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Sessão de 28 de Abril de 1920

desviando-o dos tribunais, a quem de direito pertence o julgamento dos crimes que se averíguem.

Nenhum dos membros desta casa do Parlamento deixará de ficar com a sua honra inteiramente ilibada, pois nenhuma das palavras proferidas os afectou, nem à Kepública.

O Sr. Queiroz Vaz Guedes não produziu 'nenhuma acusação; apenas fez um relato de factos que chegaram ao seu conhecimento.

Vi que S. Ex.a teve um cuidado extremo, pois, através das suas palavras, afirmou que, em sua consciência, estava convencido de que nenhuma das acusações tinha razão de ser, mas, porque tinha uma situação singular, não podia deixar no escuro as acusações que se faziam.

Todos nós sabemos que as palavras proferidas por S. Ex.a foram só depois de muito instado, quási compelido, que S. Ex.a as pronunciou, pois não podia ficar calado em face de tal intimativa.

O Sr. Manuel José da Silva (Oliveira de Azeméis), (interrompendo): — £ Quem foi que compeliu S. Ex.a ontem a referir-se fio incidente?

O Orador: — Já por mais duma vez, quapdo aqui se tom ventilado questões sobre a comissão de inquérito, eu .tenho afirmado a conveniência de se esperar que tudo se apurasse, para que depois, no fim, não se dissesse que nós nos queríamos antepor ao juízo da comissão.

Á propósito da questão do arroz, eu também estava convencido de que as mulas nada tinham, que ver com o arroz, e que seria um equívoco de S. Ex.a; mas, depois das informações que nós ouvimos, convencido estou de que alguma importância ôsse caso tem com aqueles que S. Ex.a referiu.

A propósito dessas declarações, que nada, absolutamente nada, tinham com todos aqueles trabalhos a que se tinha dado a comissão do inquérito, pelo menos até pnttto, pretendeu-se, se bem com-preonduu u Sr. Vaz Guedes, que S.. Ex.a dissesse alguma cousa sobre Ossos trabalhos, e V. Ex.a viu bem quo isso foi feito em termos tais, e até com a justa revolta do criaturas que só diziam atingidas, que Ho Jíx.a, para não tier eoiiíúdoríulo como

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capaz de insinuar que havia pessoas comprometidas, e que não tinha coragem de declarar quem essas pessoas eram, teve que falar, jdile teve o defeito das suas próprias qualidades e, não sendo obrigado a procurar particularmente qualquer Deputado inculpado, mas verificando, em sua consciência, que os factos apontados não eram delituosos...

O Sr. Manuel José da Silva (Oliveira de Azeméis), (interrompendo): — <_ à='à' que='que' de='de' a='a' consciência='consciência' su='su' bastante='bastante' homem='homem' é='é' ex.a='ex.a' muito='muito' respondeu='respondeu' pregunta='pregunta' o='o' p='p' segura='segura' claramente='claramente' ilustrado='ilustrado' inteligente='inteligente' formulei='formulei' v.='v.' também='também' tem='tem'>

O Orador:—V. Ex.a vai ouvir ares posta que vou dar às suas palavras.

Quer o Sr. Júlio Martins, quer V. Ex.a, pediram ao Sr. Vaz Guedes que dissesse absolutamente tudo quanto conhecia como membro da comissão de inquérito, ou então a memória ou o ouvido me atraiçoaram.

O Sr. Manuel José da Silva (Oliveira de Azeméis): — Creio que as duas cousas.

O Orador; —Então peço a Y. Ex.a que escl.reça o meu equívoco.

O Sr. Manuel José da Silva (Oliveira de Azeméis): — O Sr. Júlio Martins e o Sr. Manuel João da Silva pão poderiam incitar o Sr. Queiroz Vaz Guedes, a que dissesse tudo sem que primeiro S. Ex.a principiasse a dizer alguma cousa.

O que eu pedi a V. Ex.a foi que dissesse qual o Deputado ou Deputados que insistiram junto do Sr. Vaz Guedes no sentido de fazer a declaração que fez, de que algum ou alguns Deputados estavam comprometidos, na questão dos abastecimentos.