto em equação a sua coragem moral.

S. -Ex.a nos termos cm que se pronunciou acerca da proposta revelou uma cobardia que é deveras para lamentar neste momento.

Sr. Presidente: as afirmações aqui feitas pelo Sr. Ministro das Finanças, relativamente às propostas que apresentou ao Parlamento, foram bem claras, precisas e categórica .

• S. Ex.a mostrou bem a necessidade absoluta qUe há em se reduzirem as despesas, B ddmentando tanto quanto possível as receitas.

S. Ex.a mostrou bem, Sr. Presidente, a necessidade que existe em criar novas fonteã de receita, e aproveitar melhor as que existbm.

É eâta, Sr. Presidente, a opinião, aliás muito inteligente, do Sr. António da Fonseca, como Ministro das Finanças.

Assim, Sr. Presidente, eu digo, e torno a afirmá-lo, que um projecto, como êâte que se discute, que se prenda com á eco-tíòmia do país, não pode deixar de eâtar dentro dá esfera de acção do Sr. Ministro dag Finaáças.

£ Ignora porventura o Sr. Ministro dás Finanças que este projecto vai acarretar Um quantitativo de 'despetía superior a 30.000 contos?'

Certamente que não.

<_ que='que' a='a' estado='estado' geral='geral' ex.a='ex.a' do='do' aprovação='aprovação' aumentar='aumentar' o='o' projecto='projecto' p='p' orçamento='orçamento' vi='vi' deste='deste' vê='vê' v.='v.' considerávelmente='considerávelmente' não='não'>

Vô, e não pode deixar de ver, por isso que S. Ex.a é uma criatura inteligente e do valor, e, tanto assim, que quando aqui o Sr. Brito Camacho fez apreciações sobre um projecto que tinha por fim conseguir autorização para a compra dum tinteiro; S. Ex.a fez nessa ocasião consi-

detaçOes de ordem económica e financeira.

Eu, Sr. Presidente, vejo-me na necessidade de me referir a esse assunto para mostrar-bem à Câmara a diferença que existe entre, a atitude de S. Ex.a perante esse projecto e este que se discute e que ó da máxima importância.

S. Ex.% o Sr. Brito Camacho, fez então considerações muito importantes, com aquele talento que S. Ex.a tem, e que eu lhe invejo, sendo bastante para lamentar que um homem da envergadura de S. Ex.a se encontre numa situação política que é dum verdadeiro torturado.

Eii, Sr. Presidente, aludo a essas considerações, por isso que entendo que é interessante recordá-las à Câmara. • S. Ex.a nessa altura do seu discurso ignorava que, -desde l de Julho a 24 de Dezembro de 1891, pelo Ministério das Finanças foram abertos créditos no valor de 76.000 contos. Quer.dizer, nós temos um déficit de 12.000 contos. Juntando-lhe esses 76*000 contos, e ainda aqueles que terão de ser concedidos até o fim do ano económico, nfto me é lícito prever a quanto montará esse déficit.

Mas pfegunto eu ao Governo: ápro-nunciàndò-se o Sr. Ministro das Finanças nos termos vagos em que se pronunciem acerca dosta proposta, é ou não é um crime continuar-se a fingir ignorante da situação angustiosa em que nos encontramos? (Muitos apoiados] t

Eu dèspjaria que o Governo nos dissesse qtlais as disponibilidades com que conta para fazei* face aos encargos do' Estado ato o fim do ano económico. Eu preciso sabê-lo e o país exige que se lhe diga toda a verdade. (Apoiados}.

O Sr. Ministro do Comércio começou o seu discurso de há dias por afirmar—e eu folgo em registar a fé de S. Ex.a que é também minha e do Grupo Popular — que especava que a situação melhorasse em breve.

£ É, porém, com propostas desta natureza que o Governo pretende resolver a situação?

Creio que não.

Mais afirmou S. Ex.a que se acaso a. mais ligeira coacção se pretendesse fazer sobre ele, seria o primeiro a dizer: basta!