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Diário da Câmara dot Deputado?

superiores a respeito da nossa organização de 1911 o da eficácia da acção miliciana. Apesar de tudo, porem, Sr. Presidente, os exércitos alemães o austro-húngaros inteiramente moldados dentro do mesmo tipo, da mesma fórmula, foram batidos por muitos milicianos, como o inglês e o americano.

O Sr. Pereira Bastos:—Improvisados.

O Orador: — Tem inteiro cabimento o aparte do Sr. Pereira Bastos, visto que esses exércitos, além. de milicianos, foram improvisados, não tendo tido a maior parte dos seus oficiais a instrução que em paz era ministrada aos oficiais milicianos, instrução que lhes foi ministrada intensi vãmente depois da guerra declarada e em curso.

Como dizia, o exército alemão foi batido por exércitos milicianos.

Assim, a lei de guerra, deu uma clamorosa sanção aos actos da Eepública,

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e nesta altura é ocasião de dirigir aos homens- que entraram nessa organização aqueles elogios quo do facto são mereci-

Sr. Presidente: a lição é demasiadamente recente para que nos possamos esquecer, e foi por isso que tendo nesta Câmara alguns Srs. Deputados, entre eles o Sr. capitão Plínio Silva, proposto que se suspendesse este ano a incorporação de recrutas, eu me opus da forma mais terminante, a que numa República democrática e com o regime militar que temos, se evite que um cidadão pague o seu tributo de sangue.

Esses homens -podem amanhã acusar a Pátria, se sobrevier uma guerra, de que os impossibilitaram de cumprir o seu dever, o que efectivamente é um direito.

Sr. Presidente: de certo modo este projecto de lei tende a dar também uma sanção nacional a essa organização miliciana, visto que tende a aproveitar em benefício do exército do quadro permanente aqueles milicianos que melhores aptidões militares demonstraram durante a guerra, esses que mereceram o prémio que em todas as épocas e em todos os países se prestam sempre à heroicidade.

Tenho-me farto de dizer que em todos os actos e em todos os organismos há

uma moralidade, e a moralidade neste caso está em quo o Parlamento, concedendo prémio àqueles milicianos, os coloca numa situação por - tal forma brilhante, por tal forma bonrosa, se V. Ex.as quiserem até, por tal forma^honorifica, que os homens de amanhã adquiram a certeza de que não é indiferente que 11 m cidadão cumpra os seus deveres-para com a sua Pátria, colherem a impressão de quo sempre os seus actos de defesa praticados por portugueses foram, pelos respectivos Governos, pelos respectivos Parlamentos, recompensados, não-apenas como dádiva, não apenas como situação, mas por nossa parte, por parte-da nação, com aquele carinho, com aquele cuidado de não ferir as susceptibilidades de quem se portou heroicamente o que ganhou com Ôsses feitos uma espiritualidade tam susceptível, que muitas vezes a recompensa não pode ser interpretada por eles como uma baixeza, polo menos com razão de pader despertar da sua parte a T">reten?ã.o do a. recusar.

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Sr. Presidente: estas palavras cabem perfeitamente dentro do que está neste projecto apresentado pela comissão, tanto mais quiinlu os princípios em que se fundamentou a comissão de guerra, estão em franca oposição aos princípios em'que se fundamenta a proposta do Sr. Ministro dá Guerra.

Pelo projecto da comissão .de guerra, nós passaremos a ter dois exércitos paralelos : um constituído pelo quadro permanente, rolando as promoções dentro da organização actual, outro constituído pelos oficiais milicianos, os quais terão vida aparte desse exército propriamente chamado permanente, rolando também as promoções dentro desse quadro especial e em. harmonia com a organização de 1911, embora Gsscs milicianos fiquem tanlbôm permanentemente no exército até o posto de major, pelo menos.

O Sr. Pereira Bastos:—Até ao posto de major não, emquanto quiserem c satisfizerem às condições de promoção.