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Tratado da Paz ó Icita pedindo ao mesmo tempo a S. Ex.a que por seu intermédio junto da Comissão Executiva do Tratado daPaz nos sejam enviados os elementos suficientes que nos habilitem a saber qual foi a orientação, quais as reclamações, qual o papel que desempenhámos nessa conflagração.

Sr. Presidente: afirmou também o Sr. Brito Camacho que seria indispensável o Livro Branco para a discussão deste assunto ; sou daqueles que ha muito vêm lutando pela publicação do Limo Branco; SDQ daqueles que intervencionista na guerra c Dntinuam a ter uma noção diferente daqu ela que tem o Sr. Brito Camacho, estou absolutamente convencido de que realizámos uma grande obra de visão política ligando os nossos interesses aos interesses das outras nações beligerantes.

Sr. Presidente: entrámos na guerra por uni instinto do conservação patriótica, entrámos na guerra o a meu ver fizemos muitíssimo bem, cumprimos tudo, realizá-iiioã urna obra ds visão política c, s" ehc= gamos à paz em condições diferentes daquelas que seria para desejar, se a nossa intervenção não teve a continuidade que devia ter não é culpa -daqueles que muito amando a sua terra quiseram acautelar os interesse» de Portugal unindo os seus destinos aos destinos dos povos beligerantes.

-Tenho dito.

O discurso será publicado na integra, revisto pelo orador, quando restituir, revistas, as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.

O Sr. Ramada Curto: — Sr. Presidente: na discussão que se está fazendo da ratificação do Tratado da Paz o Partido Socialista Português não podia deixar de fazer a sua afirmação de princípios, dizer o que pensa, dizer aos seus camaradas de todo o mundo que está em unânime e absoluto acordo com a posição que ocupa hoje o socialismo internacional em face do Tratado da Paz entre as potências centrais e os aliados.

À distância que estamos hoje da epopeia napoleónica, nós todos, homens do nosso tempo, podemos impressionar-nos, até favoravelmente, por essa página de conquista militar que o génio francês soube ditar a todas as nações, quando pensa-

Diário da Câmara dos Deputados

mós que foi o génio vda França,- pela mente de Napoleão, que levou na ponta das baionetas parte da humanidade à realização dos princípios da liberdade, da -igualdade e da fraternidade, tais como os sonharam as massas obscuras do proletariado francês, embora depois esses princípios descambassem numa liberdade aparente, numa igualdade falsa e numa íra-ternidade~ccga!...

Pela revolução francesa marcava-se um grande progresso para os ideais de maior força e beleza da humanidade; mas os representantes das forças obscuras e reacionárias do passado procuravam contrariar a obra que deu lugar;à revolução francesa, e contra essa apregoada revolução criou-se mesmo a santa aliança.

Até porventura contra ela trabalhou mesmo a inteligência obscurecida dos maiores reaciouários, e a diplomacia secreta dos -estados militaristas.

•j E foi assim, portanto, necessário o génio e audácia de Napoleão, para que num momento osmon'a.-s£íl toda. essa vincl^ da

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obscuridade do passado!

Todavia, a 130 anos do tratado de Viena, a 130 anos da tomada da Bastilha, nós estamos sancionando hojo "um novo tratado de Viena, nós estamos sancionando uma nova obra igual à que se fez naquela conferência.

Estamos na mesma, alheados de todo o formidável movimento do mundo, alheados de todas as forças que determinaram a terrível catástrofe da guerra europeia, procurando encontrar uma fórmula de equilíbrio que nada representa, nem nada consegue. ^

Efectivamente, o tratado de Versailles não pode apavorar ninguém que tenha a visão nítida que acima de todos os farrapos do papel, quando não há o despotismo dos militaristas, há a nobre e luminosa consciência da humanidade!'