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Sai&o de l de Março de

nem tam pouco permitindo que eu a faça em contrário, visto que só «depois de reunido o Conselho de Ministros a poderei fazer'. . .

O Sr. Cunha Liai: —

O Orador: — Só depois de efectuado Gs-se Conselho de Ministros eu poderei dizer a esta Câmara se se mantêm ou não a solidariedade a que aludi na declaração que fiz há dias. %

O Sr. António Granjo: — Requeiro que se suspenda a discussão da proposta do Sr. Ministro do -Comércio e Comunicações até que o Sr. Presidente do Ministério, depois de reunido o Conselho de. Ministros, nos possa informar acerca das providências que tenciona tomar, e da atitude do Gabinete em face do novo aspecto da questão ferroviária.

O Sr. Dias da Silva: — Pedi a palavra simplesmente para dizer que não concordo com o requerimento do Sr. António Granjo, porquanto, sendo esta proposta -apresentada pelo Governo e tendo-a o Parlamento discutido, parto do princípio do que não houve coacção. Não vejo que a declaração da gr.eve nos impeça de continuarmos na sua discussão.

. , O Sr. Malheiro Reimão: — Pelo requerimento do Sr. António Granjo não posso continuar no uso da palavra sobre a proposta do Sr=. Ministro do Comércio e Comunicações. Todavia não posso deixar passar sem reparo as declarações que acaba de fazer o Sr. Presidente do Ministério, e manifestai; a estranheza que elas mo causaram. É realmente lastimável quo S. Ex.a, tendo conhecimento da greve dosdo sábado, só apresento hoje nesta Câmara sem uma orientação política clara e definida.

Desde sábado quo no País estalou uma greve que ameaça generalizar-se, falan-do-so já numa possível greve dos funcionários públicos o numa iminente greve do pessoal dos correios e telégrafos. JL, nestas condições que o Sr. Presidente do Ministério nos vem declarar que nuo sabe ainda qual o caminho a seguir.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro de Interior (Dçmingos Pereira): — Não tem razão de sor a estranheza manifestada pelo Sr. Malheiro Roimão. S. Ex.a quere concluir — e não tem o direito de o fazer — que o Governo não sabe ainda qual a atitude a tomar neste assunto.

O Governo não tem estado a dormir. Por muito que pese a S. Ex.a, o Governa tem trabalhado e procurado encarar o problema sob todos os seus aspectos, e, se ou não trago neste momento uma declaração colectiva do Governo, é apenas-porque, depois da declaração que já aqui fiz, a greve se declarou e se aguardam as démarches do Sr. Ministro do Comércio e Comunicações, e, só depois dele declarar ao Governo que as suas démarclies estão terminadas, é que o Governo tem de tomar uma atitude que até esse momento não pode tomar. ' ^ Quere isto dizer que o Governo não se tem importado com esse problema? ^ Quere isto dizer que o Governo tem cruzado os braços em face dele? De modo nenhum, e não há o direito do tal concluir a não ser para fazer uma política estreita e mesquinha em faço dum problema quo devo pôr de acordo todos os portugueses, todos os republicanos para colaborarem no estudo da solução quo há-de ser adoptada.

Sr. Presidente: não vai o momento para' chicana, não vai o momento para uma política estreita e mesquinha (Apoiados) (Não apoiados}, vai o momento para todos nós pormos, acima das nossas paixões, o interesso do País, o interOsse da República.

Tenho dito.

.0 orador nõo reviu»

O Sr. Júlio Martins: — Entendeu o Sr. Presidente do Ministério que as considerações feitas pelo ilustro^ Deputado Sr. Malheiro ReimTio são considerações' que poderão porventura estribar-se numa política estreita, numa política mesquinha e que o momento niío é para chicana. .