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Sessão de 8 de Março de 1920

do exército, sem necessidade, os oficiais que retiravam de França r que o próprio dezembrismo fazia tonçãe do não fazer voltar para lá.

O que ó certo 6 *quf> jv.^.ses anos de guerra os lugares que ôlos tinham foram ocupados por outros que mio marcharam e que ainda hoje se riem do patriotismo e dedicação de que esses oficiais deram prova, alguns dos quais não estiveram à espera que a lei os tosse buscar a casa, antes se ofereceram livremente para honrar nas terras longínquas de Flandres o nosso nome de portugueses.

Secretarias do Estado há cujos empregados se me têm queixado do facto de, pelo motivo de terem sido mobilizados, terem perdido direitos, sendo preteridos por outros que não foram à guerra e que por isso mesmo concorreram a vagas a que não puderam concorrer -os que estavam em França,.

Além desta perturbação para os oficiais miJicianos, outra houve no exército, parft a qual ou chamo, em nome da comissão de guerra, a atenção da- Câmara.

Ao mesmo tempo que os oficiais milicianos se preparavam o eram mandados marchar para a guerra, abria,-se a Escola de Guerra para receber, como alunos,indivíduos que estavam já adiantados noutras escolas e até na própria escola de oficiais milicianos, ">f multando daí não irem para o teatro da luta. (Apoiados}.

E-o que vemos hoje'? Vemos que em-quanto se mandam embora, licenciando-os, aqueles oficiais milicianos, que no» campos de batalha sã portaram valentemente, dando provas brilhantes da sua preparação técnica e do seu valor pessoal, tom o direito do ficar aqueles que à guerra não íoram por terem ido para a Escola de Guerra.

Os oficiais que saíram da Escola de Guerra durante o período em que funcionaram as escolas de oficiais milicianos, nem sequer, sob o ponto de vista de habilitações scientíficas, conseguiram obter superioridade sobre OB seus colegas milicianos, porq.uanto ao passo que ostes tive vam uma instrução intonsa e exclusivamente prática em terrenos adequados a essa instrução, como os da Serra do Monsanto, Cascais, Carrogueíra o outros, aqueles limitavam-se a receber lições teóricas em cursos reduzidos e em exercícios

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práticos quo não puderam deixar de ser pouco?;, pur ficarem os terrenos próprios longo da Bemposta.

Não há dúvida de que, em face da lei, os oficiais milicianos, depois de desempenharem o papul a que foram chamados, não têm direito a ficar nas fileiras do exército activo. Esta questão não pode, porém, ser encarada apenas sob o ponto de vista legal. Depois da guerra armada vem a guerra da paz. j&, portanto, preciso quo todos esses rapazes vão ocupar os lugares na sociedade onde as suas aptidões possam ser utilmente aproveitadas, ficando apenas no exército aqueles quo, tendo mostrado exuberantemente a sua competência e o seu valor como militares, poderão ser elementos valiosos de preparação, disciplina e honra para esse mesmo exército, pelo seu exemplo e pelo sou passado.

A comissão do guerra concordou plenamente com a proposta do Sr. Ministro da Guerra, porque ola tinha apenas dois íins.

Eu creio que esto assunto é daqueles que devem sor ventilados sem preocupações de carácter político. Eu creio que f;ste assunto deve ser considerado uma questão completa e absolutamente aberta, porquo entendo • que o exército não pode í;er de maneira nenhuma um asilo de indivíduos inválidos intelectuais ou morais.

Mas entendo também que depois desta guerra nós dovemos aproveitar as energias que lá se manifestaram, para ficar com elas nos quadros permanentes do exército, tendo, no emtanto, em vista-a necessidade de aliviar os quadros, as-ímnto esto que pertence a uma série de medidas que não podem ser tomadas dum jacto, que não podem ser feitas de repente, porquo daí viria a desorganização do serviços no exército, e os serviços militares são de tal maneira melindrosos que ó preciso sempre ver quando se trata de introduzir uma reforma, não vá esta-belocor-so uma perturbação tal quo não íiquo do pó- nem. o que estava, nem tarn pouco o que se decreta de novo.