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Seaaào de 3 de Março de 1920

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nhã unia autoridade, e mostrar quanto pode o reconhecimento da Pátria para quem cumpre o seu dever.

Ao mesmo tempo esses oficiais, com longa folha de serviço em campanha, devem ter assentado a sua força moral e capacidade de resistência, para melhor executarem os seus deveres e fazerem soldados capazes de serem iguais aos que combateram no campo de batalha.

Esta é a base do projecto.

O Sr. Afonso de Melo, assim como o Sr. Plínio Silva procuraram saber qual o plano, sob o ponto de vista de instituição militar, que o GovOrno tinha depois da grande guerra.

' Quais os ensinamentos, depois da grande guerra que Portugal ia mostrar ao mundo, quando as grandes nações não trataram ainda de modificar a sua organização militar.

Todos sabem muito bem, e as nações sabem, quanto o futuro é incerto, quanto perigo se encontra em frente do nós, para poder, como parece ao Sr. Plínio Silva, fazer desaparecer a fòrç.a armada do País.

O Sr. Plínio Silva: — Não disse bem isso. Em todo o caso, em Inglaterra e França já foi transformada a organização militar.

O Orador:—O único ponto em que se tem efectivamente modificado é no que diz respeito à escola de instrutores, e dando-se mais ensino para tornar mais importante o exército.

Temos caminhado niuito até na vanguarda doutros povos; temos procurado criar as escolas do instrutores, para o grande ensinamento de todas as nações depois da gr and o guerra.

Temos procurado criar os quadros mais sólidos e dar lhes capacidade de acção.

Todos aguardam o dia do amanhã, quanto às transformações da organização militar.

Sentimos o perigo que ameaça a vida das nações, atmosfera pesada e carregada em que vivemos, para compreendermos que a força militar tem de se manter, tcin de continuar a ser um elemento de segurança profícuo da vida e disciplina social e internacional. (Apoiados}.

Por isso, creio assim, nas rápidas palavras que acabo de pronunciar, ter frisado as considerações a que obedeci na. apresentação desta proposta de lei, deixando para a discussão na especialidade-o entrar mais profundamente em detalhes-cminúcias.

Em todo o caso devo dizer ao Sr. Afonso de Melo que a doutrina dos cursos de-aperfeiçoamento é tam necessária qw> até-devia ser estabelecida para todos os postos do quadro permanente. (Apoiados),. Portanto, não vejo motivo para os reparos de S. Ex.a

E quanto ao artigo 10.° do projecto da' cqmissão de guerra, devo dizer ainda a S- Ex.a que a sua doutrina, mais ou me-ds modificada, a considero absolutamente necessária, para que nós não tenhamos-que nos encontrar em dificuldades perante-indivíduos que têm obrigação de defender o regime político vigente, cxitando antes-de ciarmos uma ordem com receio que ela não se cumpra.

E melhor prevenir do que remediar.-(Apoiados}.

Tenho dito.

Vozes : — Muito bem.

O discurso será publicado na integra,, revisto pelo orador, quando restituir, revistas, as notas taquigrájicas que lhe f oram-enviadas.

Os «apartes» não foram revistos pelos' oradores que os fizeram.