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biàrio da Câmara dos

Havendo sido feitas acusações nesta Câmara, elas já produziram os seus efeitos.

Como tive ocasião de verificar, durante a minha estada em Viseu, os correligionários do Sr-, presidente da comissão de inquérito espalharam na cidade que o capitão Cunha Liai se tinha abotoado com 200.0000.

É a segunda vez que me é feita semelhante ciilúnia. É a segunda vez que tentam lançar lama sobre a minha pessoa.

A primeira espalhou-a ôsse mau republicano que se chama Tamagnini Barbosa, tendo 'às suas ordens o sicário Si-mão Laboreiro. ;A segunda teve por veiculo o Deputado Va'z Quedos!

,; Estava este homem convencido da minha inocência?

Parece que sim porque aqui o declarou, e na imprensa b ratificou.

Mas o que fica, e que amanhã, 's'erá publicado nos jornais ó o relatório, e aí, teve .S. Ex.a o cuidado de não pôr a sua opinião.

Quere dizer, a -calúnia continua caminhando e o Sr. Vaz Guedes continua a estar satisfeito, até que eu lhe tire a satisfação.

Como a leitura que foi feita na Mesa não foi, certamente bem ouvida por S. Ex.a eu lembro este depoimento foi feito em 13 de Fevereiro.

{Eu tinha réizão quando aqui disse que em bem pequena conta tinha a honra própria quem assim tratava a -alheia J

j Aqui só dois -caminhos havia a seguir: ou a suspeita é inane-e oj3r. Vaz.Gruedes punha a sua opinião nó relatório, ou en-'tão procurava por todas as formas colhOr os elementos comprovativos para se chegar à verdade! •

Reparem V. Ex.as como esse relatório está'feito-, j'Quando se refere ao Sr. António Fonseea e ao Sr. Nuno Simões deixa tudo na rasa-!

-'l Paia muitos o que é necessário é que a calúnia avance ;=e quando surge na vidu, portuguesa alguém que possua 10 réis de inteligência, aparece logo a idea de reduzi-lo pela intriga, pek insinuação! Fazem-se histórias como a das águas de Ródão. Inventam-se colúnias como, as de que tem sido vítima Afonso Oosta.^0

que se quere? ^0 que se pretende? Aniquilar por toda e qualquer forma todos aqueles que sejam obstáculo a que as in-capacidades sigam na sua marcha, pela estrada triunfal da mentira, até a culminância a que só os pode guindar a sua miserável ambição.

Sr. Presidente: nem mais uma hora aqui permanecerei, j Fiquem à vontade! i Resolvam tranquilamente o momentoso caso da navegação! j Resolvam por um simulacro de justiça, fazendo um pequeno inquérito, a questão da moagem!

Fiquem à vontade que eu vou-ine embora e não voltarei emquanto não se fizer justiça. Só então virei criticar, pel'o menos, a leviandade dos que apoiam insinuações.

Façam o que quiserem! 'jTrabalhem à vontade porque este inipecilho retira-se!

Talvez que cheguem até à dissolução da República. Mas... -não me calarei lá .fora. Hei-de ir de norte -a sul proclamar a minha justiça. liei-de pregar a verdade e a pureza das minhas intenções. Hei-de mostrar que a República necessita ser servida por hoiueas iião só honestos, Como competentes. Hei-de mostrar que as incompetôncias esmagam a República e que é mester reagir contra isto.

Só tem um processo para me taparem a boca: prenderem-me ou darem-me -um tiro. E agora, meus senhores, até a vista.

Tenho dito.

Vozes: — Muito bem.

O Sr. Deputado abanâona a sala.

O Sr. Presidente: — O Sr. Cunha Liai acaba de abandonar a sala das sessões. Julgo interpretar o sentir da Câmara, reclamando para a Mesa o encargo de ir junto de S. Ex.a pedir-lhe para que volte a ocupar o seu lugar.

O Sr. Júlio Martins: — Peço a palavra pflTf; explicações.

O Sr. .Presidente: —Tem V. Ex.a a palavra.