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O Sr. Pereira Bastos (em nome da comissão):— Pedi a palavra, Sr. Presidente, para dizer a V. Ex.a e à Câmara que a comissão do guerra está de acordo com a proposta do Sr. Brito Camacho.

O Sr. Júlio Martins (para 'interrogar a Mesa):—Não sei se o Sr. Brito Camacho pretende que acabe a discussão desde já, e sendo assim eu desejava que V. Ex.a desse a palavra aos oradores inscritos.

Entendo que V. Ex.a deveria mandar que se continuasse a fazer a discussão do projecto na generalidade e só depois ele baixasse à comissão, para 4ar execução à proposta do Sr. Brito Camacho.

Assim ganhariamos tempo.

O Sr. Gosta ' Júnior: — Ganharíamos tempo, não; perdemos tempo porque de-POÍS vem outra vez para a. discussão; é um projecto novo. •

O Sr. Presidente :—Vou pôr à votação a proposta do Sr. Brito Camacho, para que o projecto e todas as emendas que só encontram sobre a Mesa sejam enviadas à comissão de guerra-

Foi aprovada a proposta.

O Sr. Presidente: — Vai-entrar em discussão o parecer n.° 144, que se refere à situação dos oficiais milicianos.

O Sr. Cunha Liai (para interrogar a Mesa):— Pedi a palavra para preguntar a V. Ex.a o seguinte:

Tendo-se dado gravíssimos aconteci-mentos na sociedade portuguesa, interrompendo-se hoje um debate, que tem apaixonado a Câmara até chegar o Sr. Presidente do Ministério, e não estando • S. Ex.a ausente de Lisboa, desejava sa-.ber se a Presidência deu conhecimento ao Sr. Presidente do Ministério da deliberação aqui tomada.

v

O Sr. Presidente : — Devo informar V. Ex.a que o Sr.^Presidente do Ministério acaba de chegar ao edifício do Congresso, não se devendo demorar a entrar na sala.

O Sr. Cunha Liai:—Então talvez não merecesse a pena iniciar novo debate.

Diário da Câmara do» Da ^ntadtê

O Sr. Presidente : — Interrompo a sessão até a chegada do Sr. Presidente do Ministério.

Eram 17 Jioras e 50 minutos. .

Às 18 horas e 10 minutos è reaberta a sessão.,

O Sr. Presidente: — Como a sessão foi interrompida até a chegada do Sr. Presidente do Ministério., e como S. Ex.a já está presente, vai entrar em discussão ria especialidade a proposta de lei do Sr. Ministro do Comércio, sobre caminhos de ferro.

Vai lêr-se o artigo 1.°

O Sr. António Granjo (para explicações) :— Sr. Presidente: requeri que se sobreestivesse na discussão dessa proposta até estar presente o Sr. Presidente do Ministério, frisando que a razão desse,requerimento era terem surgido várias circunstâncias que poderiam obrigar o Sr. Presidente do Ministério a fazer algumas declarações.

^ Como o requerimento foi aprovado, parece-me que'antes de se entrar na discussão dessa proposta, e em harmonia com os desejos da Câmara, o Sr. Presidente do Ministério devia dizer alguma cousa.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro do Interior (Domingos Pereira): — Sr. Presidente: se não pedi a palavra logo depois de V. Ex.a ter reaberto a sessão, foi porque não sabia bem o que a Câmara desejava ouvir, e quais os motivos que' determinaram a suspensão da sessão.

Soube agora pela boca do Sr. .António1' Granjo que. a Câmara deseja" ouvir de' mini declarações a respeito da situação criada pela greve dos ferroviários naquilo quo possa-ter relação com a ptoposta que está em discussão.

Na última sessão da Câmara dos Deputados declarei que o Governo era inteiramente solidário com o Sr. Ministro do-Comércio e Comunicações na sua atitude perante a questão ferroviária. Nessa altura não se tiaha declarado ainda a greve dos ferroviários do Sul o Sueste. Dias depois dessa declaração declarou-se a greve.