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na Mesa, esperando que esta Câmara tenha a força moral de fazer aquilo que a comissão queria fazer.

A Câmara quis-se colocar no lugar des: sã comissão, pois que o faça,

O Sr. João Bacelar;—A comissão não nos dá suficientes, elementos de apreciação.

Confesso que não sajberia como- pronunciar-me em face do relatório que há pouco foi lido na Mesa, que . em meu entender, não é mais do que a reeditação das afirmações que Y. ESx.a aqui tem feito. -

O Orador: •— Mas o relatório não ó uma pronúncia sobre os factos; essa fá-la há a comissão no seu relatório final. Como nesta altura a Qâmara deseja intervir directamente RO assunto a comissão resolve entregar-lhe a apreciação dos factos, dan-do-lhe como' elementos elucid tivos o relatório que há pouco tive a honra de enviar para a Mesa...

O ^r. João Bacelar:—Apenas por esse relatório a Câmara não pode fazer jus-

tiça.

O Orador: — O que eu sei é qno desde que a Câmara manifestou desejo de desapossar a comissão de determinados pro: cessos esta nada mais tinha a fazer.

Aqui têm V, Ex,as qual era o propósito d,a comissão, propósito que se acha prejudicado em virtude da resolução da Câmara.

Quanto às referências que eu fiz, devo dizer que o meu respeito pelo Paiia-•mento é absoluto. O Parlamento exigiu--me um determinado ntjmero de informações '-e eu julguei do meu dever prestadas,

A' Câmara ouviu o que se 'passou no meu espírito para dar a cada um a satisfação d,evida.

^ Se me sustivesse sem iazer, por inconvenientes, estas declarações o que su-deria?

Foi com .desagrado, quási, com voz cava, como disseram os jornais, constrangido, obrigado, que fiz uma declaração que resultava prematura.

O que estranho é que aqueles que deviam, ter a responsabilidade de saber como poderia corresponder um homem

Diário da Câmara dos Deputados

de honra, quando para ele apelassem em nome de honra alheia, depois se surpreendessem, quando afinal eu; que sempre-tive e tenho um profundo amor à Republica, confessei HO primeiro relatório, que foi emendado para ser assinado por o'utros senhores, que mais valia conhecer pequenas cousas do que andar jna suspei-ção de grandes cousas erradas ou ignoradas.

Julgava a comissão que prestaria serviço maior divulgando esses factos, e dizendo depois: «Não há mais nada», do que deixando continuar a atmosfera da suspeições de carácter revoltante, que só servia para impossibilitar todos aqueles contra quem havia suspeitas de serem Ministros.

Mas fez-se pressão, apelando para a honra alheia.

Tenho a certeza de que íodps aqueles que não tenham preconcebido alguma má idea sObre os factos ficam com a impressão de que realmente nem de crirmjs se tratava.

Pois a esse serviço por -mim prestado, e que a Câmara pode avaliar, verificar e definir, a esse serviço correspondem cem a anieeça de me baterem.

Só há um presidente da comissão de inquérito parlamentar com categoria para julgar e definir eriminalmente.

A Câmara fica inteirada, por documentos que estão na Mesa; e sobre os meus propósitos de agora declaro que pedirei a minha demissão ^imediata para não. continuar na presidência da comissSo. (Apoiados}.

Declarações, explicações, não as dou mais. (Apoiados). •

O Sr. Mem Verdial: — Sr. Presidente: por ter tido interferência na discussão, com um aparte um bocado alterado, vou roubar' à Câmara uns instantes para a esclarecer. -

Foi justificada a minha intervenção.

Desde a primeira hora reputei inconvenientes as declarações da comissão, já o disse aqui, e repito, como foi ao inconveniente a insistência perante o Sr. presidente da comissão para provocar as declarações de S. Ex.a