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de 4 de Maio de 1920

que teve de fazer o meu camarada e querido amigo, Sr. capitão Cunha Liai. (Apoiados).

Não está ele aqui presente neste momento, mas, Sr. Presidente, com toda a franqueza eu o digo a V. Ex.a e à Câmara que me escuta : o Sr. capitão Cunha Liai teve razão em abandonar o Parlamento. (Apoiados).

Vai solidarizar-se com o acto de S. Ex.a todo o Grupo Parlamentar Popular (Apoiados), porque o Sr. capitão Cunha Liai, Sr. Presidente, é dos homens mais inteligentes, mais honrados e mais amigos do seii País. j^j talvez, afirmo -o, com toda a sinceridade, o mais talentoso dos homens que aqui se sentam. (Apoiados).

Muito "precisa a Republica da sua acção, da sua energia e da sua inteligência, saber e estudo ; mas eu, nas condições desse meu querido camarada, teria procedido inteiramente como ele em presença da forma como foi levantada esta questão pelo Sr. presidente da comissão de inquérito.

O que é certo é que paira sobre a ca-beça dos homens, acusados pelo Sr. Vaz Guedes, uma. suspeição que é indispensável ser esclarecida. -(Apoiados).

Foi a Câmara que assim o quis, lançando uma insinuação vaga sobre todos nós aqui presentes-.

Sr.. Vaz ^Guedes: não pode a Câmara frcar -sob essas -acusações som que V. Ex.a as co.ncretize. (Apoiados).

•'Srs Presidente: um documento -desta natureza é apenas assinado por quatro membros da comissão, isto é, a minoria.

Neste p'apel diz-se muito menos do que as declarações feitas pelo Sr. Vaz G-uedes.

Este relatório, numa parte referente ao Sr. Navarro, diz — ó a própria comissão que o diz — que não sabe se tem razão o Sr. Navarro se -os. Deputados incriminados.

; Isto, Sr. Presidente, quando os próprios tribunais absolviam I

Foi depois de 48 horas, aumentado esse prazo com mais dois dias feriados, que apareceu este relatório.

Era indispensável que viesse publicado nas colunas do Diário do Govê?-no e circulasse na imprensa.

j Não se ouviram os incriminados, quan-í! o aíó aon piora; ^nrruoscc se Ihca ia-

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culta essa defesa; mas nem isso fez o Sr. Vaz Guedes!

Sr. Presidente: bem alto o digo. continue essa comissão, continue a' Câmara por ôsse caminho que encetou, quê o Grupo Parlamentar Popular abandona os "trabalhos parlamentares emquanto luz não se fizer sobre este caso, mas este Grupo vai lá para fora trabalhar para que o prestígio da República se erga bem alto e o Parlamento possa continuar sossegadamente nas suas/sessões. Viva a República.

" Nesta altura abandonam a sala quási todos os parlamentares do Grupo Parlamentar Popular.

O Sr. João Camoèsas:—Sr. Presiden* te: contra.o meu feitio e tradições paiia--mentares, 'vejo-me forçado neste momento a fazei considerações-não estando presente a pessoa que as determinou. .

Duas acusações me fez o Sr. Cunha Liai. A primeira a de que -eu pretendia coarctar o direito do defesa a homens cuja dignidade aqui tinha sido posta «m cheque.

Sr. Presidente: invocando o preceito regimental que impõe sobriedade e bíe-vidade nas palavras a" produzir quando nos é concedida autorização para falarmos para explicações, eu não quis de maneira nenhuma coarctar o direito de defesa a ninguém, porque sobriamente toda a gente pode defender-se quando quere.

A segunda acusação que ainda o Sr. Cunha Liai me dirigiu foi a de que, -tendo eu pedido a palavra'para invocar o Regimento, me afastara, no uso dessa mesma palavra, dos termos, expressos que o Regimento preceitua.

Ora o Regimento diz o seguinte:

«Para negócios urgentes, para explicações e para invocação do Regimento, ó permitido em qualquer altura da sessão pedir a palavra, mas dela usando a seu tempo sóbria o brevemente».

Quere dizer: quem pede a palavra para invocar o Regimento ostá nas condições precisas de quem pede a palavra para explicações ou para negócio urgente- podendo, quando quiser, acrescentar a essa invocação algumas considerações, desdo que sejam breves o sóbrias.