O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

56

Que depressa, e bem depressa, se apure tudo e todas as responsabilidade».

Se a ma;oria SQ opuser ao breve esclarecimento deste incidente, eu, se não renunciar, não entrarei nesta sala ato que tudo se apure, mas irei lá para fora j unto do povo explicar a minha atitude.

O Sr. Queiroz Vaz Guedes: — Seja qual for a moção que a Câmara vote, ou de hoje em diante não me retirarei do Ministério dos Abastecimentos, senão para me alimentar e ali estarei até que tudo se apure.

Ali esperarei os depoimentos dos Srs. Deputados e no mais curto espaço de tempo eu trarei à Câmara o resultado de tudo, porque eu, como todos desejo também ver eselarecid,o este incidente.

O Sr. António Maria da Silva: — O requerimento feito pelo Sr. Sá Pereira não tem outro intuito que não seja o que expressamente traduz.

Não» há intenções reservadas, eu fui bem expresso e claro nas minhas considerações.

Ao Sr. Queiroz Vaz Guedes já tinha eu dito que a comissão de inquérito não pode dormir um sogundo sequer emquanto não completar os seus trabalhos, porque, se já tinha obrigação de o fazer, com maior soma de razão agora tenho o direito de lho dizer, visto que, depois do que aqui sé passou, hão pode já ter sossego nenhum de nós, que não aponas os visados. Simplesmente, Sr. Presidente, eu não posso concordar com que se prebenda transformar a Câmara em juiz. Isso é que não posso tolerar, porque quem tem de derimir o pleito são os tribunais.

Calcule V. Ex.a, Sr. Presidente, que os documentos voem para a Câmara, e a isso me não oponho eu. Eles terão, porém, que voltar p;ira quem de diroito. que- é a comissão de inquérito, porque não dou a ninguém, o direito de converter a Câmara num tribunal de investigação. A Câmara delegou e não podemos retirar essa delegacia sob pena de nos sujeitarmos a todas as suspeições.

Pode a Câmara querer detalhes, pode querer ver os depoimentos escritos para averiguar se houve da parte do Sr. Vaz Guedes, não digo qualquer propósito de

Diário da Câmara dos Deputados

falsear o sentido do que foi declarado, mas qualquer falha de memória ou erro 'de interpretação. Isto, porém, não será para voltarmos aqui numa larga questão sob o ponto de vista político e moral. Esses documentos terão de voltar para a comissão e não devemos arripiar caminho porque só essa comissão pode mandar os criminosos para os tribunais. De contrária, estarmo-nos-íamos a substituir aos tribunais e isso não pode ser, para dignidade do Parlamento e até das pessoas inculpadas. (Apoiados],

Tenho dito.

É lida a moção do Sr. António Maria da Silva.

O Sr. Sá Pereira:—Reqneiro que seja concedida a prioridade para a moção do Sr. António Maria da Silva.

É aprovado.

O Sr. Brito Camacho: — Requeiro a contraprova.

Procede-se à contraprova.

O Sr. Presidente: —Estão de pé 32 Srs. Deputados e sentados 31. Nau há, pois, número. para se fazer a votação. Vai proceder-se à chamada.

Procede-se à chamada.

Responderam os Si^s,: .

• Afonso de Macedo.

Alberto Carneiro Alves da Cruz.

Alberto Jordão Marques da Costa.

Alexandre Barbedo Pinto de Almeida.

Alfredo Ernesto de Sá Cardoso.

Alfredo Pinto de Azevedo e Sousa.

Álvaro Pereira Guedes.

Álvaro Xavier de Castro.

António Albino Marques de Azevedo.

António Augusto Tavares Ferreira.

António Cândido Maria Jordão Paiva Manso.

António da Costa Ferreira.

António da Costa Godinho do Amaral.

António Francisco Pereira.

António Maria da Silva.

António Marques das Neves Mantas.

António de Paiva Gomes.

António Pires de Carvalho.

António dos Santos Graça.

Artur Alberto Camacho Lopes Cardoso.