O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

30

Estou convencido de que, se se fizer o apelo no sentido da classe ferroviária aguardar com serenidade que se estudem conscienciosamente estas questões, adoptando-se para isso a fórmula apresentada nesta Câmara.pelo meu colega Sr. Ver-gílio Costa, corroborada pelo meu amigo Sr. Cunha Liai, e contra a qual eo. não vi nesta casa levantar-se qualquer voz autorizada. ..

Depois do repto lançado pelo meu querido amigo Cunha Liai para que lhe dissessem as razões em que se baseavam os defensores deste.. projecto para o julgarem a soluçíto aceitável dum problema complexo, falou o Sr. Álvaro de Castro, tratou com coragem a questão, mas devo dizer que, apesar da minha mentalidade não ser das mais exigentes, fiquei na mesma (Apoiados).

Vários apartes.

Agitação.

Interrupção do discurso por momentos.

O Orador: — Sr. Presidente: se V. Ex.a conseguir sistematizar os esforços dos que querem trabalhar e produzir, eu continuarei. .. (Apoiados}.

Vozes:—Muito bem.

O Sr. Presidente agita a campainha.

O Orador : — A questão ferroviária não é só neste país que está sendo mal tratada. Em Espanha e noutras nações da Europa o conflito ferroviário apresenta um aspecto grave.

Em Portugal às companhias ferroviárias convêm o aumento de tarifas. Honra seja feita à classe ferroviária espanhola.

E feito um plano dentro da classe ferroviária, no qual fazem empenho, e pretendem apoiar...

O Sr. Augusto Dias da Silva (interrompendo):— V. Ex.a não prova isso.

O Orador: — Não vale a pena responder.

O Sr. Vergilio Costa: —O Sr. Álvaro "de Castro disso que não níerecem o dinheiro que recebem pelo seu trabalho.

Q Orador : — Pretendia dizer à Câmara qual o estado da questão ferroviária em Espanha, da qual tenho, conhecimento

Diário tio £4f*0rá gof

doutras fontes que não as que dão os jornais.

As companhias espanholas, apojadas numa minoria pequeníssima da classe ferroviária, foram procurar tratar com o Qo-vêrno, e podia ser que procurassem im-por-sp, mas não ,era para o Governo decidir logo. no sentido do aumento de tarifas.

O Sr. Cunha Liai: — Em Portugal já se fez uma greve para for.çar o Governo. ..

O Sr. Dias da Silva:— É V. Ex.a que tem a palavra?

O Sr. Cunha Liai: — ,jQ Sr. Dias da Silva é que ó Q Presidente? Em Portugal fez-se isso.

O Orador: — Alguns ferroviários.

O Sr. Cunha Liai f interrompendo) : — Não ó caso virgem em Portugal as companhias ferroviárias fazerem ou provocarem as greves do sou pessoal. . .

O que é certo ó que pela aprovação deste projecto de lei, nos termos em que se pede, as companhias que estavam na situação de beneficiadas passam- a ser fee-ncficiaoUssimas.

Eu tive já ocasião de dizer a V. Ex.a e à Câma~ra p que aqui se teria passado se Q antecessor do actual Ministro do Comércio, orientado pela mesma mapeira, tivesse pedido à Câmara urgência e dispensa do Regimento para só votar a proposta da navegação.

Alguém aqui disse que nem a tiro esse projecto seria aprovado.

(i Se -nessa altura o Sr. Ministrp tivesse feito uma questão política não votariam a proposta? Não, porque estou convencido de que o Deputado que fez essa afirmativa não se sentiria só: mais alguém que se não se deixava dominar pelos colossos da imprensa o acompanharia.

Sr. Presidente, isto já eu disse, mas repito-o.

É preciso resolver quanto, antos o problema da vida, mas não°é com propostas orno a do Sr. Ministro do Comércio que" ele se resolve.