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Diâriê da Câmara dot Deputad&ê

contrário o exército, em vez de ser miliciano, passaria, permitam-me V. Ex.as a expressão, a ser uma troupe, um bando sem coesão.

Para evitar isso eu desejaria que as Escolas Preparatórias de Oficiais Milicianos continuassem, a funcionar, bem como as escolas de repetição, embora dentro dos limites que o orçamento prescrever.

Entendo que esta escola deveria continuar, pois que se em 1916 pudemos ir a Tancos obter a preparação que nos anos anteriores devíamos ter obtido, poderá vir uma ocasião em que não possamos dizer ao inimigo que espere, que vamos primeiro a Tancos o-depois falaremos.

Tenho dito.

-N

O Sr. Manuel José da Silva (Oliveira de Azeméis): — Sr. Presidente: eu tenho a impressão de que foi já presente a esta Câmara um projecto de lei que diz respeito à. situação dos oficiais milicianos, projecto que foi apresentado pelo íáf. Orlando Marcai.

Esse projeto tinha em vista—como este —resolver a situação, q"o hoje começa a ser encarada, dos oficiais milicianos.

Como julgo que a apreciação desse projecto pode modificar a opinião da Câmara em alguns dos seus pontos de vista, parecia-me que era melhor pedir à Secretaria para averiguar se o projecto apresentado pelo Sr. Orlando Marcai já tem parecer da comissão, e, nesse caso, ser discutido conjuntainente com este; e caso não tenha, seja igualmente apreciado com aquele que se discute.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Plínio Silva : — Sr. Presidente, pedi a palavra para declarar que desejava em primeiro lugar ouvir S. Ex.a, o Sr. Ministro da Guerra.

Noto que, infelizmente, continuamos dia a dia a discutir episodicamente, como já aqui foi dito com referência ao projecto dos ferroviários.

Neste momento, pouco interessa isoladamente o projecto em discussão, continuando por isso a manter todos os meus pontos de vista.

Nós temos absoluta obrigação de não esquecer que a guerra estabeleceu uma

solução de continuidade na vida dos povos, e que é absolutamente indispensável, agora que ela está terminada, forçar os indivíduos que tom a seu cargo a gerência dos poderes do Estado a dizerem claramente ao País o que pensam sobre o que deverá ser o organismo militar e se devemos conservar-lhe as características de antes da guerra ou pelo contrário alterá-lo com-pletamente.

Por isso parece-me que não podemos de forma alguma continuar a seguir este caminho: discutindo os projectos quando por um acaso da sorte, como este, vem parar à ordem do dia.

Sr. Presidente: este projecto foi apresentado em 16 de Julho de 1919. Nessa altura e por insistência de camaradas meus tanto do quadro permanente como do de milicianos, -estudei algumas modificações a introduzir, mas acho que todo o meu estudo foi • completam ente inutilizado com o aparecimento duma figura, que não sei bern se será um símbolo, a do major Evangelista, que num interregno parlamentar começou a distribuir circulares sobre oficiais milicianos.

Absolutamente necessário se torna harmonizar essa doutrina com a constante deste projecto.

Para mim o que me interessa e por isso hei-de pugnar sempre, ó que os homens públicos do meu país, que ocupam o Poder Executivo^ digam duma maneira clara quais os seus pontos de vista em todos os assuntos, que se referem à vida e desenvolvimento da nação, porque só assim poderemos' nas diferentes medidas que nos vão sendo apresentadas conjugar o nosso esforço para que de facto se alcance algum objectivo.

É necessário que o- Sr. Ministro da Guerra aproveite esta oportunidade para fazer categóricas afirmações à Câmara e ao pais sobre o que pensa -que devo ser o organismo militar e a orientação que lhe deve ser dada.

E necessário que o Sr. Ministro da Guerra faça afirmações categóricas para vermos se estamos de acordo com as opiniões de S. Ex.a, reforçando-as se tal se der, e contribuindo para a sua rápida execução ou apresentando as nossas, e contraditando aquelas.