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Sessão de 20 de Abril de 1920

O Sr. Albino dá Fonseca (por parte da comissão de inquérito aos bairros sociais):— Sr. Presidente: peço a Y. Ex.a que consulte a Câmara sobre se autoriza que esta comissão possa ir durante a sessão fazer os serviços que tinha determinado para hoje e de qne se não pôde desempenhar ames da hora marcada para a sessão funcionar.

Foi autorizado.

O Sr. Ministro da Instrução Pública

(Vasco Borges): — Sr. Presidente: é para dizer ao Sr. Manuel José da Silva, o começando pelas palavras que S. Ex.a proferiu, que nunca essa espécie de fiscalização que S. Ex\a se propõe executar junto de mini poderá redundar senão em meu benefício, porquanto S. Ex.!l jamais ine encontrará num acto menos correcto.

E neste caso de sindicância ao professor de Beja, de que se trata, não há nenhuma incorrecção.

O Sr. professor Simas, do quem tenho as melhores informações, e de quem não tenho dados para não considerar republicano (Apoiados), só não continuou n'a sindicância para que foi nomeado porque não quis.

Eu seria incapaz para com uma pessoa que tenho na melhor conta o consideração do cometer uma incorrecção, e não.a cometi para com o professor^ S imas. E certo que o chamei a Lisboa para lhe expor o que só passava, mas disse-lhe que, se S. Ex.a quisesse, continuaria a fazer a sindicância.

O Sr. Manuel José dá Silva:—V. Ex.a dá-me licença?"

Quanto ao facto do V. Ex.a chamar a Lisboa o professor Sr. Simas, as minhas palavras estão fora da verdade?

O Orador:—Não senhor. Mas também, é verdade, o V. Ex.a não o ignora, que eu usei para com o professor Sr. Simas da máxima correcção, dizendo-lhe que, se 6le quisesse continuar na sindicância, eu não nomearia outro sindicante.

Uma vos : — Mas então, para que ó que V. Ex.a o chamou a Lisboa?

O Orar!r>^: — Ohamei-o ? Lfisboa par.i oxniir o

que era .conveniente que o professor Sr. Simas soubesse o que se dizia em Beja, mas não fiz sobre ele nenhuma espécie de pressão. O professor Sr. Sinias abandonou a sindicância porque o quis fazer.

Depois disso o que posso afirmar a Y. Ex.a é que'preferiria que a sindicância se não fizesse, a nomear para ela alguém que não dê completas garantias de lá ir apenas apurar a verdade, sem contemplações ou transigências de qualquer espécie, para colocar bem quem esteja mal colocado. (Apoiados).

Eu empregarei, no enxtanto, todos os meios para que a sindicância se faça, e, a realizar-se, há-de ser por quem me mereça confiança e vá esclarecer á verdade, doa a quem doer.

Pelo que diz respeito ao 'pedido de documentos, devo dizer que o facto a que S. Ex.a se referiu não é da minha responsabilidade. Vou, porém, dar imediatas providências para que ele se não repita, de forma que os pedidos de requerimentos feitos pelos membros do Parlamento sejam satisfeitos com a máxima brevidade.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente : —Vai passar-se à ordem do dia. Os Srs. Deputados que têiii papéis a enviarem para a Mesa podem fazê-lo.

O Sr. António Fonseca : —

O Sr. Presidente :—A inscrição de hoje é a que fica para amanhã.

O Sr. Júlio Martins (para invocar o Regimento) : — Seria talvez de grande con-veniOncia para evitar que as questões pendentes desta Câmara se eternizassem, que o assunto da interpelação do Sr. Costa Júnior fosse o único a debater na ordem do dia. Nesse sentido eu pedia a V. Ex.a para se pronunciar.

O Sr. Presidente; — Eu vou consultar a Câmara sobre o alvitre de Y. Ex.a Consultada a Câmara foi aprovado.