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Funcionários 'há, como sejam alguns professores, alguns assistentes e alguns empregados menores de laboratórios, aos quais é negado esse subsídio com o fundamento de terem habitação em edifícios •do Estado.

O certo, porém,, é que esse decreto não faz distinção ou restrição alguma, não se (compreendendo, por isso a resolução tomada pela Secretaria. da "Universidade, que . além de não ser, a meu ver legal, lambem não é justa, 'porquanto se não •compreende que se negue essa subvenção .a um empregado menor, porque habita em qualquer cubículo ao mesmo tempo que se nega a um professor, por exemplo, que habita belas dependências.

Aproveito ainda a oportunidade para pedir a V. Ex.a que transmita ao Sr. Ministro das Finanças o meu desejo de que •compareça amanhã nesta Câmara a fim •de poder trocar impressões com S. Ex.a •sobre este mesmo assunto.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Ministro das Finanças (Pina Lopes):— Pedi a palavra para responder às preguntas feitas pelo Sr. Manuel José da Silva, sobre o não pagamento a alguns funcionários da Universidade de Coimbra, •da ajuda de custo de vida, ultimamente promulgada.

De lacto aquela disposição do decreto que diz-indistintamente a todos os funcionários foi escrita para ser aplicada de facto a todos os funcionários seja qual for 3, sua categoria.

Não tenho conhecimento do não pagamento dessa'ajuda de custo aos funcionários qne tenham casa, nem ó intenção do •Governo deixar de a pagar.

Se porventura houve qualquer mal-en-tendido sobre o abono dessa ajuda de cus-'to de vida, declaro a V. Ex.a que vou tomar as providências necessárias para que •Osso nial entendido desapareça. . Transmitirei ao Sr. Ministro da Instrução o pedido que S. Ex.a acaba de fazer •da sua comparência à sessão de amanhã.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Augusto Dias da Silva:— Sr. Presidente : pedi a palavra para me referir a um facto que não deve ser indiferente ao

Diário da Câmara dos Deputados

Parlamento: a manifestação levada ontem a efeito de apoio ao Governo que dirige neste momento os destinos da Kepública, manifestação que por todos é sabido foi simplesmente organizada pelos elementos do próprio Governo.

Os promotores dessa manifestação redigiram um manifesto no qual insultavam 4o Parlamento, no qual diziam que a-este Parlamento faltava autoridade moral, porque nada 'tinha produzido até hoje. - E é esta manifestação que o Sr. Presidente do Ministério recebe de braços abertos!

Sr. Presidente: de resto o que está percebido ó que o Governo apenas tem feito a desordem.

2rocam-se apartes.

Vozes:—Não apoiado, não apoiado.

O Orador : — S/. Presidente: o Sr. Presidente do Ministério não.devia ter recebido essa comissão, "pois os seus membros são os verdadeiros causadores do encarecimento constante da vida.

O Governo que fez declarações de que seria capaz de nacionalizar a moagem, bem como outras indústrias a fim de baratear .a vida, acabou por ter medo da moagem e dos argentários das finanças.

O Sr. Presidente do Ministério : — Eu, medo!...

O Orador:—Sim medo; acabou por ter medo desses potentados, e por esmagar aqueles que não podem viver com o dinheiro que ganham.

O Sr. Presidente do Ministério:—jV. Ex.a o que lhe dói é a algibeira!

Ó Orador: — Se V. Ex.a se quere referir aos 250$OQ que ganhamos então estamos de acordo, porque realmente nada se pcoduz.

Vozes: — Não apoiado ! Não apoiado!