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de 3 de Março de Í93Õ

desde que a moral impõe que se dê sempre o primeiro lugar a quem o merece, em virtude dos seus actos mais do que em virtude da sua situação, eu pregunto se não seria sempre um motivo de disciplina a existência desses dois quadros.

Foram estas as razões que me levaram a assinar vencido o parecer da comissão de guerra. Tenciono intervir na discussão da especialidade, não me norteando outro procedimento que não seja o desejo de não concorrer para que o exército se desorganize e indiscipline mais.

Sr. Presidente: teria sido mais conveniente e teria sido mais assisado que, em vez de se fazer a proposta relativamente aos oficiais milicianos, que se discute agora, se tivessem trazido à Câmara as bases duma reorganização militar nos termos em que ela se impõe (Apoiados), aproveitando as lições da grande guerra, as condições do Tesouro e as circunstâncias do País. >

Sr. Presidente: a reorganização do exército em França está feita, pelo menos uma reorganização provisória.

As lições da grande guerra estão colhidas, a política militar está cada vez mais esclarecida.

Não deixamos, Sr. Presidente, de ser vizinhos da Espanha, continuamos a ser aliados da Inglaterra, de forma que todos os elementos são necessários para a nossa reorganização do exército.

Assim, Sr. Presidente, o Sr. Ministro da Guerra, em vez da economia há pouco feita com o rancho dos soldados, poderia ter feito o que acabo de dizer.

O Sr. Ministro da Guerra (Helder Ribeiro): — Eu devo declarar a V. Ex.8 que a economia a que se refere foi feita não com o rancho dos soldados, mas sim com a administração desse rancho.

O Orador: — -Será assim, mas, se a administração for a mesma, o resultado será o mesmo também.

Essa administração agora pode efectivamente trazer-nos economia, que tam necessária é, senão para o equilíbrio orçamental, para a redução do respectivo déficit.

Também a talhe de fouce devo dizer que não compreendo como é que estão funcionando actualmente as armas de ar-

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tilharia, cavalaria e infantaria na Escola Militar.

O Sr. Ministro da Guerra (Helder Ribeiro):— Eu devo declarar a V. Ex.a que a Escola Militar está íuncionando para artilharia a pó e engenharia militar, pois para as armas de artilharia, cavalaria, infantaria e administração militar não foram admitidos senão 11 alunos.

O Orador: —Agradeço a V. Ex.a a explicação que acaba de me dar, mas devo dizer que me não consta que a organização da Escola Militar só tivesse modificado, e, quando eu dizia que não podia compreender a razão por que não se fechava a Escola Militar, pelo menos para as armas de infantaria e cavalaria e serviços da administração militar, eu queria afirmar que não podia compreender a razão por que continuava na Escola Militar o mesmo corpo docente e pessoal, parece que até aumentado, quando o ensino é apenas ministrado a alunos de artilharia a pó e de engenharia.

O Sr. Ministro da Guerra (Helder Ribeiro):—Os professores que não têm serviço na Escola Militar estão alguns aplicados em comissões de serviço, e outros vão ser aplicados.

O Sr. Plínio Silva:—V. Ex.° dá-me licença? £ Alguns desses oficiais foram fazer serviço nas fileiras do exército? «

O Sr. Ministro da Guerra (Helder Ribeiro):— Esses oficiais foram para os serviços que eu entendo que são necessários e úteis ao exército (Apoiados).

O Orador: — Eu entendo também que esses oficiais, pelos estudos que têm feito, devem ser empregados em comissões especiais de serviço.