O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

22

contabilista e apurar-se há quais foram os lucros ilícitos nestes últimos anos.

Agora pregunto ainda:

Isso é que me interessa.

O Sr. Ministro da Agricultura (João Luís Eicardo): — £ V. Ex.a dá-me licença ? Eu digo a V. Ex.a que neste momento não posso afirmar se há ou não na lei os meios necessários, mas se imo os houver â comissão parlamentar de inquérito proporá a publicação da legislação necessária.

O Orador:---O caso não ó tam simples •como parece. O Sr. Ministro da Agricultura sabe que eu não ..poderei terminar hoje as minhas considerações, e que naturalmente só poderei fazer na próxima se-gunda-feira.

Vamos entrar de frente num caso de ordem sentimental, e eu vou pôr a questão em pratos limpos. Disse-se à Moagem:

«Os senhores para moerem um quilograma de trigo tom dois centavos apenas, porque não consentimos o aumento do preço do pão, mas podem trabalhar à vontade, pois que já de antemão st) sabe que aquele trabalho não pode ser, feito por aquela importância».

Sim, porque ninguém está a trabalhar para os outros,, e a Moagem caiu nn esparrela, como há pouco classifiquei, pois que o Estado disse isso, mas não escreveu nada.

A Moagem estúpida, desta vez, deixou-. -se ir nesta esparrela. Se só aplicasse a lei a Moagem era obrigada a restituir não só os ^lucros ganhos como o próprio capital. E por isso que eu, que sei -quais são as^ respon.sabilida.des que a cada um do nós competem, quando fazemos determinadas afirmações, sou capaz de descobrir a principal origesm da fraudo praticada pola/Mougom.

A Moagem quere a sua nacionalização, como únic'a salvarão.

Levanto, pois, uma-questão prévia para que o Sr, Miuií,ti*o medito bem na resposta a dar-me.

'Diário da Câmara dos Deputados

O Sr. Ministro da Agricultura (João Luís Eicardo) : — Não posso dar outra resposta.

O Orador: — Tenho .meios de o forçar a dá-la. Se eu não pudesse explicar os roubos da Moagem não perguntaria isto

Há-de ir de vagarinho, mas há-de dar outra resposta.

O Sr. Presidente: — Estando próxima a hora de se encerrar a sessão, e tendo ainda de dar a palavra aos Srs. Deputados que se inscreveram para antes de se oncerrar a sessão, eu pregunto seV.Ex.a quore ficar com a palavra reservada.

O Orador: — Ficarei com a palavra reservada. ' .

O- discurso será publicado na íntegra, quando o orador haja devolvido as notas taquigráfícas.

Antes de se encerrar a sessão

O Sr. Manuel José da Silva (Oliveira do Azeméis): — Desejo chamar a atenção do Sr. Ministro da Agricultura para o facto de ter pedido uns documentos pelo seu Ministério, e dizendo respeito aos contratos para fornecimento de trigo ao Estado.

Está a tratar-se nesta casa da magna questão do pão.

Só pode ser esclarecida completamente em face dos referidos documentos.

Precido dôsses documentos com urgência.

Mais sabe S. Ex.a o que foi em Portugal a vida dos celeiros municipais.

Sabe também 'por documentos chegados ao seu conhecimento, de débitos avulta-díssimos ao Estado por parte desses celeiros.

Sabe que há quantias avultadíssimas a pagir pelo facto dos celeiros terem sido extintos.

Ksínu convencido de que a comissão de inquérito ao Ministério" dos Abastecimentos, alguma cousa terá apurado a esse respeito'.

Mas urge tomar providencias no sentido do serem pagos os débitos dos celeiros municipais o tomar a responsabilidade a quom compete.